quinta-feira, 15 de julho de 2010

ÓRGAO OFICIAL DEIXOU DE SER IMPRESSO. COMO O JB

Ralph Moreira é cliente de Cesar Sordi. Mora em São José dos Pinhais, mas já morou em Cascavel e em Santa Terezinha de Itaipu, o Ralph. Ao se graduar em Direito, em Foz, largou mão do jornalismo impresso premonitório. Anteviu o que ocorreu com o JB, no Rio de Janeiro. O Jornal do Brasil, que anunciava a Geléia-Geral Brasileira de Gilberto Gil, em l968, reduziu-se a versão online. Dizem ser a tendênccia dos impressos. Estão condenados. O Le Monde faliu, mas foi comprado. Não se esconde na web. O livro seria outro produto impresso, que seria extinto nesta versão. Faz décadas, mas as livrarias não deixam de ofertar e de vender. Ainda no Rio, a Tribuna da Imprensa, de Hélio Fernandes, falida, depois de bombardeada nas bancas nos estertores do regime, também se mudou, com malas e cuias, para a internet. E até, me perdoem, o órgão oficial do município de Cascavel - um bissemanário - se despediu dos leitores enquanto produto de papel. Antes, os despachos oficiais tinham um diário oficial privado. Um outro diário e um ex-prefeito tiraram dele esta prerrogativa. Ai, o atual prefeito peitou o arrivista, e acabou com a festa. Confeccionou seu próprio veículo. E nesta semana, decretou o fim seu curto período de vida da versão em papel. Quem ganha com tantas mudanças? Aqueles que dizem que o diário oficial deveria se manter como era, é que não são, pois nem diário era.

A frente fria, anunciada pela meteorologia, nos EUA, ficaria mais cruel com Donald Rumsfeld na TV. Aqui, Alessando Meneghel desempenharia bem o papel. Requião não seria um mau garoto de meteorologia no anúncio da bolsa gelada de maldades. Menos mal que 32 milhões de brasileiros saíram debaixo da linha da miséria, lembrou ao Cai0,o o senador Osmar Dias, em gravação veiculada sábado na rede dos Muffatos. O entrevistado se queixou do tom nostálgico do Jogo Aberto. O apresentador só queria abordar coisas que não interessavam ao interlocutor, de barba imaculadamente branca. Em 2006, minutos antes do Geraldo Alckmin ser enrevistado no mesmo local, pegou fogo no estúdio. Com chamas daquele tamanho, não foi possível ouvir o presidenciável do PSDB. Eu sei de tanta coisa da Tarobá, que sou o mais versado nela se um dia fosse passada a limpo, sem maquiagem. Incorporando um linchamento em Mamborê, filmado pela equipe que produzia o Lourival Neves. Antes da barbárie, pediram que os bárbaros aguardassem a chegada da Tarobá para só depois se ensandecerem. Veja como um veículo deste poder se transforma em arma letal e poderosa a serviço da selvageria. Diga-me quem te manipula e...

Um comentário:

Júlio Carignano disse...

Sempre direto e esclarecedor: "Diga-me quem te manipula e..." - A melhor frase que já descreveu esse mundinho da "liberdade de imprensa", ou melhor "libertinagem de empresa"..