terça-feira, 17 de junho de 2008

SCRIPT PALACIANOS

A rebeldia de Marlise da Cruz, 62 anos, presumíveis, para mais ou para menos, a margem de erro da sugestão é de 2 anos para cima ou para baixo, vem de dois palácios. O Tio Zaca e o Iguaçu. Objetivo é implodir a frente supostamente de esquerda, mas de centro, pois seus integrantes moram no perímetro urbano, em luxuosas mansões. Burguesia posando de esquerda. O maior escárnio é o Aderbal. Leva uma vida de nababo, enquanto a militância da Via Campesina, vive momentos de terror quando a milícia armada do Orlando Carneiro chega de madrugada preparando a área para o plantio. Plantio de mão no ouvido dos militantes. Marlise tem certeza de que mantém o emprego no IAP se conseguir o que Requião quer: fazer o PMDB apoiar o prefeito. O PV, que é um partido nanico e de aluguel, elegeu Luiz Ernesto vereador em l996 e Adelino Ribeiro suplente. Mas sem uma esmiuçada nas circunstâncias da cadeira conquistada, se passa ao blogueiro uma falsa imagem do PV. Luiz Ernesto foi beneficiado com verbas que o Mário Pereira, irmão dele, conseguiu. Aplicou calotes, e tinha um certo capital político, obtido nos anos em que enganou como secretário de Cultura do município e do estado de abril a dezembro de 1994. Adelino, o suplente, foi apoiado pelas famílias Mion e Scanagatta. Por isso, fez uma votação surpreendente. Tem lá seus méritos, mas o que contribuiu decisivamente foram estas duas oligarquias. Os 20 mil votos que fez há dois anos, têm as impressões digitais de Alfredo Kaefer. E Marlise não emplaca com esse discurso de que o povo quer uma mulher na prefeitura. O governo de Cristina Kirchner, na Argentina, que está levando o vizinho país ao mesmo inferno institucional de janeiro de 2002, poderá ter reflexos negativos, se Marlise quiser se passar por Cristina na campanha. E pode ter cometido um erro clamoroso na metáfora de mau gosto fisgada nas águas turvas dos mares, já que seu nome é Mar(lise). Se acha uma cabeça de sardinha, peixe de QI zero. Para o município, seria a permuta de 6 por meia-dúzia, trocando um cabeça de bagre por uma cabeça de sardinha. Encerro observando que, o Maleski, foi muito feliz ao assinalar o motivo que derrubou o painel da transparência do Júlio César ( sem) Leme da Silva, Tolentininho da estufa do PMDB que conhecemos. O mostruário não reagiu diante do peso das nomeações. Dez! Maleski é articulista de A Gazeta do Paraná, o mais lido jornal do estado, segundo o Marcos.

O EPISÓDIO NO RIO

O ministro da Defesa Nelson Jobim esteve em Vera Cruz do Oeste dia 3 de junho. Falou sobre diversos temas, menos da presença do Exército nos morros do Rio, afrontando a Constituição, o livrinho mais chutado neste país, mais desrespeitado e mais arranhado. Para ele, o desmatamento da Amazônia diminuiu. Mas o INPE, insuspeito Instituto Nacional de Pesquisas Especiais, com base em fotos feitas pelos seus poderosos instrumentos, revelou que mais de 1.123 quilômetros quadrados de floresta foram derrubados nos últimos meses de Marina Silva no Meio Ambiente. Jobim, que gostaria de ser O Pai do PAC, se fosse, hoje todo mundo estaria vendo o dedo do Zé Dirceu na entrega de três jovens pelo Exército ao bando rival dos que desacataram os militares. Será que chamaram o Exército de Partido Verde? Sorte do Zé que Jobim não é pai do programa que tem a Dilma na condição de mãe. A presença das Forças Armadas nas favelas cariocas, no combate ao crime organizado, sempre tem sido alvo de críticas. E agora, com a repercussão da execução dos jovens no Morro da Imprevidência, na mídia internacional, quem tem que zelar pelo cumprimento da Carta Magna, se prepara para exigir a volta dos gorilas aos quartéis. O Exército é apontado como a instituição mais confiável pelos brasileiros. Menos por mim. Tenho minhas convicções sobre a Arma. Porém, por medida de precaução, omito-as. Mas se tentarem de aplicar um corretivo severo demais, digo tudo que penso sobre os ociosos homens de verde-oliva. O que o Exército cometeu de atrocidades durante os 25 anos de regime de exceção, já bastaria para que jamais desfrutasse de tanta popularidade. O brasileiro é um golpista em potencial. Não gosta de democracias como esta que vivemos. Principalmente quando os movimentos sociais conseguem alguns avanços, ainda que muito tímidos. Que não é o caso dos chacinados no Rio, sábado. Este episódio se insere da retórica tacanha do presidente da República: " Não podemos tratar bandidos com pétalas de rosa". É a pérola das pétalas. Com um comandante em chefe deste naipe, não há tenente que não se sinta estimulado a fazer o que fez.

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