BRASÍLIA ESTÁ VIRANDO CANAVIAL. BATTISTI, CACCIOLA, ARRUDA!

Show nas prisões. Na unidade prisional do Papudo ( Requião é falastrão) está sob controle a rebelião iniciada no entardecer de ontem, logo após o anúncio radiofônico captado no cárcere de que o STF decretara a prisão de José Roberto Arruda (DEM) acusado de subornar jornalista, uma classe comprovadamente incorruptível. Minutos atrás, deu na CBN, o ministro Marco Aurélio, negou o pedido de Habeas Corpus formulado pelos defensores do complicado governante. Assim, Arruda passa, na cadeia, o Carnaval, suspendendo, também, sua presença no Show Rural, onde era esperado por lideranças do DEM, entre elas, Alessandro Menegel e Eduardo Sciarra. O primeiro, presidente da Sociedade Rural, o segundo, deputado federal reeleito em 2006. A rebelião a que me refiro, foi explicada hoje pelo delegado Amadeu Trevisan como sendo um ato sem líderes, o que não deixa de ser análoga a disputa interna no PSDB . Álvaro Dias lidera rebelião pela indicação de seu nome à sucessão estadual, mas o prefeito de Curitiba, Beto Richa, também tucano, lidera as pesquisas. E acha essa liderança mais sólida que a do irmão de Osmar Dias, do PDT, senador pré-candidato também ao governo, e que, hoje, fazendo-se passar por tucano, numa entrevista concedida ontem, disse que não existe verticalização na legislação eleitoral vigente. Tradução, se o PDT já bateu o martelo com relação ao apoio à Dilma Rousseff ( PT) na disputa pelo Palácio do Planalto, no Paraná, ainda há espaço para virada de mesa. Complicados, os irmãos Dias. Uma outra observação, é o desejo de O Democratas, depois do novo desdobramento do caso Arruda, de voltar a se chamar PFL. Em Brasília, além de Salvatore Cacciola e Cesare Battisti, Arruda foi pro canavial. Quem deve estar adorando tudo isso, é Fidel Castro, algo senil, supondo que Lula está promovendo uma autêntica revolução no Brasil, mandando os que são acometidos de desvios ideológicos para o corte de cana. Battisti está na Papuda e o delegado Trevisan, no Papudo. Ainda hoje, num outro flanco, o presidente vitalício da Coopavel, Dilvo Grolli, dá uma coletiva à impertinente mídia, que sempre o aborda com perguntas indiscretas e incômodas. Exemplos: Qual o total de público deste ano? Quando é que cê anuncia seu nome para a Presidência da República? É verdade que você tem uma frota de caminhões? Por hoje, basta! Para o Blog do Milênio, direto da superpovoada prisão do Papudo, Carlos Bindé.