terça-feira, 2 de março de 2010

VEREADORES NÃO SABEM QUANTO A ENGELÉTRICA FATURA

É este o enfoque que mais me seduz. Durante a sessão gratuita da tarde desta terça-feira 2, os vereadores com maior poder de facúndia ( boquirrotos) não chegaram a consenso sobre o total que a Engelétrica, a aditivada, recebe mensalmente pela varrição e coleta de lixo na cidade conhecida pela alcunha peçonhenta de Cascavel. Para Otto Reis, lanterna do prefeito, mas que já foi líder, seriam 2,3 milhões de reais. Júlio César Leme da Silva, diminuiu e chutou R$ 1,6 milhão. Eles não leram o Hoje, edição em que o Marcon admitiu que a empresa recebera novo aditivo em consequência do temporal de l4 de outubro, (ir)responsável pelo mutirão de limpeza que não consta do aditivo contratual chancelado por Lísias Tomé em março de 2008 com a cumplicidade do Júlio, que presidia o poder que, por obrigação legal, tem que fiscalizar os atos do Executivo, inclusive aqueles mais danosos aos cofres particulares. O aditivo está no fim e a Câmara ainda não sabe se o Executivo já redigiu a minuta do substitutivo do contrato assinado em 2004. Mário Seibert, que se esforça para ser o líder que o prefeito necessita, defende a coleta de lixo por mais de uma empresa, dividindo as tarefas. Uma levaria o lixo orgânico, a outra coletaria o sólido e assim por diante, obedecendo o que já é feito com os rejeitos hospitalares. Um requerimento pedindo a presença do Marcon na Casa para explicar como anda a carruagem, não foi lido, porque não foi apresentado. Os nefelibatas preferem discutir sexo de anjos, Osmar Jr. e banalidades em geral. O debate provocado por um projeto do João de Aquilar Neto acabou desvirtuado pelos demais pares, exceto Léo Mion e Osmar Cabeleleiro, ausentes da sessão. Léo se internou no Hospital Universitário e corrigiu uma distorção causada por procedimento para diminuir o tamanho do estômago, depois que começou a comer mais ( e melhor) com o Lísias na prefeitura. Semana passada, foi Robertinho Magalhães que se ausentou para se submeter a uma vasecotmia, que não foi financiada pela Câmara. A outra grande notícia da sessão, foi a quebra da barreira psicológica que impedia Airton Camargo, do PR, de falar. Em duas deixas, ele largou o verbo. Na primeira, sobre a necessidade de exame veicular nas peruas que transportam escolares, lembrou que, dependendo da viatura, o usuário pode ter mais despesa, pois a van é particular. Na segunda, Camargo meteu o pitaco na polêmica, salutar, sobre as lixeiras que não foram instaladas pela Engelétrica. Viajou até Santa Catarina, de onde trouxe o exemplo de um consórcio de municipios que recicla o lixo inorgânico, dispendendo apenas 90 00 reais a cada trinta dias. Cascavel não coleta lixo de forma seletiva, apesar de todos os trâmites que o assunto já enfrentou. É isso. Se o Airton Camargo falou, já é um bom começo. Se continuasse calado, iria ter que se submeter à uma cirurgia e destravar a língua.

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