quarta-feira, 23 de julho de 2008

INFORMATIZAR É PRECISO

Um simples software foi eleito o programa de computador que irá redimir a saúde pública em Cascavel pelos candidatos à sucessão de Lísias Tomé, excluindo-se o próprio. Ajuda, mas não se pode aceitar calado o discurso demagógico de que, a simples implantação do sistema na rede de postos de Saúde, como num toque de mágica, atigiremos a panacéia para todas as mazelas e sequelas que incomodam mais de 80% dos que não podem frequentar um hospital particular. O capítulo do momento da intermitente crise do setor é a intromissão da magistratura e do Ministério Público no enredo, obrigando a Central de Leitos, administrada pela parte estadual da saúde pública, a internar doentes em hospitais privados, providência que a Secretaria Estadual relutava em aceitar devido aos custos decorrentes dai, sem lastro orçamentário. Esse exemplo serve para ratificar o quão é falacioso o prometido software e suas consequências. Com esse programa implantado, se poderá saber com rapidez onde há o remédio necessitado, se o médico da especialidade exigida está, e outras dúvidas. Ou seja, a omissão ou o atendimento poderão ser conhecidos com um simples toque de mouse. Médicos, leitos e remédios. Este é o pacote que, uma vez preenchido, resultará em socorro, dependendo da doença, pois a saúde pública brasileiro é básica: só atende 40% dos casos. O problema é estrutural, senhores candidatos. Exige uma verdadeira revolução, se quisermos acabar com as filas e com o sofrimento popular. E governos reformistas, com precária base de sustentação congressual, como o que está no Planalto, apenas fingem que têm compromissos com os mais pobres. Nem reforma agrária é capaz de agilizar. E um Senado que acaba com a CPMF, fonte de recursos indispensável à saúde, demonstra estar em sintonia fina com o bloco do quanto pior melhor. A propósito, Salazar Barreiros (PP) comemorou o fim do imposto do cheque em artigo de jornal. E aproveitou para se solidarizar com o senador Alvaro Dias, um dos senadores que votou contra a continuidade da cobrança;. Será que o senador é mais importante que dinheiro à saúde para quem postula a Prefeitura?

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