quarta-feira, 11 de agosto de 2010

QUEM VENDE O VOTO TERIA QUE VOTAR COM CÉDULA DE PAPEL

Ganhamos um vereador. Se Júlio não desistisse de ser deputado, assumiria a cadeira dele, o Divino Godoi, primeiro suplente do PMDB. Quem está com cara de vereador, nesta quarta, é Otto Reis, rebelde do PDT. Votou contra o projeto do Executivo, aprovado ontem, em duas votações, pedindo autorização da Casa de goteiras para remanejar 2 milhões do orçamento. Com a votação, Edgar Bueno, prefeito do mesmo partido do Reis, planeja pagar a desapropriação de um seminário situado no Brasmadeira, pivô da polêmica do momento. Avaliado em 700 000 reais, em primeiro de abril, custa hoje 1,7 milhão - aumento de 130%. Enquanto o Paulinho Mion não abandonar o Cartório, estas distorções não deixarão de avultar. Otto acha que o dinheiro aprovado pelos seus colegas pode estar sendo usado para outra finalidade. Acertar aquele furo de caixa detectado pelo TCE que sacou o que o Paço e o Jadir não viram em janeiro, quando pagaram o precatório da Praça Wilson Jofre aos Saraiva - 9 milhões de reais - sem que houvesse dotação orçamentária nesse sentido. O Otto só falhou ao classificar de suntuoso o imóvel concebido no pelos padres jesuítas nos tempos da catequese silvicola. Infraestrutura esportiva não é sinônimo de suntuosidade. Porém, no aspecto legal da coisa, e até na suposição de onde os 2 mi serão efetivamente aplicados, Reis está em sintonia com o que se espera de um vereador esperto, e que, sabendo que a Casa está carente de gente capaz, não se candidatou a deputado. Otto Reis vai longe.

Melhor se o debate desta quinta, fosse com os que têm bala na agulha ou café no bulê. Cinco, no estúdio, como determina a lei, além de democrático, não nos livrará do um revival de 2006 composto de blocos inteiros de nanico perguntando a nanico. O candidato do PSB de então, o Severino Araújo, que permitiu o ingresso de Hélio Laurindo e Ernani, no partido, falou mais que o Requião e o Osmar, os únicos com chances de eleição. E isso é desperdício de tempo. Antevejo um debate morno. A não ser que alguém, que só vai ao estúdio massagear o ego, resolva desembestar e jogar pó-de-mico no ar. Eu, que sou nanico, Via Fax é panfleto A/4, perguntaria ao Beto se ele lembra que o pai dele participou das Diretas, em l984, esteve nos comícios gigantes no Vale do Anhangabaú (SP), ao, lado do Osmar Santos, de jaqueta de couro marrom, pedindo o fim do regime militar. E se ele se sente à vontade com a fina-flor da escumalha reacionária ao seu lado, depois projeto de sua autoria, transformado em lei, indenizando familiares de ativistas políticos torturados durante o regime militar. Gostaria, ainda, de saber se vai cumprir o mandato, pois, disse, recentemente, em ato falho, que, se eleito, irá repetir no governo, tudo que fez na prefeitura de Curitiba. Esta pergunta pode ser feita pelo Osmar, caso Beto venha com alguma observação mais capciosa. Na Globo, logo, mais, não vale achar que Raúl Cortez voltou. Serra lembra o festejado ator. Não tem o mesmo talento, mas o visual pode confundir quem não sabe quem é que está no JN, doze minutos. No tempo da ditadura, Serra iria dispor de 45 minutos, dezena dos tucanos, Dilma l3, número do PT e assim sucessivamente. Sorte nossa que os militares só nos tutelam de longe. Mas tutelam. Não pensem que se ressurgisse um Lyncoln Gordon, não reapareceria outro Mourão Filho. É que o mar não está nem pra BP e nem pra pelicano. O império só pensa naquilo. Irã! Para eles, o risco não é Dilma. É Arma(dinejad). Enquanto isso, na Rússia, o fogo ameaça os estoques nucleares. Não iria ser cômico a ONU e aliados com medo das ogivas inexistentes do Mahomoud, ao mesmo tempo em que as verdadeiras ameaças passassem a receber enriquecimento do fogo amigo. Isso seria trágico. Abraço, e mantenham o Osmar informado sobre o que se passa em Cascavel e arredores. O perigo não mora em Curitiba. Reside aqui, em condomínios que não estão fechados com ele. Se o ibope continuar uma piada, na próxima aferição, imitarei o Tiago, dando nome aos bois. E que não são da tropa clandestina do Salazar, em Amambai (MS).

Um comentário:

Anônimo disse...

o melhor do horario politico é o incentivo cultural!Desligo a televisão e vou ler um bom livro!