A campanha da mesmice prossegue. A Globo, a mais acessada rede do país, está repetindo as entrevistas de dez minutos ( com 12 de duração). Hoje é a vez do Serra. A Dilma nada disse que pudesse se transformar em manchete no Jornal do Serra, previsto em lei, mas com lastro econômico naquelas megaobras de infraestrutura em São Paulo - Rodoanel p.ex. Não se pode matar 3.300 mulheres por ano, praticando aborto. A opinião de Dilma sobre a polêmica que produz mais calor do que o aumento do IOF sobre investimentos externos nas Bolsas, um assunto estratético que a dupla não comenta por achar ( e com razão) que a maioria dos que irão votar dia 31 não sabe o que é IOF e nem Fundos de Renda Fixa, que até pode, nos grotões onde Dilma vence, ser confundido com um poço fundo no deserto chileno onde mineiros lutam por uma renda variável. A vida de blogueiro é igual a de um mineiro. Quando não lhe oferecem o prato pronto, precisa pegar o menu e ver qual o tempero mais palatável ao que foi dito pelos que irão melhorar nossas vidas mais do que já melhoraram. Serra se mostrou recuperado da cabeçada desferida num elevador num hotel de São Paulo. Dilma já não anda mais de bota ortopédica. Empatou a corrida presidencial. Tudo se decide em Minas e em São Paulo. Não significando que Osmar Dias e Orlando Pesssuti, cadidatos a ministros de Dilma, façam corpo mole. Urtigão voltou e Pessuti tem que mandar a turma de transição do Beto aguardar janeiro. O mandato dele termina dia 31 de dezembro. Até lá, quem governa é ele. Se o Beto já nomeou um parente agora, imagine quando assumir, ao lado da Fernanda, que também tem familiares para serem estatizados. A campanha está quase empatada. Tudo vai se decidir no debate da Globo. E os tucanos irão jogar no ventilador da Dilma o vídeo em que ela diz ser favorável ao aborto, mesmo em casos de gravidez que não sejam oriundos de estupro. Ou perde ou ganha. O melhor da campanha continuam sendo os torpedinhos de 30 segundos nas inserções em horários indeterminados na midia eletrônica, nem por isso mesmo golpista que a impressa. A Dilma anda de tal forma condicionada pela Veja, que disse na TV da Luciana Gimenes, que saiu na Veja a denúncia do Paulo Preto. Houve ranger de dentes na redação de IstoÉ. Seria um fiasco completo se errasse o nome do Marcos Valério tucano: Adão Pretto, com tês, deputado federal do PT, de saudosa memória, egresso de assentamentos do MST gaúcho.
Acaba de ser anunciado o desligamento do Oziel Luiz (Batatinha) da TV Tarobá, aquela que bota fogo no estúdio, dependendo de quem será o entrevistado. (Perguntem ao Alckmin, se algum dia fores ter com ele, no Palácio, em Sampa, que sai detalhes). Entrevistado ( e mal) na manhã de hoje, " Baratinha" alegou que não tinha mais como continuar na emissora, às l3h, no Tempo Quente, por causa do diretor de produção, o Pikuka de agora. Não disse o nome do mala e nem foi perguntado sobre o nome dele. Falha de quem não é do ramo, Cantini, o enchedor de linguiça. O Tempo Quente passará a ser apresentado por um cara pra lá de chato, alcunhado de Parangolé. É ruim para quem assiste. Oziel ganhou pontos do blog ao dizer que não faz coro com a pena de morte para bandidos. Para ele, bandido bom, é bandido preso. Gente assim, humana, tem espaço reduzido na emissora mais brega do Paraná. Um abraço.
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