terça-feira, 2 de junho de 2009

A CEI DA COHAVEL NÃO É DAS PIORES

Não faço coro com os que procuram desqualificar o presidente da CEI da Cohavel, Marcos Rios. Ele não bateu em retirada, não se acovardou, não tem recebido subsídios da Prefeitura, que deveria muni-lo de provas, que, com toda certeza, existem na contabilidade oficial. Se os demais membros não fossem omissos e coniventes com as prováveis e quase que certas irregularidades, gritantes irregularidades, ocorridas durante toda a gestão passada, já teríamos munição suficiente para que o promotor Carlos Choinski ofereça denúncia contra os envolvidos. Contra Léo Mion há o agravante de já ter sido omisso em 2007, quando a Câmara criou uma Comissão de Ética, presidida por Otto Reis, que acabou não cassando o mandato de Mario Seibert, que quebrou, amassou, triturou e derreteu o decoro parlamentar, naquele episódio que foi um dos grandes escândalos da era Lísias - o empréstimo de Cléverson Thomé ao vereador, pago com o salário da esposa de Seibert, Marinei, etiquetadora de livros, na Cultura, onde, nesta terça-feira, voltei a passar os olhos sobre as primeiras páginas de Ulisses, de James Joyce, onde encontrei dois adjetivos usados em recentes edições de Via Fax. Apesar de todos dizerem que a CEI fracassou, há elementos no que foi coligido que podem levar Lísias de roldão na sequência, se a coisa virar ação penal, que seria o ideal, pois ele não pode ficar impune, assim como o Salazar, que, mesmo tendo que desembolsar um mínimo do que malversou, está inelegível por cinco anos. E por coisa miúda. O Lísias poderá ser punido também por algum pecadilho, mas ficando sem direito a se candidatar pelo mesmo período de seu criador, já seria um prêmio a quem não aposta na impunidade. O erro de Rios foi o de se insurgir contra quem opina na mídia. Ai se transforma em Paulo Bebber. E dizer que o ex-prefeito ainda vai arrumar pra cabeça, é gíria de malandro, que não cabe no discurso de um homem público. Mais decoro, Rios. No Via Fax desta quarta-feira, festejo os novos nomes envolvidos em corrupção: Vilson Oliveira e Moacir Vozniak. Chega de Paulo Gorski, de Davi Gruber,Tolentino, Salazar, "Mano", Beck Lima, Bruro Reutter. Se o Edgar perdesse, esses nomes estariam de novo no topo das futuras listas. O Gorski, voltou, mas deve estar na frigideira, se entendo de maquiavelismo de estrebaria. Se ninguém quer preencher a vaga de Léo Mion na CEI, vamos tocar o barco com o presidente e o relator. Na prática, a figura do membro foi apenas simbólica. Léo rivaliza com a ex-vereadora Léo se o tema é inoperância. Agora, se o Nath insistir em se omitir, vamos chamar o titular da cadeira, o Luiz Américo Burgarelli, vítima de orquestração da PF, que não é nenhuma instituição imaculada. É isso.

Nenhum comentário: