Mais trêmulo que um Saddan Hussein rumo ao cadafalso, inauguro mais uma página nesta histérica sexta-feira, data da diplomação dos deputados estaduais eleitos por Cascavel. São quatro, para compensar a falta deles durante todos estes meses em que ficamos reduzidos a um, depois que o Tiago pediu para ser assassinado em l8 de dezembro de 2001, ameaçando nominar bois e invertendo a metáfora: a banana vai comer o macaco. André Bueno, Adelino Ribeiro, assim, por ordem alfabética, e os dois pês, Paranhos e o Professor Lemos. Do quarteto, o que mais se assemelha com deputado é o Professor, por já ter sido ocupante de cadeira na AL. O mais Tiririca é Paranhos. André e Adelino Ribeiro, os mais discretos. O filho do prefeito é o mais bem votado. Quase 60 000 votos. Lemos e André são de dois partidos e nunca pularam de galho. PT e PDT. Adelino foi PV, PSDB e hoje está no PMN. Paranhos, bem, esse, foi PMDB, PTB, PTC e se elegeu pelo PSC, puxado pela votação de Ratinho Jr. a federal, ele e Nelson Padovani, também do PSC, que sentiu a possibilidade de se eleger federal através do mesmo artifício que é o voto proporcional. O eleitor vota numa tartaruga e acaba elegendo um cágado cagado. O que mais diplomas tem em seu passivo, deve ser Hermes Gurgacz Parcianello, do PMDB, colecionador de pergaminhos desde l982, ano em que se elegeu vereador, com o slogan " Ladrão por Ladrão, vote no Frangão", ao lado de Roberto Wypych, candidato a prefeito com Fidelcino Tolentino, o vencedor, no sistema de mais de um candidato majoritário, casuismo daquele regime, a sublegenda. Requião recebe diplomas também desde l982. Elegeu-se deputado estadual, sempre no PMDB. Recordista em passagens pelo governo: três mandatos ( l990/2002/2006). Foi senador entre l994 a 2002.
Promessa feita, promessa cumprida. Nenê Constantino, de 79 anos, internado em hospital de Brasília (DF) por decisão judicial, depois de ter sido preso, acusado de mandar matar o genro, que o delatou como mandante de outro atentado, este fatal, cometido contra um sem-teto, em 2002, na cidade satélite de Taguatinga, comprou a empresa de ônibus Pioneira, de Cascavel (PR), e se tornou sócio de Assis Gurgacz. Majoritário da firma ( 90% do controle acionário) se desfez da empresa em 2004, ano em que as divergências entre os sócios e mais o Celson, desaguou na Justiça. Enquanto Gurgacz tentou controlar a Andorinha, empresa de ônibus de Constantino, este gestionou a incorpração da Eucatur, de propriedade de Gurgacz. A querela não se transformou em pizza, muito menos em churrasco. Ficou por isso mesmo. Ninguém passou a perna no sócio. Para se tornar sócio de Nenê, na Pioneira, quando foi vice-prefeito de Cascavel entre l976 a l982, Assis Gurgacz colocou saia-justa na viúva de Rubens Lopes, Hélia Zandoná, após a morte do empresário em acidente de carro, em Ponta Grossa (PR). Primeiro, colocou nas ruas de Cascavel algumas kombis, que começaram a competir com a empresa de Hélia Zandoná, não respeitando o contrato que ela mantinha com o município, que lhe dava exclusividade na exploração das linhas. O prefeito Jacy Scanagatta, procurado por Hélia e seu procurador juridico na prefeitura, deu de ombros. Mandou que fossem falar com Assis. Ele não se metia nos empreendimentos particulares do vice. Procurado na Erechim, onde a Eucatur mantinha seu escritório, o vice-prefeito disse que sabia que era ilegal o que estava fazendo, mas adiantou que não iria retirar as kombis de circulação. E, que, com a concorrência, quem estava ganhando era o usuário do transporte coletivo. Hélia Zandoná acabou convencida pelo futuro genro, Caio Gotlieb, dentre outros conselheiros, que, se vendesse a Pioneira, faria um bom negócio. E foi o que acabou ocorrendo, entre l977 a l979. Nenê Constantino comprou e deu a Assis os dez por cento da sociedade por conta de uma linha que ligava Cascavel ao distrito de Santa Tereza, umbigo da Eucatur. Para consumo popular, a Pioneira era de Assis Gurgacz. Em resumo, foi assim que Nenê Constantino baixou âncoras em Cascavel. Em 2001, quando Edgar Bueno renovou os atuais contratos das empresas Capital do Oeste e Pioneira, um dos filhos de Constantino, que não é o gerente da Gol, esteve na prefeitura e se deixou fotografar segurando a réplica gigante do cheque exigido pela prefeitura para renovar a concessão e/ou permissão dos contratos que expiram ano que vem. Antes que o Julian Assange (WikiLeaks) esfregue nas nossas fuças a Cascavel verdadeira, era isso, por ora.
Alcíbiades Orlando não andou especulando. Quem garante, não é o reitor, o assessor juridico da Unioeste ou o assessor de Comunicação Nilceu Deitos. O sindicalista Laérson Mathias fez um esforço enorme na manhã desta sexta-feira 17 para livrar o nomeado da especulação de que a Unioeste manteria numa conta bancária mais de 4 milhões de reais enquanto o HU ( Hospital Universitário) agoniza na UTI. A possibilidade veio de Curitiba. Piotr Laginski, filho do Felipe, língua solta do velho PMDB, citando a Procuradoria do Estado, abriu o travesseiro de penas. Logo, o boato ganhou fumos de fato. Por se tratar da Unioeste e não da FAG, o caso já estava sendo classificado de escândalo. Liana Fuga reassumira a reitoria. Com as entrevistas de hoje do Mathias, mais as matérias publicadas nos jornais, o reitor voltou a ser um cara probo. Até o Beto Pompeu, o imaculado, entrou na lista dos suspeitos. "Dinheiro do HU quem administra é o Beto e não o reitor", sustentou Laérson. Piotr esteve no HUOP, sigla pela qual o hospital também é grafado, porém não traduzida por quem não tem afinidade com as coisas públicas locais. Estamos com quatro deputados estaduais diplomados sem sabermos com certeza com quem esta a verdade. Se com o Laginski ou com os procuradores do Alcíbiades. Foi saudável a dúvida suscitada acerca da correta destinação dos recursos. Começaram a aparecer os equipamentos que o HUOP comprou com o dinheiro que estaria em conta particular. Um tomógrafo posou na Gazeta do Marcos, no mais pesado exemplo de que a verba do SUS está ai. Estava caucionando as compras. É rubrica carimbada. Não pode ser usada em custeio. Correto. Pode ser que alguém tenha tirado algum proveito de tudo isso, alguma vantagem, desviado algo para sua conta. Tudo isso é feito sem muita transparência. São licitações ancoradas com dinheiro público do Sistema Único de Saúde. Mas ninguém roubou um alforje e mudou de estado com todo o dinheiro na imitação canhestra do clássico de Marlon Brando, produzido por ele, inclusive, One Eye Jack - A face Oculta. Ufa!
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