Por esta pesquisa nem o Sérgio Guerra esperava. Enquanto as encostas paulistas desmoronam, obstruindo estradas , levando casas, matando moradores, os túneis viram piscinôes, a ministra Dilma Rousseff sobe na pesquisa espontânea, nos morros, nos bueiros arrastados de São Paulo e Região Metropolitana. Nem todos sabem, mas quem escuta rádio e televisão pode repetir o resultado da pesquisa encomendada ao Sensus pela Confederação Nacional de Transportes (CNT). A futura vovó está feliz por saber da gravidez da filha única e, principalmente, da novidade divulgada nesta segunda-feira. Ela encostou no Serra como se fora uma encosta íngreme e movediça. Se a eleição fosse em l5 de fevereiro, Serra ainda venceria, de acordo com os números levantados de 25 a 29 de janeiro. No entanto, como o primeiro turno será em outubro, dia três, muita água ainda irá cair. E se continuar castigando São Paulo, estado governado ( e mal) pelos tucanos há mais de duas décadas ( Franco Montoro, Covas, Alckmin, Serra) a vaca pode ser levada pela enxurrada de votos, boa parte de protesto. Ninguém inferniza a vida de um povo impunemente. Serra e Kassab, governador e prefeito, não são os responsáveis pelo que fizeram com a ocupação do solo da mais populosa capital brasileira. Eles dividem o ônus com Adhemar, Laudo Natel, Fleury, Pita, Colassuono, Maluf, Marta, Erundina, me passando por erudito. No entanto, são as bolas da vez. Estão nos cargos e no papel de Judas. Seria estreitar a análise, culpar apenas o tempo pela ascenção da senhora Rousseff. Ela compartilha solenidades e palanques com Lula, em inaugurações de obras e eventos grandiloquentes. O presidente chegou aos 81,7& de aprovação individual e seu governo é aprovado por mais de 70% dos consultados, no mês passado, em 136 cidades brasileiras ( eu não fui, mas, se fosse, ratificaria Dilma lá). A diferença entre Serra e Rousseff é de apenas 7 pontos percetuais. Ele tem 33% das intençôes e ela 28%. Empate técnico, em fevereiro. Se nem uma hecatombe for produzida pelos competentes homens que planejam Dilma ( Zé Dirceu, Palocci) e mais a popularidade de Lula, Aécio Neves já deve estar preparando o terno da posse...No Senado. Dilma ainda não está libErada, pois as convenções serão em junho. Mas numa disputa polarizada com Serra ( Ciro Gomes caiu) ameaça ultrapassá-lo dentro de semanas. É só Lula não exagerar no esforço para elegê-la já no primeiro turno. O presidente está com a bola tão cheia, que chegou a sentir cansaço, em Pernambuco, onde a ministra tem a preferência de 53% da população votante. É terra do homem, do cara. O que esses números provocarão nos alinhamentos eleitorais, chamados de conchavos no jargão político, serão os capítulos seguintes. Requião, por exemplo, vai parar de brincar com o Pessutão de candidato próprio e ele de opção alternativa do PMDB. Há no mercado, até em forma de genéricos, drogas eficazes o suficiente para equilibrar a psique dos mais descolados da realidade. Excluo da análise, o mensalão do Dem. O know-how é tucano-mineiro, mas foi assimilado pelo PT. O eleitor sabe que o sistema é um convite à corrupção. Além de saber que, uma vez lá, também iria ser tentado a meter a mão na jarra. Cada corrupto tem o eleitor que merece.
É digno de nota o ocorrido no Colosso da Lagoa, Erechim (RS) durante o Grenal. O treinador Silas, do Grêmio, não viu que o meia Souza acabara de deixar o campo, de maca, contundido, no joelho esquerdo. No mesmo instante que o jogador era retirado, o treinador promoveu uma alteração no time. Sacou Adilson e colocou Maílson. E sem Souza, o Grêmio jogou sete minutos com dez jogadores. Silas deveria ter colocado Maílson na vaga aberta com a contusão. E, com esse lapso, Silas passou para história dos grenais. Se o chute de Maílson, tivesse entrado no gol de Lauro, o fiasco seria suavizado. Como bateu no travessão, o vexame se perenizou. Alem disso, Silas manteve o inoperante Borges e sacou Jonas, escalando Hugo. Vai mal. Pior do que ele, só o Ricardo Gomes, do São Paulo.
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