terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

GIACOBO É O TATU DO PARANÁ EM BRASÍLIA

Quando a CBN popularizou o slogan A Rádio que Toca Notícia, saiu no Via Fax que a Colméia é a Rádio que Tira Notícia da Toca. Ontem, na ACIC, Edar Bueno disse que Fernando Giacobo tira tatu da toca, se referindo às emendas que o deputado federal do PR arranca em Brasília, onde desempenha o papel de deputado do baixo-clero que pratica o velho toma-lá-da-cá com o governo. Aprova os projetos do Executivo em troca de emendas. E vai construindo as marginais que devem mantê-lo na cadeira congressual por mais 4 anos. O ato festivo pode ser interpretado também como o lançamento em Cascavel da candidatura do senador Osmar Dias (PDT) à sua segunda tentativa consecutiva de chegar ao governo. Osmar surpreendeu ao recuar a l998, agosto, quando Jaime Lerner, já no PFL, atual DEM, disputava a reeleição. O pedágio foi reduzido em 50% até o final do ano, numa medida eleitoreira, amplamente denunciada pelo então senador Roberto Requião (PMDB) que alertou ingloriamente o eleitor sobre os riscos de Lerner oito anos no comando dos destino do estado. Aqui em Cascavel, em palanque armado defronte a sede da Igreja Católica, se referindo a Salazar Barreiros, que aderira a Lerner, prefeito eleito em l996 com apoio de Requião, disparou: " Amarraram com papel higiênico um protocolo de intenções sobre o aeroporto". Na sequência, voltando ao Osmar, lembrou ele que o Paraná paga uma multa pesada ao Tesouro Nacional. Ela é fruto da privatização do Banestado, na esteira da borrasca privatizante da era FHC e as metástates institucionais, pegando carona na oratória figurada do ministro-presidente do STF Gilmar Mendes. Osmar disse em alto e excelente áudio,de um impecável sistema de som montado no auditório da Asssociação Comercial e Industrial de Cascavel (ACIC) que esta dívida vigirá até 2029, caso não surtam efeito os esforços deste governo e dos próximos procurando amortizar o precatório entre União e Paraná. Na abertura de seu discurso, o irmão de Álvaro já dera o tom da fala: " Não serei tão suave quanto a Gleisi". A pré-candidata petista ao Senado o antecedera, seguindo o cerimonial. Foi o espectro de Beto Richa que surgiu no auditório. Osmar avisou que vai remexer o passado, sim senhor, caso haja necessidade de elevar o nível da campanha, recheando-a com propostas inteligentes e praticáveis de governo, misturando intenções com farpas necessárias para quem apoiou o vexatório governo do PFL no Palácio Iguaçu, dando-lhe respaldo no Parlamento. Sobrou ainda ao presidente Lula. Osmar lembrou do projeto de lei de sua lavra, vetado por este. " Vou insistir que o Lula publique logo o decreto que diz possui em substituição à minha lei. É a danada da transparência. A matéria versa sobre a possibilidade de as concessionárias de pedágio, a cada 90 dias, apresentarem um balanço sobre lucros e investimentos. O senador quer abrir essas caixas-pretas. Fora isso, a discurseira não revelou nada que possa induzir alguém a destacar o que foi ali falado. Desde o substituto do diretor do DNIT, passando pelo presidente da ACIC, o prefeito, três deputados ( um estadual) e o senador da República. Que a Petrocon ganhou a " licitação", já se sabia antes mesmo de o ato de assinatura da ordem de serviço que irão construir as chamadas marginais da 277, "café miúdo ao governo federal", como bem frisou o prefeito Edgar, mas reconhecendo que é melhor isto do que ficar batendo no governo federal a vida inteira, como fazem sempre os nossos senadores e alguns deputados federais mais afoitos e olhando para seus próprios umbigos ambíguos. Quando pronta, a obra, de 10 KMS, consumirá mais de 9 milhões de reais, cafezinho do mesmo tamanho daquele precatório faturado pelos herdeiros do Geraldo Marques Saraiva. Se a esquerda é tocada pela direita - e o pior é que é - Jacy Scanagatta, velho cacique dos partidos que apoiaram in pectore a Redentora, o exemplo é paradigmático. Gleisi Hoffmann citou o nome dele na abertura de seu discurso, lembrando que ele fora deputado federal. É dose!

Não foi omissão de socorro que causou a morte de Osvaldo Carlos da Silva, 67 anos, no posto de saúde do Interlagos. Vítima de parada cardíaca, ele teria sofrido com a demora no Samu para socorrê-lo. O coordenador da unidade de saúde, Adalberto Ferreira, jura que não foi esse o problema. Mas não deixou de aludir à precária estrutura clínica do local. O Dr. Jadir quer mais resolutividade nesses momentos. Osvaldo morava sosinho, segundo opinião de vizinhos dele do elegante bairro, loteado quando Pedro Muffato era prefeito. Por isso, Interlagos, homônimo paulista, onde são disputados os GPS de Fórmula 1.

Já a população carcerária de Cascavel, pulou para 261 homens até a tarde de hoje, com o recolhimento à unidade correcional de Juliano Skura, 25 anos, que teve a preventiva decretada pelo juíz Leonardo Ribas Tavares, 2ª Vara Criminal. Pesa contra ele, robustas provas e indícios de ter assassinado Francieli de Fátima Rodriges, l9 anos, cujo corpo, em putrefação, foi localizado por populares em um lote baldio nas proximidades do Clube de Campo Lago Azul, dia 29 de dezembro. O crime ocorreu em 12 do mesmo mês. O motivo é passional, garantem fontes policiais. Além de 261 internos, a cadeia possui outras 91 internas, totalizando 352 presos num espaço concebido para 150 quando o município de Cascavel não enfrentava surto de violência e a população não aumentava em 49%, conforme anúncio de Edgar Bueno, na ACIC, ontem. O mais ilustre hóspede, Jorge Germano Rebelatto, preso desde 3 de fevereiro, por via de expedição de mandado e não por flagrante, continua esperando que seus advogados se transformem em Adelino Marcon e o livrem do constrangimento. Incurso na Lei Maria da Penha, foi denunciado pela ex-mulher que o acusou de maus-tratos. Ela é funcionária da Justiça, o que complicou ainda mais a situação de Rebelatto, um reincidente. Já a greve deflagrada por funcionários policiais ( datiloscopistas, investigadores e escrivães) 70 deles, que trabalham na Décima-Quinta Subdivisão Policial, estão em Operação Patrão. Ou seja, obedecem as ordens de Requião e da Justiça, que, em Curitiba, considerou o movimento ilegal. Eles querem reajuste salarial, assim como os professores, que acenam com parede para o mês que vem. É o fim da era Requião, depois do Horário de Verão. Vocês ainda verão coisas piores. Quem viver, verá.
Tchau!

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