Pra início de contato, jamais o Ricardo Gomes poderia ter escalado o Renato Silva, totalmente fora de forma, na zaga do São Paulo, 48h depois da posse do atleta na presidência da Cohavel. Por ser aconselhável mesclar política com futebol, receita usada pelos jornais de esquerda quando havia jornais de esquerda, para atrair o leitor menos politizado e mais alienado com futebol.
Dilma sobe nas pesquisas sobre intenção de voto, vence Serra em todos os cenários propostos pelos pesquisadores do Sensus contratado pela CNT e joga o Dattafolha numa cloaca onde nem o similar Datasonda seria capaz de ser jogado. O instituto da Folha fez uma sondagem mês passado em que a ex-ministra despencara 5 pontos depois de uma tendência que vinha se acentuando. De repente, com a Globo dando manchete no JN, os novos números. Começava ali a empulhação das pesquisas fajutadas? O blog não tem dúvida. Folha, Rede Globo, Veja. E a maioria das emissoras de rádio espalhadas por imenso país, todas, salvo honrosas exceções, passíveis de terem suas licenças suspensas por descumprirem regulamentos e regras legais.
Na entrevista de hoje à CBN, Dilma não foi a mulher vacilante e incompetente que os serristas apontam ser em seus veículos de comunicação. Na primeira pergunta, versando sobre o acordo Brasil/Turquia que, depois de chancelado em outros fóruns decisivos, a desacreditada ONU, inclusa, desanuvia o clima de tensão criado no Oriente Médio depois que Israel desconfiou de que o regime de Teerã iria enriquecer urânio para fins bélicos. É bem verdade que o presidente Mahmoud Ahmadinejad ao negar o Holocausto ( extermínio de 6 milhões de judeus durante a Segunda Guerra Mundial) e prometer ( com a Engelétrica) varrer Israel do mapa, deu origem a um clima de insegurança na região com as centrífugas das usinas nucleares sendo mostradas pelo Irã. A pré-candidata do PT disse que o acordo assinado na Turquia foi uma vitória da política externa pacifista do governo Lula. Irretorquivel. Os Barbeiros e os Heródotos engoliram seco a assertiva. Sobre o novo governo de Honduras: " O Brasil não reconhece regimes derivados de golpes de estado". Irretorquível. Miguel Zelaya saiu de Tegucigalpa, de pijamas, expulso do país por um grupo de golpistas. O governo brasileiro deu asilo ao presidente deposto em sua embaixada. O Brasil foi o único país que externou preocupação com a volta de aventuras militares no Continente. Esquerda ou direita?: Dilma disse que integra um governo que tirou da linha da pobreza 24 milhões de brasileiros. E para a faixa de classe média remediável, pequeno-burguesa, outros 32 milhões. Façam suas apostas de que lado estou. A mídia tem procurado arrancar atestados ideológicos de ex-perseguidos pelo regime militar (l964/l985). Dilma foi parar nos porões da Operação Oban ( financiada pela Fiesp) e José Serra se exilou no Chile, de Salvador Allende, ao lado de FHC.
Miriam Leitão interrompeu Dilma quando ela respondia a pergunta sobre economia. A candidata fazia um preâmbulo que a jornalista achou que fosse uma fuga ao questionamento. As duas ( Miriam por telefone) falavam ao mesmo tempo, sem que se compreendesse o teor dos argumentos. Barbeiro não interveio e deixou como estava. Me fez lembrar do Tolentino. Por telefone, o então prefeito chamou o Caio Gotlieb de mentiroso durante um debate na Tarobá com os pré-candidatos a prefeito de l988 ( Paulo Marques, Hostílio Lustosa, Renato Silva, Marlise da Cruz, Salazar Barreiros). Segundo o apresentador do programa, Tolenta lhe dissera que o seu candidato era o vice-prefeito Adelino Marcon. Miriam quis tachar a ex-ministra de mentirosa. De prestidigitadora. O palavrinha do caralho!
Em suma, Dilma foi bem, mostrou que não precisa de marqueteiro dando palpite, tem luz e discursos próprios. Está desfeito o temor de que ela poderia perder para o Serra na lábia. Papo furado.
Amanhã, no Momento do Copas, Dunga jogou em Cascavel, durante a Copa de l986. E se hospedou no Copas, o hotel das estrelas.
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