Um município com quase 300 000 habitantes, emancipado em l952, 59 anos, não pode ficar privado de água por causa de um pequeno derramamento de óleo, seja ele combustível, lubrificante, da Petrobras ou de qualquer outra empresa. A Sanepar precisa ser pressionada. Ela renovou contrato conosco e nada tem feito que justifique os exorbitantes lucros que obtém com a exploração do serviço de água e esgoto. Três mil litros de um derivado de petróleo provocou colapso no abastecimento a mais de 75% da população, durante quase uma semana. Não podemos aceitar que o rio Cascavel, um córrego, na verdade, que corta o perimetro urbano, seja o principal leito de captação. A Sanepar nos deve um sistema mais consistente de abastecimento capaz de superar um pequeno desastre como o de sábado, que, insisto, haverá de ser muito bem investigado por ter sido cometido exatamente num momento em que um empresário insiste em edificar um shopping em cima do lençol freático que encabeça as principais nascentes do rio Cascavel, possibilidade que, segundo análises técnicas, ameaça de vez o manancial, com ameaça de secá-lo. É um bom teste para que saibamos se os quatro deputados estaduais empossados em Curitiba estão lá para trabalhar pela cidade, ou se estão aboletados em suas cadeiras para receberem adiposos salários e legislarem em favor dos que patrocinaram e sustentaram suas campanhas. Apenas o oportunista Leonaldo Paranhos se manifestou sobre a falta de barreiras de contenção nas margens do riacho. O que não deixa de ser um bom começo. Mas é pouco. A Sanepar está nos devendo algo mais que simples bacias de contenção. Temos que nos precaver de novos desastres com maciços investimentos em novas fontes de captação que nos livrem de um vexame de não ter água apenas porque 3 mil litros de óleo naval vazaram e chegaram ao córrego Cascavel. Se o shopping sair como quer o senhor Alfredo Khury, o colapso poderá ser total.
Não era meningite meningocócica. Um impaciente do Hospital Universitário foi internado ao lado de outros doentes e a possibilidade de contaminar os demais com a moléstia altamente contagiosa, trouxe novamente a voz de Laérson Mathias, do PPS, suplente de deputado de 2006, fazendo veemente defesa da casa de saúde(?) por que poderia respingar na figura do reitor Alcibiades Orlando, que assiste Mathias numa sinecura da Unioeste. No HU, todo paciente se torna impaciente, assim como um tenso que se torna hipertenso toda vez que busca remédios gratuítos numa Farmácia Popular, contra hipertensão. A burocracia transforma o paciente impaciente em tenso hipertenso. Fotos com documentos, documentos com fotos, receita médica, CPF, atestado ideológico, comprovante que votou na Dilma. A presidente voltou a dirigir afagos à mídia que tanto bateu em seu criador. Nos noventa anos da Folha, Rousseff repetiu aquele aforismo copiado de outrem sobre o silêncio autoritário e o barulho dos que opinam. Mas é lua-de-mel. Quero ver como reagirá a senhora Rousseff no momento em que a mídia achar que o idilio acabou. Ela não aguenta duas Folhas nas suas costas. Nem duas páginas da Folha. O Requião apanhou da Folha no Disque-Quércia ( 1992). Mas gostava de citar Clóvis Rossi em discursos insossos defronte à prefeitura. Viaturas à tiragem civil, fevereiro de 2005. " Vou criar uma guarda e tratar essa gente na base da porrada!". Lísias Tomé, em pose de chefete de bananeiras.
Novidades na operação Pizza. O corregedor Luiz Gilmar da Silva foi punido com a substituição por Adilson Ricardo da Silva, que, se fosse Martins, seria confundido. Gilmar falou demais. Citou o nome da Dra. Paula. Ela está abatida, estressada, afastada. Nem foi ouvida pelo Gilmar. A defesa é do Marcelo Navarro. A operação Pizza foi criada para brincar de elucidação de um rumoroso escândalo de substituição de cocaína por farinha de trigo no almoxarifado da l5ª SDP no apagar das luzes do mandarinato de Amadeu Trevisan Araújo, que, até que tudo se esclareça, continua sendo o melhor delegado que chefiou esta repartição pública, inaugurada na rua da Bandeira, em 1981, por causa do caso Heleno. Gilmar classifica o episódio de o mais grave da história da instituição. Eu acho que a atuação do Sargento Arthur foi pior. Mas o Arthur foi carcereiro quando a delegacia funcionava na Duque de Caxias, atual Centro Cultural Gilberto Mayer, que tinha ligações perigosas com o chefe da carceragem.
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