quinta-feira, 8 de julho de 2010

ORLANDO PESSUTI PEREIRA

Pior que o Júlio Cesar e Felipe Mello, na África, só mesmo o governador Orlando Pessutti. Telefona para dizer que não está apoiando Requião na campanha do escudo senatorial. Se apoiou duas vezes em Requião e virou espécie de pesque e pague. Depois de Rubens Bueno agora é o Orlando. O pró-têmpore se justifica: "Requião nunca me apoiou". Respingam na candidatura do Osmar e no palanque da Dilma esses desencontros. Requião está colhendo os frutos da semeadura. Para ficar tanto tempo no cargo entregue ao sparring teve que praticar muito pugilismo e esgrima. Pessutti desmanchou tudo que Requião armara em torno dele. Na volta da África, novas cabeças serão guilhotinadas, inclusive a da irmã de Roberto, a Lúcia. Eu não conhecia mais esta nepote, mas o nome dela está lá no meio de matérias produzidas por richaboys, o que mais tem na mídia estadual. As visitas que Osmar Dias começou fazer são acompanhadas pela candidata ao Senado do PT Gleici Hoffmann, que Pessutti revela ser a sua opção majoritária. Falta só o governador anunciar que vai de Beto Richa também majoritário. Se não apoia Requião, porque lhe puxaram o tapete, é forçoso supor que Osmar Dias também o traiu. Beto, por sua vez, continua colhendo subsídios nos municípios, com os quais fará o plano de governo para administrar o estado com prioridades fixadas em Curitiba. Ele diz o contrário, mas é sabido que terá que procurar convencer a capital de que no Palácio Iguaçu ele faz mais do que na Prefeitura. Dizem que João Destro, candidato a federal pelo PPS de Cascavel, programou carreata para este sábado, com Beto em primeiro plano. Daltônico, o empresário chamou de marrom os jornais de Alfredo Kaefer por conta das especulações de que estaria retirando a candidatura. As últimas edições foram impressas com cores azul, vermelho e verde. Numa delas, o quadro da dengue em Cascavel rivaliza com calamidade pública. E o Kaefer é sócio do mandato de Edgar Bueno na Prefeitura. O Osmar Dias deveria dar uma bombeada neste contubérnio. Eu juro, contrito, que há algo errado no enviezado script.

Nesta quinta, o assassinato do estudante de Direito e proprietário de uma agência de câmbio e venda de passagens rodoviárias no centro de Cascavel, Rio Grande do Sul, Leandro Branco da Silva, 21 anos, completou três meses, sem que a científica polícia judiciária tenha uma pista sequer que possa elucidar o caso. Leandro foi baleado numa calçada frontal do Colégio Estadual Ébano Pereira e morreu tentando se esconder dentro do educandário. A cena da mãe dele, desesperada, colhendo-o do chão e colando-o ao seu corpo foi uma das mais pungentes já exibidas na televisão Tarobá. Os pais de Leandro, apesar da atuação de uma polícia que não apura nada, não desistem. E dizem que irão fazer uma campanha na mídia: a oferta de uma recompensa de R$ 15, 000 por alguma informação que permita achar duas peças importantes que possam auxiliar na elucidação do caso. A moto usada pelos assassinos (2) e o revólver 38. Até o momento, dois suspeitos foram presos. Um deles, Jean Martini, teria sido reconhecido por uma testemunha como sendo o homem que fugia do local do crime, sendo filmado, de costas, por uma câmara de segurança de vídeo. Eles foram ouvidos pela Justiça dia 30. Negaram a autoria. Um deles já poderia estar solto. Permanece preso por estar envolvido num outro homicídio. Por lei, passados 81 dias , o preso tem direito a liberdade caso não se produza provas consistentes e que justifiquem a permanência na cadeia do acusado (a). Martini poderá ser beneficiado pelo artigo do Código Penal. É o que os país de Leandro temem. Eles não poupam críticas ao delegado que preside o inquérito achando-o inepto.

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