Serra prometeu um mínimo de 600 pilas e foi derrotado. O brasileiro não quer muito. Se contenta com 545 reais brutos, por mês. E Lula reapereceu bem m ais cedo do que se prevera. Saiu do Pacaembu, onde prejudicava o Corinthians, para dizer que as centrais sindicais são oportunistas. Me perdoem o exemplo, mas quando o Congresso editou o decreto que aumentou os salários dos deputados, senadores, vice e da Dilma, mais o efeito-cascata estaduais, o Lula se limitou a fazer chalaça: " O Lulinha conviveu com 11 mil, durante quatro anos". E ficou nisso. Um mínimo baixinho, como quer o deputado Romário, por cujas mãos vai passar a votação congressual sobre a matéria, evitaria a explosão das contas explodidas da Previdência, impediria que as prefeituras, principalmente as inchadas, quebrem e/ ou comecem a atrasar pagamento, imitando a Globoaves, que, até ontem, não havia depositado o salário de janeiro da peãosada. Se vestisse calças, e não saias, Dilma, que ameaça endurecer com os sindicatos, poderia ser lembrada por uma frase atribuída ao abolicionista Joaquim Nabuco. " Nada mais conservador que uma ex-guerrilheira no poder". Para o Bindé, se quiser conhecer uma mulher, dê à ela o poder. Pior seria, se as centrais exigissem equiparação do minimo com o salário máximo: 27,000 reais, mais a verba de custeio a que tem direito o G-513, o grupo dos deputados federais mais bem remunerados do Cone Sul. Dilma não poderia permitir que Lula reaparecesse de forma tão extemporânea.
Sabe que eu pensei ao ver aqueles barracões de escolas de samba em chamas, no Rio de Janeiro, estar diante de mais um supermercado queimando? Ou uma estação aduaneira do Porto Seco, da Ferroeste, com os bombeiros, em operação padrão, protestando contra o Otto Reis, inimigo da Taxa de Sinistro, procurando apagar todos os focos ao mesmo tempo. Só quando os locutores e jornalistas explicaram o que estava ocorrendo, me convenci de que as chamas não eram em Jundiai (SP). Hoje, a prefeitura do Rio, atenta a tudo que ocorre de trágico naquela cidade, anunciou socorro de mais de um bilhão de reais às escolas de samba que foram prejudicadas pelo sinistro. Aqui em Cascavel, a única escola que foi destruída sem ter sido incen diada, é a Luis Vianei Pereira, renomado pedagogo falecido, situada no bairro Faculdade, destruída a golpes de marreta, numa operação pirotécnica incompatível com o erário público que temos. Quebraram tudo. Desde o muro, barracões, cortando as árvores das calçadas, num luddismo sem precedentes. Deve ser obra dos tempos de Salazar.
Com menos burocracia, seria possível distribuir remédio para controlar diabetes e hipertensão, na rede de farmácias populares. Eu sei que é para combater fraudes exigir do doente o CPF, uma foto com documento e mais o atestado assinado pelo médico. Mas também saco que uma pessoa tensa, se torna hipertensa só em perambular por postos de saúde. Sei do caso de paciente que se tornou hipertenso por causa da burocracia. É o mesmo que exigiram para se votar. Além do título, documento com foto.
Os protestos contra Belo Monte, levaram dezenas de indios e camponeses à Brasília. Depois que o Ibama deu a licença ambiental para o canteiro da obra ser instalado, o consórcio que ganhou a concorrência para fazer a usina no Rio Xingu, no Pará, está mais perto da destruição do ecossistema, num projeto de duvidoso retorno energético. Aqui, com a vacância no IAP, não sai o parecer do órgão pedido pela prefeitura. O Executivo quer desmatar a Jacarezinho e transformá-la num binário, porta de entrada do Shopping Catuai, o nosso Belo Monte. Os protestos dos que serão prejudicados com o canteiro da obra são tímidos, quase inexistentes. Se não fora a procuradora Monique, da República, o aquífero já estaria sendo confundido com mais uma região serrana longe da serra, perto da moto. Talvez o Beto, no show do Dilvo Grolli, emita opinião contrária, convencendo os contras da necessidade de se achar um outro lago para se impermeabilizar. E que existe, num momento em que as chuvas intermitentes alagam tudo. Nesse instante, se o Alfredo Khury quer o elefante branco à beira de um lago, as opções são inúmeras. O município está todo alagado. E o Paulo Gorski diz que é perigoso meter a mão na boca-do-lobo. Teme o mau-hálito do animal.
Nenhuma novidade a fortuna do Alfredo Kaefer (TEM). Não seria DEM? Não, porque ele, além, de ter, abandonou o PFL antes da metamorfose da sigla que é sucedânea das legendas do período em que éramos felizes e não sabíamos (l964/1982) para antecipar, em três anos, a saída de cena do regime dos ditadores sazonais (Castello; Costa e Silva; Médici;Geisel, Big Fig). Citando como base de seu latifúndio político a cidade de (Cu)ritiba, invejosos deram destaque a uma fofoca que sempre avulta em início de legislatura apontando as maiores fortunas congressuais. Alfredo, tucano por interesses pessoais, acumula um bolo estimado em mais de 92 milhões de reais. E que poderia ser maior, se ele não tivesse comprado o tablóide Hoje, que lhe dá, por mês, um prejuízo estimado por fofoqueiros em 20 000 reais desde l998, quando comprou a massa falida junto ao Rosalvo Tavares, genro do Lima, que, de vez em quando, imitando a periodicidade do Hoje, quando era dele, reaperece numa coluna social. Além do órgão, Kaefer perdeu dinheiro com os membros de seu acéfalo Chapéu-Pensador. Sustentou, desde 2006, cérebros privilegiados, que auxiliaram na obtenção de pouco mais de 13 000 votos na reeleição em Cascavel, tomando um chocolate do deputado Hermes Parcianello, um dos mais pobres e andarilhos parlamentares, que sustenta um hospital em Cascavel, com recursos próprios, num exemplo de finlantropia que o Alfredo e o Alvaro Dias deveriam seguir. Os nomes dos PHDs: Baratter; Marcon; Fischer; Cidão; Adelino; Lemansky.
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