segunda-feira, 31 de março de 2008

Prefeitura não envia PCCV à Câmara

Só o Rafael Paranhos foi enviado à Câmara, nesta segunda-feira, em substituição ao texto revisor do Plano de Carreiras, Cargos e Vencimentos (PCCV), a maior dor de cabeça do prefeito Lísias, disposto e peitar os dois favoritos à sua sucessão, Edgar Bueno e Salazar Barreiros. Hoje pela manhã, ao editarmos a edição impressa deste Blog, Via Fax 970, produzimos a manchete sobre o envio do PCCV ao Legislativo. Achávamos, assim como a maioria dos interessados na matéria, que o anteprojeto, depois de discutido por seus idealizadores, iria aportar na Casa de Leis, já que o prazo legal expira sábado dia 5, pois é a data-limite para conceder aumentos salariais antes das eleições de outubro. A interpretação é unânime. O Paço Municipal joga com a possibilidade de remeter o novo texto do PCCV às vésperas de sábado, colocando a Cãmara numa saia justa, ainda que seria ridículo aqueles vereadores com uma indumentária igual àquela usada pela Daniela Cicarelli em seu segundo e sofrível programa na BAND.
Os funcionários fizeram a parte deles, mesmo com a pressão arterial do Noraci Nonato, presidente do Sismuvel, acima do normal, hospitalizado com peleguite aguda no PAC-1, desde a manhã de hoje. Estiveram na Câmara, ocuparam boa parte das poltronas e esperaram a leitura do tão esperado anteprojeto. Tudo em vão. Por volta das l5h, a maioria se levantou e abandonou o refrigerado salão onde fica o plenário do Poder Legislativo. Até às l8h, quando os principais assessores do presidente Júlio César abandonavam as dependências da Câmara, depois de mais um dia de estafante atividade, a prefeitura, que fica ao lado da Câmara, não enviara o PCCV. Pelo contrário. A Câmara foi quem devolveu o Rafael Paranhos à prefeitura. Antes de voltar, o assessor para assuntos legislativos interrompeu a ordinária ao falar ao pé do ouvido do Aderbal, quando tramitava em regime de urgência um outro texto versando sobre a criação de novos cargos no poder público, o que provocou uma emenda supressiva do petista Nestor Dalmina. A sessão se encerrou com a locução dos boquirrotos Aderbal Mello e Júlio César Leme da Silva, antes de Otto Reis, do PDT, externar sua frustração com a manobra do Executivo de tentar aprovar o PCCV em cima da hora, sem deixar os vereadores examinar mais detalhadamente o conteúdo da legislação. Em suma, a prefeitura oferece 3% de reajuste a quem é do Sismuvel e do Siprovel, de forma escalonada - 1% ao mês - e para os médicos, abono de cerca de mil reais, sem direito a vantagens adicionais na folha. O prefeito, que foi vaiado semana passada num encontro com os professores, no Ceavel, se diz disposto a enfrentar até mesmo uma greve e se for necessário. Ele diz que não pode pagar mais. O limite prudencial está na casa dos 48% da receita própria municipal. A Lei de Responsabilidade Fiscal fixa o teto de 54% da arrecadação municipal para gastos com funcionários. Paralelamente a tudo isso, a prefeitura está convocando interessados em se submeter a concurso público oferecendo salários que variam do mínimo ( R$ 415 a R$ 1,8 mil mensais). E as inscrições já estão abertas. Resta saber quantos serão chamados e quando. Por lei, dois anos é o prazo para que o aprovado seja chamado. O prazo é muito longo e, em algumas cidades, o Judiciário, está sendo procurado para diminui-lo..

