terça-feira, 9 de março de 2010

CADA POVO TEM O JUDICIÁRIO QUE MERECE. E O LEGISLATIVO TAMBÉM!

Evitando a pecha caudatário da Câmara, que um dia haverá de ser de Vereadores, por ora, não o é, preambulo com o ministro do Supremo, Eros Graw, que ao não comparecer ao plenário do Tribunal Federal, na Praça dos Três Poderes, em Brasília, obra de Oscar Niemeyer, o mais idoso comunista do PCB, deixou prescrever o processo contra Alceni Guerra e Fernando Giacobo, integrantes da bancada federal do Paraná, no Congresso Nacional e, para vergonha da gauchada, nascidos lá. A dupla se beneficiou de uma negociata em Pato Branco (PR) quando Guerra era prefeito e o deputado das marginais da 277, empresário. Uma obra de revitalização do Terminal Rodoviário, superfaturada em favor de Giacobo, desaprovada pelo Tribunal de Contas do Estado do Paraná, remetida ao Ministério Público, há oito anos, virou processo, ação penal, e depois de condenação nas instâncias iniciais, foi parar no Supremo ( palavrinha dúbia). Empate em 5 a 5 entre os dez ministros presentes à sessão do órgão máximo do Judiciário brasileiro. Eros disse que não foi, porque tem compromissos com a livre docência que exercita numa faculdade . Teve que lecionar e por isso não deu as caras. Se dependesse da juíza relatora do processo, Ellen Gracie, que julgou o processo das viagens do Salazar e do helicóptero alugado em Foz, a dupla iria ser sentenciada e perderia os mandatos. Ficaria ruim para Giacobo licitar as marginais numa semana e na outra perder a cadeira. Como é que ficariam os outdoors ? O Kaefer posaria de pai das marginais, sem ter sido. O povo sabe do que ocorreu em Pato Branco e no Distrito Federal? Não. Durante as duas campanhas de que participou e se elegeu ( 2002 e 2006) o máximo que jogaram na biografia do Giacobo foi um sofisticado rótulo de pascácio, autoria do erudito deputado Hermes Parcianello, do PMDB do Assis Gurgacz. Se as fichas dos candidatos não são exibidas durante as campanhas, eles vão a Brasília, e para tirá-los de lá, nem mesmo o Supremo consegue. Faltou quórum. Mesmo com a ausência de Eros, cinco, eu disse cinco ministros votaram pela absolvição dos gaúchos que não são de Três Passos, felizmente. Na sessão de hoje da Câmara, o presidente Marco Damaceno, na Tribuna, iniciou a locução reservada a explicar o projeto de lei que visa contrariar a Anvisa, alfinetando um radialista procedente de Pato Branco (PR), que segundo o vereador, de lá teria sido expulso, ou ipsis litteris, tocado. Saiu pela rodoviária, pivô do processso que não recebeu o voto de Eros? Parece que Pato Branco só exporta as coisas boas que produz, para o futebol italiano. Parece?


Com tanta gente formando fila para sacar o FGTS, julguei oportuno ouvir alguém com dinheiro retido na CEF ( a toque de Caixa). Um metalúrgico residente no Alto Alegre, de 32 anos, casado, uma filha, disse para mim que gastou 2 mil reais para consertar a casa danificada pelo temporal de outubro de 2009. Por ter folhas de plástico em casa, os prejuízos foram minimizados. O muro caiu e as telhas foram furadas pelo granizo. Não recebeu nada da Defesa Civil por ter dinheiro o suficiente para se socorrer. Maurício Ricardo é o personagem em tela. Ficou sabendo que poderia sacar até 4 mil reais e alguns centavos, pela TV. Ele é um dos mais de 1 500 titulares de contas que formaram as filas de hoje na prefeitura. O total de recursos liberados e/ou disponibilizados na contas individuais, deve chegar a mais de 400 mil reais. A imobiliária do Paulo Carlesso, A Cidade, andou panfletando ao redor da aglomeração humana, ofertando apartamentos aos milionários da megatormenta. Por falar em aglomeração, filas de FGTS não provocam H1N1?

Ao lado do prédio das filas enormes, pouca gente, a maioria jornalistas, assistia, apática, a sessão da Câmara de l5 Vereadores, hoje com quórum máximo, depois da recuperação de Léo Mion (PSDB) mais delgado depois da nova operação a que se deixou submeter no São Lucas e não no Universitário como saiu aqui, por não termos diploma de jornalista expedido por Renato Silva (Univel). E não deixaram o Júlio tomar conta do bringstorm. Foi só ele dizer que o projeto do Executivo, remetido à Câmara para ser lido, apreciado e votado em toque de caixa econômica estava tramitando em rítmo de Fórmula 1, que Mário Seibert, ora pois, munido de cópia do projeto, explicou ao Leme que o presidente do IPMC, Ângelo Malta, se dignou comparecer à Casa, ano passado, quando explicou a dívida da autarquia, que, segundo Luís Frare (Sefin), remonta aos tempos em que José Milani presidiu o organismo pela primeira vez: l970. O Lamarca estava vivo, para que tenham uma idéia da idade da divida. O total que o IPMC deve, não nega e paga quanto puder, é de 2,9 milhões, sendo que todos os prefeitos são responsáveis, exceto aqueles que administraram antes de o IPMC ser criado por Octacílio Mion, avô do Léo. Porém, para o Valdecir Nath, que além de conselheiro do órgão, se transforma em vereador em determinados momentos, foi durante a segunda passagem de Salazar pelo Executivo é que as coisas ficaram mais embaralhadas e bagunçadas, não necessariamente nestes termos. Beck Lima, Jesus Viegas, explicariam melhor. Pelo projeto, até 2040, pela forma como ele foi concebido, tudo ficará zerado entre municipio e Previdência. E para que Cascavel consiga recursos federais, como o dinheiro das máquinas pesadas financiadas pelo BB, não pode ficar inadimplente. " Se ficar devendo a mensalidade com a AMOP, por exemplo, já suja a barra", lembrou Frare (PDT). Júlio disse não entender o saldo de 423 milhões de reais lido no projeto. E, com luz em plenário, largou esta pérola: " Não podemos votar no escuro!". Foi aparteado por Osmar Cabelereiro. Humirde, como é a maioria dos cabelereiros, retirante o Bastroco, o membro da minoria silenciosa quebrou o silêncio e recomendou ao homem do notebook "que, em caso de dúvida, se investigue a fundo o detalhe técnico". O Júlio está soltando a língua dos travados, viciando seus pares em informática e outras perigosas ferramentas. Eu bem que avisei.

Por último, e bem menos importante, cito a frase da nossa futura presidente. Disse Dilma, hoje: " Não irei viver de brisa", se referindo ao futuro, depois que se licenciar do Executivo, para voltar, em Janeiro, em posse solene e apoteótica. E tributou com extrema e delicada sutileza, Jonhy Alf, que, viveu de brisa - Ah, a juventude que esta brisa faz". Eu e a Brisa, a obra-prima. Era isso.

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