terça-feira, 26 de agosto de 2008

O QUE FOI POSSÍVEL CRIAR

Millôr voltou. Semana passada, a coluna dele não foi publicada. Me preocupei. Não sei o que será deste país sem ele. Não gostaria de estar aqui no dia em que anunciarem seu óbito. " Eu não tenho medo do fim. Mas e se o mundo acabar antes de mim?". Peominha dubitativo. A TV Cultura acaba de exibir longa e excelente matéria sobre o cartum e os cartunizados. Delfim Neto lembrou seus tempos de czar da economia. O traço do Luiz Trimano é qualquer coisa de fora do comum. Cásssio Loredano desenha para O Estado de São Paulo. Aqui, Alfredo Kaefer comprou os jornais e acabou com a criatividade que havia no Hoje. Concordo contigo, Moacir Vozniak. O Jair, revelação do humor, foi convidado a se desligar do tablóide. O prefeito, temendo o traço corrosivo, mandou que abrisse uma agência de publicidade, primeira providência para quem quer chegar ao erário através de publicidade.

Assistindo ao horário eleitoral dos vereadores, imaginei uma ação na casa de alguém sentado à frente do televisor, no instante em que Marcos Rios (PSDB) pedia autorização para entrar na casa dele, já entrando.
- Peço permissão para entrar na sua casa.
- Já sei, veio me pedir o voto ( diz o dono da residência).
- Só que além do voto, quero a chave do carro e dinheiro para abastecer ( era um assalto).

Não entendo como o jornal O Paraná, de propriedade do avalista maior da candidatura de Edgar Bueno, publica nota destacando a punição imposta à Marlise da Cruz (PV) por ter a candidata feito proselitismo em horário destinado ao Legislativo. Marlise está em rota de colisão explicita com Salazar. Desde o primeiro debate. Comparou os terminais de ônibus, inaugurados por Salazar, a galpões de secar fumo. Bradou nepotismo zero!, enfática. E, num direito de resposta, concedido num debate, depois que o ex-prefeito responsabilizou-a pelo licenciamento ambiental a uma obra em área de preservação, colocou o rival numa situação embaraçosa. E arrancou de Salazar, a promessa de barrar a o projeto se ganhar em outubro.

Se Aderbal não for mais agressivo com Salazar, no debate do dia 30, às 9h30, na CBN, o empresário Alfredo Kaefer irá exigir do vereador o cumprimento de uma de suas promessas pré-eleitorais. Comenta-se a bocas pequenas e grandes, que, Aderbal, influenciado pelos números de pesquisas, onde, segundo o suspeito Elemar Adams, ocuparia o terceiro lugar, estaria revendo a estratégia inicial de desferir jabs de todos os tipos contra o mais bem vivido dos concorrentes.No debate da Tarobá, Aderbal foi mais propositivo e menos aguerrido. E nos últimas inserções avulsas, o vice fala mais que o titular. Só que o Elemar cita o bonde da história, quando deveria falar de Metrô, proposta do Marcos Formiguieri, para desafogar o trânsito.

Salazar Barreiros prometeu rearborizar a cidade. É a primeira promessa que um candidato faz, numa cidade devastada pela motoserra nas três últimas décadas. A maior contribuição de Salazar contra as Lagustres, da Carlos Gomes, ocorreu em dezembro de 2000, faltando 30 dias para entregar o cargo ao sucessor. O motor da moto que serra fundiu, depois de ter sido ligado dia 8 de dezembro e desligado dia 19. Sobraram cinco árvores para narrar o ecocídio. Não havia na fiação das linhas de transmissão da Copel e Telepar, vagas aos pássaros que tiveram seus ninhos e habitáts destruídos. Edgar fez o mesmo, no calçadão, em março de 2004, sob a supervisão de Léo Rigon. O Ministério Público, que sempre age depois que as árvores são derrubadas, determinou o plantio de mudas logo depois. Mas o estrago foi irreversível. O verão em Cascavel é mais quente por falta de árvores. E as que restaram, correm sérios ricos de extinção, não obstante as promessas eleitorais. Lísias não fica atrás. Uma cena que ficou gravada na memória popular é uma mulher agarrada a uma árvores cortada defronte a agência do Unibanco, na Souza Naves. E a do professor José Kuiava, na Souza Naves. Ambos os protestos, foram inúteis. As árvores vieram abaixo.

Criticam a dieta do Cacciola. Era só o que faltava, um banqueiro se alimentando de comida feita em cozinha de presídio.

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