sexta-feira, 28 de março de 2008

NOVA PESQUISA ESTÁ SAINDO

Seis meses depois da última pesquisa sobre intenção de voto, o Instituto Exata Gepetto começou nesta sexta-feira uma nova rodada de consultas, nas zonas urbana e rural do município, devendo concluir o trabalho até o final da próxima semana, encomendado pelo jornal Hoje, o mesmo que publicou a sondagem realizada em outubro. O deputado Edgar Bueno (PDT) estava na frente dos demais pré-candidatos, com folga, seguido pelo ex-prefeito Salazar Barreiros (PP). Duas pesquisadoras que colhiam dados no centro, exibiram na opção estimulada, sete nomes, de uma lista encabeçada pelo prefeito de Santa Tereza do Oeste, Chico Menin, do PR. Depois, pela ordem, são sugeridos os nomes do dr. Lísias (PSC); Edgar Bueno (PDT); Salazar Barreiros (PP); Marlise da Cruz (PV); Marcos Solano (PT) e o de Renato Silva (PSDB). Nâo foram relacionados o presidente da Câmara de Vereadores, Júlio César Leme da Silva (PMDB) e nem o empresário Jacy Scanagatta (PDT). Jacy, em outubro, apareceu com menos de 4% da preferência do eleitor. A expectativa em torno da nova pesquisa é se o prefeito Lísias Tomé melhorou sua posição com relação a consulta anterior, quando ele tinha uma rejeição de 70%, ficando em terceiro lugar, mas muito distante dos primeiros colocados. Além do prefeito, Chico Menin, do PR, estaria em espiral ascendente, já que tem conseguido ser biombo de polêmica em torno de seu nome. Se ninguém chuta cachorro morto , o prefeito da vizinha Santa Tereza, o " perfeito para Cascavel", pode ser a surpresa do trabalho. É previsível que Edgar se mantenha ainda em primeiro lugar e que Salazar ainda seja o segundo colocado. Mas não são eles os prés que mais fatos novos têm criado e tampouco geradores de comentários. O prefeito Lísias vive um momento crucial de sua gestão, às voltas com o funcionalismo público em estado de revolta por causa do aumento de apenas 3% , mas com um novo abono aos médicos, em que pese, no ano passado, os médicos terem dito que não mais aceitariam adicionais em seus vencimentos. Semana que vem, a Câmara de Vereadores , recebe o anteprojeto sobre a revisão salarial. Por outro lado, Lísias tem um conjunto de obras em vias de ser concluído, que provoca certos calafrios nos dois primeiros colocados das pesquisas passadas. Lísias tem batido mais em Salazar, dizendo, por exemplo, que a praça Wilson Jofre, era uma prisão, por estar cercada de tela desde l999. Contra Edgar, apenas o presidente da Cohavel, Vilson Oliveira, tem endereçado criticas contra o conjunto residencial Julieta Bueno. Edgar, depois de criticar o endividamento municipal, recuou, depois que soube-se que, em sua gestão, a dívida pública subiu mais. A pesquisa quer saber ainda, o que o eleitor acha de um candidato novo, citando o advogado José Alberto Dietrich, do PSDB. Antônio Carlos Baratter, parece mesmo que tentar voltar mesmo à Câmara de Vereadores. Já o nome de Renato Silva, na estimulada, indica que, os tucanos, dependendo do percentual do terceiro colocado da eleição majoritária de 2004, poderão relançá-lo. Renato, desde aquela eleição, sumiu do cenário político, ensaiando um retorno agora, em cima de um discurso de revanche contra Edgar Bueno, com quem se desentendeu em 2004 durante a campanha.

quarta-feira, 26 de março de 2008

Carros da Câmara são caracterizados

As duas maiores vedetes da frota de automóveis da Câmara de Vereadores, o Clio, de placas APR-1671, e a Scênic, de prefixo AOS 9094, foram estacionados nesta quarta-feira com as caracterizações que os identificam como carros oficiais. Brasão municipal e PODER LEGISLATIVO nas portas. A Scênic, privilégio do presidente Júlio César Leme da Silva, do PMDB, desde que foi adquirida, há mais de um ano, era usada como se fosse particular. Viagens longas, idas para casa, ao shopping, tudo com carro chapa-branca. Só no Morumbi, dia 21 de fevereiro à noite, depois que grupo de vândalos protestou contra o conteúdo das propostas de governo dos pré-candidatos a prefeito, riscando a lataria de todos os carros dos que lá compareceram, a Câmara somou um prejuízo de 700 reais com oficina de chapeação, já que o Clio, que não estava no cio, usado também pelo vereador Aderbal de Mello (PT) membro da Mesa da Casa, foi danificado tanto quanto a perua da Renault. O Blog não advoga o leilão dos carros oficiais, como fez a Assembléia Legislativa. Basta usar só em giros oficiais, que já basta. Do jeito como as coisas estavam se encaminhando, nem o Jota iria mais passar flanela no capô da Scênic, sob os olhares do presidente. Falta agora uma garagem que proteja todos os veículos dos que interagem naquele nicho oficial. As goteiras são toleradas, pois o Mário Seibert (Acamop) anda de cabeça quente e precisa ser esfriada com pingos d`água. Amanhã, ou depois de amanhã, falarei mais sobre a Câmara e seu presidente, pegando como gancho, não a mão do Capitão, mas a rádio FM, chamada eufemisticamente de Cultura. A emissora era do Ivo Roncáglio, hoje em Curitiba, em lugar certo e sabido.

