Duvido, com ou sem interrogação a vista, que as notícias sobre o fulminante enfarto que matou Ruth Cardoso 77, nesta terça-feira 24, em São Paulo (SP), aludam ao recente vazamento de um dossiê que, depois de montado na Casa Civil do Palácio do Planalto, viveiro nacional das ostras oficiais das pérolas do Lula, foi entregue à Veja pelo senador Álvaro Dias, do PSDB, o mesmo partido a que pertencia a finada. Proponho, com primazia, que o coração de Ruth possa não ter suportado os efeitos oriundos de tão ignóbil devassa na intimidade do casal.
O banco de dados revelou, entre outras mordomias, a compra de fraldas pelo casal. Quem é que iria comprar tais artefatos, que não seja uma mulher, interrogo. Erenice Guerra seria a mentora do dossiê contra os Cardoso (Ruth e Fernando). Mas o crime é de quem vazou. Logo, o Álvaro pode ter contribuído com a parada cardíaca que paralisa o país e que obrigou Lula decretar luto oficial por 72 horas.
Além desse affaire,( anglicismo francês!!!) Ruth ficou abalada, em 2000, quando leu a matéria da Caros Amigos, de março, aquele furo sobre o filho de FHC com a jornalista Miriam Dutra. Mesmo que não tenha sido reportagem exclusiva de Veja, especialista em aplicar furos bombásticos na concorrência, muita gente passou os olhos sobre a investigação do Milton Severiano, um dos autores do dossiê da mensal, que, para mim, deveria reatar com o César Benjamin. Não vou me alongar, pois não conheci a antropóloga a ponto de arvorar-me, numa terra sem árvores, em biógrafo. Porém, se estes escândalos contribuíram com a parada cardíaca, preciso incluir-me na seleção dos que não tiveram constrangimento em apontar prováveis causas do nefasto desfecho. Não nasci para ler ( Lesão por Esforço Repetitivo) as obviedades e hipocrisias estampadas nos impressos diários e semanais.
IMPRECANDO PRECATÓRIO
Sobre aquele precatório de l961, da pena do falecido Odilon, que vendeu a fazenda que o Salazar comprou em Juvinópolis, antes de ser prefeito, a partir de l989, hoje aos cuidados do Cássius, não se sabe se o prefeito efetuou ou não o pagamento da primeira das 36 parcelas de 500 mil reais no bojo de entendimento alinhavado entre os que mandam no município até o final do ano e os herdeiros do espólio de Geraldo Marques Saraiva.
Em sua última entrevista na rádio do Jacy, a CBN, Lísias disse que, poderia pagar o precatório, com ou sem a anuência do egrégio Poder Legislativo. Se não há necessidade de nova consulta aos vereadores, não se deveria ter remetido à Casa de leis o anteprojeto que ainda não foi analisado pela CCJV ( Comissão – 10% - de Constituição de Justiça e Veto). O presidente da Comissão, Aderbal Holleben de Mello, que só perde ao precatório em longeva na vida pública ( 5 mandatos consecutivos, iniciados em l988) garantiu que não aprovará a matéria, impedindo que vá a plenário, onde, costumeiramente, com o voto dele, inclusive, o prefeito vê seus pedidos serem aprovados pelo grupo dos 8.
Sobre a fazenda que o Reinhardt vendeu ao Salazar, no início dos anos 80, nunca se ouviu algum comentário se o imóvel foi adquirido pelo falecido ex-prefeito durante ou depois de seu mandato. Os que acusam Salazar de enriquecer depois de 8 anos de chefia de Executivo, estão impedidos de incluir este imóvel como causador da evolução patrimonial depois de l992 e 2000, anos em Barreiros encerrou seu primeiro e segundo mandatos na complicada prefeitura local. (Sem sacanagem, pode publicar a postagem.)
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