quinta-feira, 14 de agosto de 2008

NÃO PRIVATIZEM O PARQUE

Chama-se Fidelcino Tolentino o prefeito que terceirizou obras que poderiam ser feitas pelo município. O assunto maquinário consta do cardápio de propostas de candidatos a prefeito. Um dos favoritos, Salazar Barreiros, tem revelado, senão preocupação, pelo menos alguma sintonia eleitoreira com o problema. O ex-prefeito mencionado, contratou uma empresa do cunhado do então vereador Paulo Gorski(PMDB), Dárcio Borges para obras de terraplenagem e infra-estrutura. Os empenhos pelos serviços contratados, foram tão volumosos, que alguns notas ficaram pendentes depois da saída de Fidel da prefeitura, em l989. Salazar assumiu e as pressões do grupo para receber o que Guerino Zotti (Finanças) não pagou, se avolumaram. Janeiro, fevereiro e nada. Em março, de 1989, a base deTolentino, na Câmara, mandou um recado ao recém-empossado.Ou paga o que a empresa do Borges tem direito, ou iremos nos rebelar em plenário, onde Salazar só tinha duas cadeiras (Marlise e Zé Luiz Parzianello). O secretário de Administração, José Alberto Dietrich, capitaneando uma auditoria nas contas de Fidel, constatou, entre outras preciosidades, notas fiscais de dias trabalhados que totalizavam 48 horas de trabalho. O dia, nos últimos meses de l988, passaram a ter mais de 24 horas. Pressionado, com Renato Silva coajduvando, depois de abandonar a Câmara, onde fora vereador por 6 anos, 2 de presidente, Salazar cedeu e achou que deveria pagar. E impôs uma condição: seria a única pressão que iria tolerar. E preencheu o cheque, ao lado de João Cunha. Valor, uns 300 mil reais, em moeda atual – era época de Cruzado Novo. Dietrich radicalizou e não endossou o crédito bancário. Acabou substituído na Administração por Gilberto Nalon Gonzaga. A Rádio Colméia foi paga logo em seguida, pois Renato não havia amortizado a compra. A Folha de Londrina ameaçou passar a limpo o cheque gordo e as circunstâncias que o envolveram. Parou na ameaça. Conclusão: Tolentino é pioneiro em terceirização.Candidatos a prefeito que prometem privatizar a Secretaria de Obras, começaram mal a campanha: Aderbal de Mello (PT), Salazar Barreiros (PP). Verificando a razão social dos que estão contribuindo com a campanha de candidaturas, se poderá saber a razão deste projeto privatizante.

A mídia e a campanha. A Gazeta do Paraná envelheceu, depois de ter apostado em Júlio César, candidatura (im)própria do PMDB. Duas rádios, cujos donos estavam com Edgar Bueno, também envelheceram. Colméia e CBN. Renato Silva não conseguiu viabilizar uma segunda candidatura a prefeito. Jacy Scanagatta queria sair prefeito pelo PDT. Brigou com Alfredo Kafer e tirou do ar o programa semanal de Edgar Bueno. A Tarobá está neutra. O debate foi absolutamente imparcial. Não é a mesma emissora que, em l996, mandou o Osny Iori filmar a Idalina trocando votos por cesta básica. E os diários do Kaefer, Hoje e O Paraná, se comportam como se fossem mídias de alto nível. E por isso, surge O Trovão, num momento em que o município vive sob o especto do terrorismo natural. Trovoadas, chuvas e granizo.

Entrementes, no mutirão liderado pelo Provopar, depois de noite de temporal, seguida de blecaute.

(Alguém grita sobre o telhado)

- Me joga o Ivanildo daí!...

- Qué isso? ( responde alguém).

- A lanterna, pô!...

Já que não sou chargista...

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