Baratter fala sobre livro na Câmara

Os Analfabetos Funcionais, o livro lançado dia 7 passado, no Ceavel, dirigido aos professores do ensino fundamental, de autoria de Antônio Carlos Baratter, será tema de palestra do autor, agendada para esta quinta-feira 27, à tarde, durante a sessão ordinária do Legislativo. O trabalho, da Editora do Saber, 17o folhas, tiragem de 2000 exemplares, estará a disposição do público a partir da próxima semana em bancas e de jornais e revistas, ao preço de 15 reais para professores e 20 aos demais interessados. O livro aborda uma das grandes deficiências do ensino básico, que é a dificuldade de o aluno assimilar na prática o que lhe foi ministrado nas salas de aula, num país onde a maioria ainda freqüenta escolas por causa da merenda. O custo da obra foi de R$ 8,7 mil. O autor, que não deseja ingressar na Academia de Letras, foi vereador em Cascavel, entre 1989 e 1992, pelo PSDB, eleito pelo PMDB em l988. Dez anos depois, assumiu a vaga do titular de uma das cadeiras na Assembléia Legislativa do Paraná, já no PDT. Em 2002, fez 43 mil votos a deputado estadual, ficando na suplência por conta da votação proporcional, e da coligação selada com o PP, pelo senador Álvaro Dias, derrotado na majoritária daquele ano por Roberto Requião (PMDB). Assessor do deputado federal Alfredo Kaefer, do PSDB, Antônio Carlos Baratter é o tucano que mais tem sido visto voando pelos bairros de Cascavel, desde o ano passado, ouvindo a população sobre o perfil ideal do candidato à sucessão municipal de outubro. Comedido, evita comentar suas chances de vir a ser o candidato de seu partido. Tem um discurso moderno, foi autor de projeto sobre transgênicos no Paraná, responsável por uma moratória de três anos nas experiências genéticas com grãos. " Sofri pressões terríveis de multinacionais do setor", lembrou ao Blog, nesta quarta-feira, na Câmara de Vereadores, onde abraçou o líder comunitário Divino Godoi e filosofou, entre abraços e risos: " Juízo, divino, porque miolos, até os gatos têm". Em nome dos que moram comigo, um abraço ao Baratter do " Gordo", da "Fufi" e filhotes em geral.
Os Analfabetos Funcionais, o livro lançado dia 7 passado, no Ceavel, dirigido aos professores do ensino fundamental, de autoria de Antônio Carlos Baratter, será tema de palestra do autor, agendada para esta quinta-feira 27, à tarde, durante a sessão ordinária do Legislativo. O trabalho, da Editora do Saber, 17o folhas, tiragem de 2000 exemplares, estará a disposição do público a partir da próxima semana em bancas e de jornais e revistas, ao preço de 15 reais para professores e 20 aos demais interessados. O livro aborda uma das grandes deficiências do ensino básico, que é a dificuldade de o aluno assimilar na prática o que lhe foi ministrado nas salas de aula, num país onde a maioria ainda freqüenta escolas por causa da merenda. O custo da obra foi de R$ 8,7 mil. O autor, que não deseja ingressar na Academia de Letras, foi vereador em Cascavel, entre 1989 e 1992, pelo PSDB, eleito pelo PMDB em l988. Dez anos depois, assumiu a vaga do titular de uma das cadeiras na Assembléia Legislativa do Paraná, já no PDT. Em 2002, fez 43 mil votos a deputado estadual, ficando na suplência por conta da votação proporcional, e da coligação selada com o PP, pelo senador Álvaro Dias, derrotado na majoritária daquele ano por Roberto Requião (PMDB). Assessor do deputado federal Alfredo Kaefer, do PSDB, Antônio