sexta-feira, 13 de agosto de 2010

SALVO PELO GONGO DO IBGE

Limpando a ficha. Familiares de Dalton Palomares de Toledo, em Curitiba, pediram e vão ser atendidos. O pai não tinha tantos defeitos como os listados quando do anúncio de sua morte, aqui, de acordo com colaboração de Bolívar Dantas, nosso procurador jurídico. Além de ter sido um dos fundadores do Lyons Clube Cascavel Velho, apresentou, na Rádio Independência, direção de Pedro Washington, a Rua do Passeio, ao vivo, aos domingos à noite, competindo com o Abertura, da TV-Tupi, distribuindo prêmios entre seus milhares de ouvintes. Dalto não era de Toledo, assim como não é o ensaísta da última folha semanal de Veja, o Roberto. Me perdoem, se é que mereço, por ter desrespeitado a máxima de que dos mortos não se deve falar. A não ser para elogiar. Há um axioma latim. Por não ter estudado teologia no seminário diocesano e nem no dos Jesuítas, no Brasmadeira, não sendo Carlos Bachinski, grafo, sem latinório, o destampatório.

Acabo de ser salvo pelo IBGE. Não tinha nada para escrever, além do pedido acima. No entanto, depois da entrevista feita pela recenseadora defronte ao local onde os cachorros brincavam ao sol, por sobre o jardim engramado, me enchi de argumentos. Quantos moram aqui? Eu e mais l6. Dois cães ( mostrei-os) e l4 gatos. Quantos banheiros tem a casa? Um. Alguém morreu aqui nos últimos dozes meses? Um monte. Treciziano, Joca Ramiro, Hermógenes, além de seis gatos. Os humanos baleados, os felinos envenenados. Como ela não entendia, falei-lhe que passara pelo imóvel um exemplar do romance do João Guimarães Rosa, e que fora lido, com todo o sacrifício que a travessia de matas impérvias impõe. Quis saber do livro. Voltou para o local onde nunca mais será lido. Uma escola pública a duas quadras. Não se castiga alunos com carga tão pesada.

Dilma já poderia encomendar a saia larga da posse se tivesse dito aos apresentadores do JN que, num determinado ponto da vida de cada um de nós, uma aliança é inevitável. William e Fátima têm um simbolo desses num dos dedos de suas mãos canhotas. Não são destros, parentes do João. Então, se o PT faz alianças com outras legendas, desde a implosão do purismo sectário, é porque se aliançar é cultural. Já o debate de ontem, se eu não fosse esquecido, poderia ter sido assistido. Se não foi quente, abrasador, melhor. Evitou-se nova queima do estúdio da TV. Na Tarobá, em 2006, um bate-papo com Geraldo Alckmin e jornalistas convidados, foi suspenso por um incêndio que, se não consumiu todo o complexo, foi o suficiente para cancelar o bringstorm. Até hoje não se sabe a origem do sinistro. O Osmar está sendo frito em pouco óleo. Ele tem que exigir dos amigos mais amizade. O deputado Giacobo, por exemplo, não associa sua candidatura com a do governador da coligação em que está o PR. Não vi um carro sequer, dos muitos que andam por ai, com a silhueta de Osmar na publicidade. Menos ainda na propaganda impressa. Fernando faz campanha-solo. Quem ouviu o discurso do Osmar, na ACIC, quando assinaram a ordem de serviço das marginais, jamais poderia imaginar que Giacobo é o traíra que é. Osmar encheu a bola de um deputado incansável em Brasília. Eu ouvi.

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