quinta-feira, 1 de abril de 2010

PESSUTI NÃO É PESSUTÃO. DEVAGAR COM O AUMENTATIVO

Mesmo que possa atingir a região escrotal de consumidores, comunico que a edição de hoje de Via Fax, foi protelada para segunda-feira. Ninguém perde, ninguém ganha. As elucubrações cibernéticas são as mesmas do papel A/4, panfleto. E se atinjo a parte baixa de internautas, aludo ao ovo, minúsculo palíndromo, feito à base de chocolate achocolatado, que afastou Ivo Roncáglio, do governo estadual, em 2003. O empresário, mesmo no DER, de acordo com denúncias da mídia, embolsou 60 000 reais por ter traficado influência em outro departamento, e acabou vendendo o produto fornecido por um fornecedor local, um certo Fanton. Quem for fazer um balanço desses quase doze anos de Requião, no Iguaçu, se o retrospeto não for de cunho chapa-branca, que trate de incluir o aludido escândalo. Quem indicou Roncáglio ao DER, foi Marcos Formiguieri...

Pessutão é aumentativo que não condiz com a biografia de Orlando Pessutti. Em cinco anos de deputado estadual, convivendo com Aníbal Khury, no Parlamento, jamais se opôs ao poderoso guru, como fez o Ernani Pudell, exemplo, logo que assumiu sua cadeira, em 1991. Ainda no PT, o deputado achou que iria desbancar Aníbal. Começou questionando uma clínica odontológoca numa sala da AL, mas que não funcionava. Havia equipamentos odontológicos, cadeira, dentistas, como no Sindec do Donato Ramos, mas não se fazia nada, não se praticava medicina bucal. Reportagens publicadas na folha de Londrina, levaram o presidente da AL a retaliar com o jovem e ousado deputado. Me contaram que uma fita de vídeo com um flagrante à saída de um motel, em Curitiba, foi o que bastou para que Pudell fosse mais um Orlando Pessutti na casa de leis. Valeu pelo quixotismo. Pelo menos, tentou moralizar o recinto.

Se é verdade que o presidente da nossa casa legislativa recuou e manteve o texto original do Regimento Interno da Câmara de Vereadores, é uma medida que vem ao encontro de nossa região escrotal, onde os ovos fecundantes estão alojados. Marcos Damaceno se transforma em coelhinho de Páscoa ao devolver aos tribunos ( bons ou maus) o democrático direito de falarem durante o que se chama de O Grande Expediente, não obstante o ócio em que se encontra o segundo poder. Como vocês não sabem, pois não têm tempo a perder com a arraia-miúda da política, a Mesa da Casa aplicou a Lei da Mordaça nos mais falantes ocupantes de cadeiras ( para mim, da humordaça),e reduziu o tempo de dez minutos a que se tinha direito de parlar. Os mais falastrões reclamaram e o presidente teria voltado atrás. Verbo no condicional, porque a fonte não é de todo confiável. Terça-feira, a gente confere ao vivo e in loco durante a aguardada a sessão ordinária que inaugura os trabalhos do mês de abril.

Tem gente me vaiando porque não resenhei a sessão de terça, do Legislativo. A explicação mais plausível pode ter sido a morte do Caetano Bernardini. O professor Sefrin me ensinou que o bom repórter deve ter discernimento ao se deparar com uma notícia e/ou com barulho. A Câmara foi barulhenta diante do óbito no interior baiano. Mesmo assim, por ninguém ter dito nada sobre a voz do Paulo Bebber, e a dicção, durante a leitura do expediente do dia, uma longa e enfadonha leitura de papéis, contendo o que foi lido e aprovado na sessão da semana retrasada, faço este registro. A pressa com que a sessão foi encerrada, já foi observada por outro integrante do manicômio midiático. Este chegou a cronometrar. Durou vinte minutos. Só se ouvia votação nominal, quem for contra fique como está...Contra, a favor, contra, a favor, sendo que o Paulo Tonin (PP) impressionou pela sonoridade do voto. Pausa de meia-hora. Os mais esfalfados se recuperaram do afogadilho com sucos e salgadinhos na ante-sala onde nem todos podem entrar. O leão-de-chácara Adelar Proença faz a triagem. E é bom não insistir. O cara foi motorista do deputado Tiago... No epílogo, com Otto reclamando de falta de tempo para dizer o que acha da prorrogação do contrato de lixo,e o Júlio querendo reclamar da morosidade do primeiro núcleo habitacional do Minha Casa Minha Vida, do Silvio Gonçalves, o melhor mesmo foi o instante em que o líder não reconhecido do prefeito, Mário Seibert, abandonou a sessão. Disse que iria inaugurar uma ciclovia. Saiu sem ter sido vaiado. E não fez falta alguma durante o restante dos trabalhos não forçados. Até mais.

Nenhum comentário: