Exceção feita aos médicos, os demais protagonistas da minissérie PCCV, encerrada sexta-feira à tarde, na sede da Câmara de Vereadores, perderam. Perdeu o prefeito ao não atender a proposta de corrigir a inflação acumulada ( 5,5%) reivindicada pelos dois sindicatos ( Siprovel, mais ativo do que o Sismuvel); as direções dos sindicatos estão mais fragilizadas. Noraci Nonato se internou num hospital com pressão arterial. É dificil acreditar que tenha sido acometido da subida exatamente na semana decisiva. Acho que se a pressão dele subisse no plenário da Câmara e em outros recintos, estaria com uma imagem melhor junto aos servidores . O Siprovel ainda realizou um apitaço e desfraldou faixas com palavras de ordem pelas ruas da cidade. A greve foi descartada, porque não adiantaria. Legalmente, não se pode dar aumento salarial seis meses antes das eleições. Prefeitura e Câmara agiram em conjunto e empurraram a votação até abril, com a conivência dos sindicatos. Perdeu a população. Os funcionários estão trabalhando desmotivados. Até os médicos, que não queriam mais abono, e sim, salário, não irão trabalhar mais do que a carga-horária que costumam cumprir. Em geral, uma hora por dia. O arrocho salarial também é culpa dos próprios funcionários. São apáticos, imobilistas. E não questionam as lideranças que têm. Divididos, perdem todas. Os vereadores que aprovaram o PCCV, com algumas emendas que não alteram a essência da matéria, também vão ter que rebolar para obter votos deste segmento ( mais de 6 mil eleitores). O Partido dos Trabalhadores, aguerrido em outras ocasiões, não passa de um simulacro de um partido de massas. Aderbal está totalmente atrelado aos interesses do prefeito. Dalmina, ainda engana um pouco, com seus trocadilhos extemporâneos. Os médicos saíram vitoriosos, porque posto de saúde não funciona sem eles, que têm o estetoscópio. Sem eles, a reeleição do prefeito, seria mais utópica do que já é. Os médicos blefaram, quando disseram que, com abono, não voltariam ao trabalho em 2008. Estão recebendo e se aquietaram. Situação dificil, é a da base. Tem gente que vai ganhar l2 reais, divididos em 3 parcelas, uma em maio, outra em fins de junho e a terceira em dezembro. É nisso que dá, na prática 3,5%, de reposição salarial. Ninguém dos que irão disputar com Lísias, disse alguma coisa na mídia. Isso é ruim. Perde com isso, o eleitor. Que prés são esses? No fundo, são coniventes com o achatamento salarial. Não criticam, para não serem tachados de incoerentes logo ali. É o que penso.
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