terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
O AZEDUME DE JÚLIO E A FACÚNDIA DE OTTO
Se nem os vereadores entenderam a Ordem do Dia da sessão de hoje do Legislativo local, os que assitiam estavam ainda mais desinformados. Azedo, mal-humorado, o vereador Júlio César Leme da Silva (PMDB) reclamou o cumprimento do Regimento Interno da Casa, artigo l43, que disciplina o trâmite das votações. " Não se deve votar em regime de urgência, vetos do prefeito". Apenas projetos de leis enviados à casa é que podem ser votados celeremente", reclamou do presidente e líder do prefeito, Marcos Damaceno (PDT). A Câmara voltou a manter o veto oficial a um projeto de Otto Reis (PDT) versando sobre a polêmica Taxa de Sinistro. Pelo fato de a Secretaria de Segurança Municipal ter sido extinta, não tem mais nexo recolher 20% para a pasta, de acordo com artigo do Código Tributário, observou o autor da lei vetada novamente por dez votos contra 4. É o conteúdo da Lei Complementar 40. A Secretaria de Segurança Pública acabou, por entenderem os que a extiguiram, que é dever do Estado assegurar segurança à população. Enquando isso, Gilmar Gaitkoski (PLS) tenciona reduzir em até 50% a Taxa de Sinistro para os empresários que são contra a cobrança. João da Tropical, do PTB, disse ser normal que o empresariado sonegue impostos. Para ele, se o município dependesse deles, estaria frito. E fez chalaça com uma expressão usada por Mário Seibert (PTC) para quem deve-se manter acesa a chama da discussão da Taxa de Sinistro. " Quero usar a Taxa para apagar a chama do Mário". Ninguém riu. E para não dizerem que a Câmara conserva todos os vetos que o Executivo oferece contra determinados projetos, foi aprovada emenda de Júlio César Leme da Silva propondo a colocação de placas de advertência em locais públicos onde são praticados esportes ( Praça Wilson Jofre, um exemplo). Os l4 vereadores derrubaram o veto, depois que Nelson Padovani (PMDB) disse que a Câmara não pode ser intransigente e votar tudo em favor do Executivo. Júlio César disse que o que é demais, não há bunda. Novamente ninguém riu. A falta de senso de humor na Casa, é flagrante. Os que apenas se limitaram a votar, sem fazer uso dos microfones, são, pela ordem de silêncio, Airton Camargo (PTB); Robertinho Magalhães; Osmar Bispo dos Santos; Paulo Tonin (PP); Valdecir Nath (PDT); Marcos Rios (PSDB). Os mais falantes, pela ordem, foram, Otto Reis (PDT); Júlio César Leme da Silva (PMDB); Marcos Damaceno (PDT); João da Tropical (PTB); Paulo Bebber ( PR); Gilmar Gaitkoski; Léo Mion (PSDB) e Mário Seibert (PTC). Este, voltou a frisar a falta de luz, desta vez fora do túnel. Se ficasse calado, impressionaria mais. Disse esperar que as instalações da Receita Federal não sejam destruidas pelo fogo, só porque o Leão não paga a Taxa de Sinistro. Em dois enfoques, o incêndio de ontem, na fábrica de carrocerias, ao lado da BR-277, foi mencionado. Em ambos, a ação dos bombeiros foi enaltecida, mesmo que as chamas tenham destruido totalmente as instalações da fábrica e o produto quimico queimado, usado na aplicação de espuma em poltronas de ônibus. Léo Mion (PSDB) candidato de Alfredo Kaefer à sucessão de Marcos Damaceno à presidência da Casa, anda quieto igual pássaro na muda. Piou pouco para endossar palavras de Júlio César sobre a Ordem do Dia. Atair Gomes da Silva, chefe de Gabinete, esteve na sessão, ao lado da secretária da Indústria e Comércio, Susana Kasperzak, elogiada por vereadores pelas explicações que forneceu a eles sobre um projeto envolvendo sua pasta. Como a Câmara não cultiva o hábito de oferecer à mídia uma sinopse do que ali é votado e apreciado, fica-se sem saber. Há muita assessoria para pouca comunicação na Casa.
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