terça-feira, 4 de maio de 2010

AGORA É OFICIAL: BURGARELLI ASSUME NESTA QUARTA, ÀS 16h

Está fixada para esta quarta, 5, às 16h, na sala da presidência da Câmara, a posse do vereador Luiz Amélio Burgarelli, do PDT, eleito mas não diplomado em 2008. Ele foi cassado pela Justiça Eleitoral que acatou pedido do Ministério Público depois que a Polícia Federal fez uma varredura no comitê eleitoral do então candidato e lá se muniu de provas que comprovaram denúcia anônima feita à PF provavelmente por alguém que trabalhava com Burgarelli naquela campanha. Ao final da sessão de hoje do Legislativo, o presidente em exercício, Marcos Rios, do PSDB, fez o anúncio, notificado pela Justiça. Com a decisão, Valdecir Nath, primeiro suplente do PDT, já abandonou a Casa. Com a alteração, o PDT continua com o mesmo número de cadeiras - 3 - mas é incerto o que fará Burgarelli. Se vai ser aliado do prefeito ou não. Pessoas próximas dele, comentam que se ressente da falta de apoio político durante seu quase calvário. Valdecir Nath votou em favor do Executivo todos os projetos encaminhados pela Prefeitura desde o inicio da Legislatura. O clima ao final da sessão de hoje era de rebeldia. Desfalcada de Marcos Damaceno ( em viagem) e de Paulo Bebber que estava na Câmara, mas sem ocupar sua cadeira de primeiro-secretário nos instantes finais, as queixas foram dirigidas à reduzida plateia que acompanhou o encerramento dos "trabalhos". João da Tropical continua ranheta; Léo Mion incomodado; Osmar Cabelereiro quer máquinas recuperando ruas; Júlio César vê defeitos em tudo; Otto Reis se jacta com as liminares obtidas na Justiça por entidades patronais que se insurgiram contra a Taxa de Sinistro; o rompimento de convênio entre Cohavel e o Movimento de Luta por Moradias, de Silvio Gonçalves, do PT, publicado no órgão oficial de ontem, deve ter sido a tônica da reunião que não pude acompanhar desde o início ( tenho compromissos extra-pauta). Falei ao final da sessão com Marcos Rios sobre o clima reinante no plenário, onde o prefeito foi vilipendiado pela oposição conhecida, criticado pelos flutuantes ( os que apoiam e recuam) e a base aliada desprovida de alguém com voz e talento para defender o Executivo, mesmo diante de uma catadupa de iniciativas que, com efeito, deixam margem para que se elucubre sobre que script canhestro este que se lê e se ouve em pleno ano eleitoral. Vai respingar em alguém tudo que está ocorrendo. Esgarçamento do tecido social é lugar-comum em editoriais quando o social vai mal. E pode ser aplicado no precário relacionamento entre os dois poderes encastelados lado a lado, seperados apenas por uma rua. Está na hora de alguém, nem que seja pela janela, com auxílio de megafone, ver se é possível harmonizar a interlocução inexistente. Edgar ainda tem crédito político. Mas não pode titubear e querer impor certas coisas. Sob pena de repetir 2002 e 2004. O naufrágio do Titanic, parte II.

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