Viaduto da Carelli não existe. O que há, é o Viaduto do Carelli. Um ciclista bateu a magrela na traseira de um caminhão, ali perto, e saiu que o imprevisto foi na Carlos Gomes, perto do Viaduto da Carelli. O Carelli é o Arlindo, sogro do deputado ainda não empossado, Nelson Padovani, do PSC, casado com uma filha do Carelli. O contrário, se o Arlindo tivesse esposado uma filha do Padovani, que ele nem tem, seria, então, sogro do genro Nelson. O viaduto, substitui, desde l986, um trevo, onde eu só não morri, ao lado do Tchê, me dirigindo à Cotrasa, à noite, comer churrasco, convidado pelo Nereu Marin, porque não passou por lá, no momento em que cruzei, direto, a preferencial, nenhum caminhão veloz. O Casagrande mandou eu parar e assumiu a direção do SP/2. Segundo ele, vivemos outra vez. A carteira de motorista que eu portava, me foi dada pelo Gastão Camargo, em l978, sob uma condição: eu teria que votar no Davi Cheriegate a deputado estadual. Na mesma campanha, Plácida Casagrande, sogra do Mário Pereira, conseguiu a habilitação, mesmo não vendo nem a direção do carro no momento de dirigir. Numa outra ocasião, à noite, um ônibus, procedente de um distrito, depois de estacionar na frente da sede da Ciretran, na Pernambuco, na frente da casa do Tchê, permitiu que seus ocupantes, mais de 40 eleitores, também recebessem suas carteiras de (h)abilitação. Hoje está bem mais dificil a obtenção do documento. Um retrocesso.
Preste atenção. Está em gestação um plano visando abrir caminho para o shopping, na cabeceira do rio Cascavel. A trama tem ingredientes maquiavélicos. Desacreditar o lago, enquanto cartão-postal. Quando alagar uma parte da rua Jacarezinho, como aconteceu ontem à tarde, alguém deve reclamar que o carro foi invadido pela água. Este alguém protesta numa rádio, bradando que o interior do veículo ficou todo molhado. E diz que alguém terá que pagar os prejuízos causados no estofamento dos bancos do veículo. E não se identifica. A rádio veicula o protesto, salientando que, a rua que alaga, fica perto do zoológico. Uma foto em jornal, acompanhada de texto que condena a região alagada, também ajuda quem quer difundir a falácia de que o lago não tem mais salvação. O que tinha para ser assoreado, já foi, pelos loteamentos aprovados pelos ex-maus prefeitos Salazar e Lísias, um filho político do outro. Ou farinha de trigo da mesma procedência. Mas não foi ontem que eu saquei a armação anti-lago. Na outra chuva forte, uma mulher não identificada, na mesma rádio, fez semelhante protesto. Disse, num linguajar que não a identifica com uma italiana de mau discurso, que aquela região não tem mais condições de trágefo, e que o carro dela foi inundado. E também reclamou irada, exigindo reparação dos danos. Não se identificou, e nem mesmo a placa e o modelo do carro foram divulgados. Está em curso, senhores, uma campanha de poluição da imagem do lago. Objetivo: convencer a Clara Bordignon de que um shoppig a mais não irá piorar o que já não é bom. Enquanto isso, a Sanepar não retoma os trabalhos de desassoreamento, desta vez com uma empresa que faça o trabalho bem feito. E o Marcon comemora a remoção das capivaras. Falta apenas encomendar ao Dirceu Rosa, roedores de madeira, para substituir os de carne e osso, quando estes forem para o exilio. Um l989, antes de Collor vencer Lula e aplicar o seu plano em 1990, adotaram um esquema para afugentar quem frequentava o lago. Naquela época, um shopping, no mesmo local, estava em pauta. Com a polícia no meio, todo o cadáver que era encontrado por ai, antes de ser necropsiado, era jogado no lago. No dia seguinte, virava manchete de jornal aquele presunto em decomposição, perto do reservatorio. Fonte: um tira da civil. Eu acho que podem estar repetindo o mesmo script, com menos requinte de morbidez. As elites fedem.
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