terça-feira, 20 de maio de 2008
UMA PRÉ-CAMPANHA DE BOM NÍVEL
Que não se diga que os temas da pré-campanha eleitoral baixam o nível dos questionamentos. Se o Lísias já foi metralhado o suficiente, o Salazar é recordista em processos, vamos mirar no Edgar, cujo mandato nunca foi crivado como foi o de Tolentino, Salazar e do atual prefeito. O relatório da CEI das Pontes, embora que omisso em alguns aspectos, pede do Ministério Público que novas investigações sejam feitas, pois os principais suspeitos sequer foram ouvidos. Aoki fugiu e Paulo Gorski não foi convocado. Ai está uma das grandes falhas dos membros da CEI. Pelo que sei, Gorski, desde o primeiro mandato de Tolentino, 1982/1988, tem uma aguda compulsão por privatizar em excesso os recursos destinados a Secretaria de Obras, visto que ele é tido como o melhor secretário que ali atuou, o que não é verdade. O melhor continua sendo o João Luiz Félix. Em 90 dias, na gestão inaugural do Salazar, pediu demissão. Edgar deve explicações que não foram dadas por ocasião de alguns imbróglios costurados durante seu mandato. Além do que a CEI das Pontes apurou ( desvio de material de construção e favorecimento de fornecedores) o contrato renovado com a Sanepar no final do mandato. As luvas de 3 milhões de reais é combustível altamente inflamável. Requião, que esteve na prefeitura na data da renovação, estava de humor insuportável. Exatamente para não ser abordado por ninguém sobre a data da renovação e a falta de transparência na celebração do contrato. Faltou a chancela da Câmara, o que não é o equivalente a supor que, com os vereadores chancelando o contrato, as coisas seriam diferentes. O destino dado aos 3 milhões de reais é que gera especulações. Se passasse pela Câmara o contrato, o lago continuaria desassoreado. Debite-se a demora na morosidade do terceiro mandato de Requião e nas turbulências que sacodem a Sanepar, com as decisões judiciais favoráveis ao Consórcio Dominó. Além destes casos já em processo de polêmica pública, temos ainda outros negócios nebulosos na gestão edegarista. As luvas da renovação até 2011 das concessões às empresas do transporte de passageiros. Onde estão aqueles R$ 4,3 milhões? Foi o tapa mais bem dado. Ganha contornos de perfeição. O Frare poderia ser ouvido se uma CEI fosse criada para passar a dúvida a limpo. E tem mais: a renovação do contrato de lixo em março de 2004, alegando falta de recursos para manter o contrato assinado por Salazar. Houve um aumento brutal de tarifa. O Aderbal, alfineta Salazar pela privatização da coleta de lixo, "esquece" de salientar que foi Edgar Bueno, governo ao qual ele pertenceu por um ano e três meses, quem salgou o preço da tarifa. CEI das Pontes, contrato com a Sanepar, luvas da CCTT e a renovação do contrato do lixo 8 meses antes do contrato expirar. Não há Edgar Bueno que não venha pro ringue se explicar. Quem é que manda ser líder nas pesquisas?
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