quinta-feira, 18 de junho de 2009

NÃO ENVENENE ANIMAIS

Abro o blog com a pauta de ontem, esquecida na hora de escrever. É a matéria de capa de A Gazeta do Paraná, denunciando os criminosos de animais que agem impunes em Cascavel, em diversos bairros: Presidente, Cristal, Santa Cruz. Eu, que sei o que é perder um ente, seja ele vira-lata ou de pedigree, me sinto à vontade para dizer o que tive de fazer há um ano, para salvar o que restara do plantel de indivíduos que se criam também na vida pública:os gatos. Na madrugada de l3 de junho de 2008, foram mortos, pela vizinha que mora ao lado de minha casa, a Zitti (persa) e o Toutou( mourisco cruzado com persa). Eu os amava. Toutou era o mascote do bairro. Por onde andava, com seu rabinho cotó, pelo tigrado e amarelo, miando, com uma das pernas traseiras afetadas por um atropelamento, que o deixou rengo por falta de assistência ortopédica pelo resto de sua existência, creio, de uns três anos. Os que restaram, num total de dez, estão fechados em casa. Só libero o "Gordo", persa de pelagem creme, filho do Lyon, morto em l7 de setembro de 2006, pela mesma vizinha, durante o cio da "Fufi", que mora comigo, que escapou de envenenamento por causa da dose não letal do produto que consumiu. Foi um bom momento de jornalismo o que o diário praticou em sua edição de 17 de junho. Manchete principal, com foto de um gato comum e faixas das famílias "enlutadas" pedindo providências. O J.J.Duran, que tem em Toninho Sbardelotto, estável privado de O Paraná, seu procurador para assuntos empregatícios na Prefeitura, que ajudou no processo que tirou Salazar do ar por cinco anos, foi à delegacia de polícia pedir que fosse investigada a morte de seus cães, todos envenenados. Tudo em vão. A tiragem alega, quando leva a sério o BO, que sejam produzidas provas consistentes contra os suspeitos. Do contrário, na base do achismo, da suspeição, nem investiga. O Amadeu, quando dei parte da morte do Lyon, em 2006, sarcástico, brincou dizendo que a denúncia era de um gaticídio ( matança de gatos).

Na Câmara, portaria assinada pelo presidente Marcos Damaceno, exonerou Agnaldo Carvalho, fiel escudeiro de Mario Seibert. O cargo é de 3,5 mil mensais, brutos. Carvalho é o líder das famílias que ocupam uma área pública em São João do Oeste, desde de 7 de março. Durante as investigações do escândalo Cléverson Thomé, Marilei Seibert, Mario Seibert, Agnaldo foi ouvido pela Comissão de Ética, presidida por Otto Reis Filho. Em Via Fax, o autor disse que o empresário Assis Gurgacz (Eucatur/Fag) fora convidado à oitiva, mas que não foi, porque prefere ouvir Agnaldo Raiol.

"Carioca capixaba", fiel escudeiro de Júlio César, anunciou a morte de um Paulinho. Numa cidade em que eles existem às fartas, tive que perguntar o sobrenome dele. O filho de Airton Reis, Paulo Bond Reis, advogado, irmão do Sérgio. Dos Reis, meu alter-ego foi o Airton, o que mais falta faz. O sênior se foi há mais de dois anos. Num dos últimos contatos que com ele mantive, me alcançou, com aquelas mãos já exangues pela idade, o exemplar que acabara de adquirir das memórias de Gabriel Garcia Marques, Viver Para Contar. Consumi-a quase de um fôlego só. Devolvi-a como se fosse da Biblioteca Pública, onde o livro pode ser encontrado, mesmo com a Silvia Prado tendo sido dali transferida. E no Via Fax de hoje, troquei o sobrenome do Fredolino, que sempre foi Vieira. Taquei lá um Rodrigues. Perdão. Alô Santa Maria (RS): mana Lourdes, obrigado pelo blusão. Retirei-o hoje, entre prantos, na Estação do Ofício. Amo-a, e não devido ao presente. Tchau.

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