segunda-feira, 30 de junho de 2008
MEGALINGUIÇA SOBRE FISIOLOGISMO
As últimas do festival fisiológico que açoita o latifúndio Cascavel. Francisco Menin (PR) esteve na Câmara mantendo contato com o convencionado mas ainda não homologado Júlio César Leme da Silva, do PMDB. A possibilidade de o Partido da República engrossar uma frente que teria Salazar Barreiros do PP na cabeça da chapa não era descartada até o momento em que esse blogueiro abandonou a aprazível Casa de leis (l6h3o). Nos corredores, enquanto Menin aguardava para ser recebido pelo presidente do Legislativo, Sérgio Ricardo, do semanário Extra, queria saber de mim quem é o prefeito. “ É o Lísias”, respondi, “ até fins de dezembro, pelo menos”, conclui. Informado, Sérgio garantiu em palavras pronunciadas com ênfase e ouvidas por todo o Palácio José Neves Formiguieri, que, abre aspas “ o Jacy disponibilizou um jatinho para o Frangão viajar à Argentina para obter do Requião o aval sobre a coligação do PMDB com Salazar”, fecha aspas. Requião rompeu com Salazar em l998, ano em que o então prefeito subiu no palanque de Jaime Lerner na majoritária estadual. A vingança veio em forma de frentona, em 2000, com Paranhos de vice de Edgar. O governador, em vez de estar no estado participando das costuras políticas de seu partido como líder máximo da agremiação, viajou, semana passada, deixando todo mundo monologando, ao contrário do Osmar Dias, senador atento e antenado com os problemas e peculiariedades de cada município. Na sala do PMN, na Câmara, onde tomamos dois copos de chá servidos pela Luciana, eficiente secretária do Sadi Kisiel, falou-se muito de Salazar Barreiros. De seus defeitos e de suas virtudes. A interlocutora garantiu que o fazendeiro terá mais tempo em televisão que o Edgar ( o deputado já tem cerca de 10 minutos com a aliança de 8 legendas). Para que a projeção da Luciana produza efeitos, o ex-prefeito terá que obter o sinal-verde de Requião, em busca do qual “ Frangão” voou no início da tarde. Além disso, o PMN terá que sacramentar a coligação com o PP até o final desta segunda-feira. Sem o tempo deles, Salazar ficaria reduzido a no máximo 3 minutos de televisão e rádio na coligação PP/PRB/PRT e PTC. Sobre o PMN e a delicada situação do suplente de deputado Adelino Ribeiro, que ameaçou ser vice de Salazar, mas recuou depois que o dono de seu passe, deputado federal Alfredo Kaefer, do PSDB, lhe cobrou coerência, pois o Ross Perot local sustenta Ribeiro há mais de três anos, dando-lhe casa, cama,comida, roupa lavada, telefone, internet banda larga e um comitê no Edifício Bertolucci, amplamente mobiliado, soube-se que ele não é mais o presidente de honra do diretório municipal. Além disso, o que é mais significativo, Ribeiro não tem controle sobre os convencionais com direito a voto na convenção marcada para logo mais. Tolentino, em l982, teve menos problemas com o Adelino da época, o advogado Marcon, que acabou sendo vice-prefeito em l983. Sobre a possibilidade de o PT se compor com o PCS do prefeito Lísias, essa hipótese pode ser levada a sério a partir de um bizarro precedente ocorrido no Parque São Paulo, no início do mês. O prefeito foi xingado de forma gratuita pelo vereador Nestor Dalmina, do PT, no Albergue Noturno, na rádio CBN e numa TV a cabo. Agora, descobri o motivo de tanta agressividade do vereador. Evitar que os partidos acabem coligados. O PT, se pudesse oPTar, iria de Edgar Bueno. Os dois vereadores, que é a cota máxima que o partido consegue eleger, Aderbal e Dalmina, proprietários da sigla, viveram dias de muitas felicidades com Edgar na prefeitura. Nestor chegou a planejar, na Seplan, e o Aderbal procurou na Projur. Depois, um vendeu pedras da Quati e o outro emplacou o Orçamento Participativo. É bom observá-los de lupa. Mesmo que não estejam formalmente coligados com Bueno, nada os impedirá de pedirem votos ao deputado, daqui uns dias licenciado. Por falar em deputado, o maior problema de Edgar é deixar a cidade órfã de representatividade na AL, em Curitiba. Uma vez eleito, ou reeleito, entrega a cadeira ao suplente, que não é daqui, interrompendo a interlocução entre o legislativo e o município. Edgar pode retorquir quando for questionado sobre a desistência em continuar deputado, que é melhor sair assim, vivo, do que ser eliminado, como ocorreu com outro deputado estadual, eleito em 1998. E saiba que a maioria das coligações vai deixar em aberto, até dia 5 de julho, a ata com o nome do vice. Ou seja, a barganha vai se espichar ainda mais.
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