O prefeito de Curitiba Beto Richa (PSDB) em coletiva na manhã desta terça-feira, no Show Rural, em Cascavel (PR), disse que espera uma campanha propositiva e ética na eventualidade - quase que certa- de disputar o governo estadual com o senador Osmar Dias, do PDT, que roubou a cena no mesmo local, ontem, dia 8. " As alianças não são eternas", esculpiu, depois de indagado sobre o apoio que ofereceu a Osmar na majoritária de 2006, vencida por Roberto Requião (PMDB) no segundo turno. Richa quer uma campanha sem ataques, receoso de que o PMDB venha se aliançar com o PDT. Numa pequena gafe, admitiu que o PSDB tem dois nomes para vencer as pesquisas, se corrigindo logo em seguida - as eleições. Observou que o PSDB tem dois candidatos viáveis à sucessão estadual, sem citar o nome do senador Álvaro Dias, que ainda espera que o Diretório Nacional da legenda aponte seu nome, possibilidade tida como remota pelos números que Beto Richa ostenta em todas as pesquisas eleitorais e de avaliação de performance administrativa. Para o Datafolha, por exemplo,é ele o melhor prefeito de capitais, com com 84% de aprovação, contra 50% do prefeito de Belo Horizonte (MG). Em duas respostas, Richa mencionou o nome do deputado federal Alfredo Kaefer (PSDB) um dos maiores cash dos tucanos. Beto sabe que, sem dinheiro, não se vai à Roma. Na abertura, lembrou dos tempos em que dividiu com Edgar Bueno (PDT) as 54 cadeiras da Assembléia Legislativa. O prefeito esteve no local da coletiva, acompanhado pelo vice, Jadir de Mattos (PTB) e de seu filho André Bueno, virtual candidato a deputado estadual pelo PDT. Beto admitiu que ainda não perdeu as esperanças de ter Osmar Dias ao seu lado, o que seria a retribuição do senador ao apoio de 2006. Mas esta hipótese é mais improvável que o PSDB nacional apontar Álvaro Dias ao governo. Depois que a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) candidata do PT ao Palácio do Planalto, ter almoçado com Osmar, a aliança entre as siglas no Paraná é dada como irreversível, faltando apenas a ratificação do nome da Gleici Hoffmann (PT) a vice de Osmar, cenário que levaria o PMDB para o mesmo palanque, facilitando o retorno do governador Roberto Requião ao Senado, caminho que se apresenta complicado para ele, com Gleici concorrendo . Ainda no Show Rural, o presidente da Coopavel, Dilvo Grolli, reeleito para mais um mandato, o quarto consecutivo, disse que seria trágico se ele fizese o anúncio de seu nome para concorrer a um cargo eletivo. " A Coopavel não se intromete em política", chutou.
RETIFICA: o incêndio de ontem, ardeu nas instalações da Mascarello e não nas da Comil, como foi blogueado erradamente. Um obrigado ao anônimo que corrigiu a distorção, acompanhado de um míssil com ogiva de bala de mascar ( ello).
Nenhum comentário:
Postar um comentário