COMO É DIFICIL PAGAR A COPEL

A Copel é nossa. Somos donos da empresa. Nos é permitido até não saber onde pagar a tarifa atrasada, um dos hoobys preferidos dos donos da estatal. Fui a três endereços com a fatura e em nenhum deles foi aceita. No supermercado, a mocinha do caixa, depois de verificar a data de vencimento, fez beicinho e não quis registrar. Na farmácia, a mesma lenga-lenga. " Temos ordens de não receber depois de dez dias". Na outra farmácia, "depois das três e meia, não recebemos, senhor". E, na lotérica, a tarifa foi considerada vencida demais. Perdi a paciência e chamei a empresa de terrorista. Em alto e bom som. Ameaça cortar o fornecimento, mesmo com o usuário tentando pagar de qualquer modo, depois de saber que um motoqueiro susta o insumo de forma sorrateira, como se mata um parlamentar estadual dentro de um Vectra. Finalmente, luz no fim do túnel. Alguém, que já viveu angústia semelhante, me indica a Farma Últil. Fui lá e...eureka...receberam e estou blogueando com energia elétrica. Um governo que faz isso, não escapa da pecha de terrorista, se acrescentarmos ao texto o que, se exige, quando o motoqueiro terceirizado efetua o corte, desligando o fio no poste. Para religar de imediato, 25 00 reais de multa. Senão, 24 horas e multa de 5 reais , em caso ainda de eclipse solar, que seria ainda o cúmulo dos cúmulos. Mesmo que se trate de resolução da Aneel , agência reguladora, um governo que não cumpre ordens da Justiça não deveria, se a Copel fosse nossa, submeter os que dela dependem a esse tipo de contrangimento. Atrasar conta de luz, é prática da maioria dos consumidores estimulados pelo governo, notadamente em épocas eleitorais, quando esses atrasos são tolerados. Como a maioria da mídia eletrônica permuta luz por publicidade (enganosa) da Copel, toca aos blogueiros e panfleteiros denunciar os abusos que a empresa que o seu chefe maior se jacta em colocar ações na Bolsa de Valores de Nova Ioque e depósitos no Banco Santos, fechado, e que reza pela Cartilha de Puebla. Eu quero aplaudir, se o Jô Soares o permitir.