sexta-feira, 19 de junho de 2009

A MORTE DE EXEQUIEL E O DIPLOMA

Luíz Ezequiel Porfírio foi um dos que se beneficiaram do acordo selado entre o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná e a Delegacia Regional do Trabalho (DRT). Objetivo do conluio era legalizar os que atuavam na área de mídia sem diploma de jornalista. Foi no fim dos anos 90, durante a explosão de faculdades particulares durante o governo de FHC e de Paulo Roberto de Souza no MEC. Mas nem todos os que remeteram à Curitiba o prontuário exigido pelas instituições citadas, tiveram a mesma sorte de Ezequiel. O autor deste blog, por exemplo, teve seu pedido indeferido pelo Sindicato. Na curta resposta anexada aos papéis devolvidos, dizia que eu não havia me ajustado à uma das exigências: a comprovação de ter escrito em jornal durante um determinado período, que era de três anos consecutivos. E de nada adiantaram as reclamações, as queixas telefônicas. Curitiba assegurava que o veto fora local. A panela que controla a Associação dos Jornalistas, garante que isso nunca ocorreu. Em termos práticos, isto pouco ou nada representou. Fora da mídia formal, estou desde de que chutei a vagina da barraca. Blogueiro agora, panfleteiro desde os anos 90, sou empregado de mim mesmo. Agora, porém, com a decisão, que, espero seja definitiva do STF, o fim da exigência de diploma para excercer a profissão, possamos nos livrar dos cretinos que vão à Justiça procurar nos silenciar argumentando CNPJ e jornalista reponsável pelo panfleto. Eles não têm o que fazer. Ainda sobre Porfírio, quando em Porto Velho (RO), ouviu a metralha da semi-automática no atentado que vitimou o senador Olavo Pires em l990. " Houve um blacaute naquele momento". Por hoje é só, escrevo pela terceira vez, este texto, que, sei lá porque cargas de água, não vai pro ar.

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