quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

O LAGO DEVERIA SE CHAMAR FERNANDO COLLOR

Desmoronamento de barracos em São Paulo. Estava demorando. Estamos em 8 de dezembro. Todo o ano, quando chove gatos e cachorros, as metrópoles brasileiras, cercadas de cortiços por todos os lados, oferecem pauta trágica aos meios de comunicação. Ano passado, foi no Rio de Janeiro. Este ano, com a ocupação dos morros pelas UPPs, as obras do PAC estão melhorando as condições de vida destas vítimas do sistema excludente alcunhado pela pecha de capitalismo. Os locutores esperam que esta seja a última vez que a Zona Leste de São Paulo se submeta a uma tragédia como a de hoje. Não há vitimas. A Defesa Civil evacuou os moradores pela manhã, quando as "casas" emitiram sinais de que não iriam resistir aos efeitos do temporal.

Fernando Collor de Mello, Zélia Cardozo, Antônio Kandir, Ebrahim Eris salvaram o lago municipal de Cascavel. Repíto crônica publicada em Via Fax, o blog de papel. Há dias em que copio as coisas que o Bindé produz no panfleto de 13 anos de vida. Mesmo sendo apoiado pelo prefeito que iria deixar a obra ser erguida na cabeceira do Rio Cascavel, quando adotou o Plano Collor, Fernando sequestrou ativos do Edimar Ulzefer e dos irmãos Sciarra, Eduardo e Paulo. Em l989, outdoors gigantescos anunciavam um grande empreendimento no mesmo local que hoje o Alfredo Khury planeja assorear o local reconhecido por mim como o mais belo cartão-bostal de Cascavel. O nome deste lago deveria ser Fernando Collor, o presidente que evitou um shopping em cima do lençol freático, ameaçado com as promessas de urbanização de mais de 32 mil metros quadrados, derrubando 500 árvores, para início de destruição. No artigo publicado no panfleto, segunda-feira, lido pela Cidinha Marcon, que votou em Collor em l989, nos dois turnos, aludimos ao provável ingresso do Ministério Público Federal, exigindo que os laudos emitidos pelo IAP sejam cancelados imediatamente. Eis que na edição desta quarta-feira, do jornal bom do Kaefer, o Hoje, que não pode ser desativado, lá está a manchete que esperávamnos. O MPF exige explicações mais detalhadas e não esse diz-que-diz-que preocupante. O IAP de Cascavel desaprova o Elefante Branco, mas, em Curitiba, o organismo aprovou. Ninguém perguntou ao Edgar, na coletiva de ontem (terça), se ele vai emitir alvará de construção, documento que daria às máquinas e à motoserra, simbolo de várias gestões municipais, o sinal-verde para começar o último dos desapautérios eco(i)lógicos que iria por em risco até mesmo o Zoológico Danilo Galafassi, ameaçado de assassinato, a exemplo do ex-secretário municipal. Alfredo Khury querendo ser Pedro Mineiro, Lóris Luiz dos Santos, o "Indio".

Para quem abastece no Auto-Posto Tonin, um recado. A origem de tudo, é o FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador). Tonin é abreviatura avarenta de Toninho. Quem economiza até nas sílabas, grafa assim: Tonin.

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