No ar, a postagem 521. Se eu soubesse do que estava programado para sábado, teria interrompido meu retiro espiritual. Jogaram 4 mil litros de óleo no leito do rio Cascavel, provocando o maior blecaute hidrico do município, escancarando ainda mais o desmazelo de quem governa este estado de coisas com relação aos recursos naturais. Por ser água, insumo abundante e supérfluo, ninguém se preocupa em proteger as margens do rio Cascavel, principal melancial ( Lourival Neves, na Câmara) de captação de agua encanada. ( Durante depoimento na Câmara, em l989, um diretor da companhia de abastecimento, sabatinado pelos que se julgavam vereadores, foi perguntado pelo indigitado ai de cima sobre o manancial. Como gostava de uma melância ( era verão) trocou a palavra. Eu ri, mas a maioria dos presentes manteve-se sorumbática. O Regimento Interno ( de cavalaria) proibe risos na Casa). Quero saber o valor da multa que será aplicada, seja pelo IAP, Sanepar, Concessionária que administra o trecho da rodovia onde ocorreu a colisão de caminhões, origem do desastre ambiental que deixou mais de 60% da população sem água, num avant-premiére do que nos espera quando começarem as obras do Shopping Catuai ( Quem já tem um Irani, precisa de Catuai?). O megaprojeto vai acabar com o rio Cascavel. As nascentes e o lençol freático, impermeabilizados, secarão o lago. Seco, só restará o fundo rachado do reservatório, ambiente semelhante ao barro esturricado em regiões que se dão bem com ciclos de estios prolongados. O Alfredo Khury deve estar recebendo informações sobre os trabalhos de despoluição da parte do leito mais contaminado. Ele é um dos maiores interessados sobre o plano de emergência adotado pelo Luiz Carlos Marcon (Meio Ambiente) que, por telefone, numa rádio que não gosta do chefe dele, o Edgar, aconselha o consumo de água que verte de minas diversas, pois estamos sentados sobre o Aquífero Guarani, de Carlos Gomes. A BP (Britsh Petroleum) pegou uma multa de 37 bilhões de dólares por que emporcalhou com a plataforma Deepwater Horison, o Golfo do México, em abril passado, despejando mais de 5 bilhôes de barris de óleo nas águas maritimas que vão do Texas até a Flórida, sul dos EUA. Temos que aguardar a conclusão do inquérito, O presidente da Sanepar quer punição exemplar aos motoristas dos caminhões causadores do acidente, que cortou a água em mais de 170 mil domicilios. Se o Edgar não tivesse criado a Cidade das Águas, em seu primeiro mandato, a situação teria sido caótica, sem a Fonte dos Leões, mesmo que os três felinos tenham sido alvo de atentado a balas em 2002, numa canhestra operação visando amedrontar a multidão que passou a buscar o insumo vomitado pelos reis da selva. Orlando Padovani não quis comentar o episódio. No Via Fax, leia que o Pinto, gerente regional da Sanepar, tem que largar o cargo. Chega! É o Dilvo Grolli da Sanepar.Antes de sair, porém , para limpar, pelo menos a imagem dele, assoreada pelo trabalho de despoluição do lago, poderia combinar com a concessionária que impôs censura prévia ao Divino Godoi, a adoção de barreiras de contenção em toda a área da bacia do rio que abastece mais da metade da população viciada em água.
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