Carlos Baratter é o tucano que mais tem sido visto voando pelos bairros de Cascavel, desde o ano passado, ouvindo a população sobre o perfil ideal do candidato à sucessão municipal de outubro. Comedido, evita comentar suas chances de vir a ser o candidato de seu partido. Tem um discurso moderno, foi autor de projeto sobre transgênicos no Paraná, responsável por uma moratória de três anos nas experiências genéticas com grãos. " Sofri pressões terríveis de multinacionais do setor", lembrou ao Blog, nesta quarta-feira, na Câmara de Vereadores, onde abraçou o líder comunitário Divino Godoi e filosofou, entre abraços e risos: " Juízo, divino, porque miolos, até os gatos têm". Em nome dos que moram comigo, um abraço ao Baratter do " Gordo", da "Fufi" e filhotes em geral.
Os Analfabetos Funcionais, o livro lançado dia 7 passado, no Ceavel, dirigido aos professores do ensino fundamental, de autoria de Antônio Carlos Baratter, será tema de palestra do autor, agendada para esta quinta-feira 27, à tarde, durante a sessão ordinária do Legislativo. O trabalho, da Editora do Saber, 17o folhas, tiragem de 2000 exemplares, estará a disposição do público a partir da próxima semana em bancas e de jornais e revistas, ao preço de 15 reais para professores e 20 aos demais interessados. O livro aborda uma das grandes deficiências do ensino básico, que a dificuldade de o aluno assimilar na prática o que lhe foi ministrado nas salas de aula, num país onde a maioria ainda freqüenta escolas por causa da merenda. O custo da obra foi de R$ 8,7 mil. O autor, que não deseja ingressar na Academia de Letras, foi vereador em Cascavel, entre 1989 e 1992, pelo PSDB, eleito pelo PMDB em l988. Dez anos depois, assumiu a vaga do titular de uma das cadeiras na Assembléia Legislativa do Paraná, já no PDT. Em 2002, fez 43 mil votos a deputado estadual, ficando na suplência por conta da votação proporcional, e da coligação selada com o PP, pelo senador Álvaro Dias, derrotado na majoritária daquele ano por Roberto Requião (PMDB). Assessor do deputado federal Alfredo Kaefer, do PSDB, Antônio Carlos Baratter é o tucano que mais tem sido visto voando pelos bairros de Cascavel, desde o ano passado, ouvindo a população sobre o perfil ideal do candidato à sucessão municipal de outubro. Comedido, evita comentar suas chances de vir a ser o candidato de seu partido. Tem um discurso moderno, foi autor de projeto sobre transgênicos no Paraná, responsável por uma moratória de três anos nas experiências genéticas com grãos. " Sofri pressões terríveis de multinacionais do setor", lembrou ao Blog, nesta quarta-feira, na Câmara de Vereadores, onde abraçou o líder comunitário Divino Godoi e filosofou, entre abraços e risos: " Juízo, divino, porque miolos, até os gatos têm". Em nome dos que moram comigo, um abraço ao Baratter do " Gordo", da "Fufi" e filhotes em geral.

terça-feira, 25 de março de 2008

VIA FAX IMPRESSO




COHAPAR ENTREGA CHAVES

A Cohapar está no limite do seu orçamento. Por isso, está atrasando empenhos em nome de seus fornecedores. Por ser juridicamente uma autarquia, desfruta, como se fosse uma Cettrans, de independência financeira. Mas como tudo tem um limite, o sinal vermelho apareceu no painel da Companhia de Habitação do Paraná. Semana passada, o diretor-presidente, Rafael Greca de Macedo, esteve em Cascavel dia l8 e aproveitou a viagem para inaugurar dois conjuntos habitacionais de 39 casas em Ramilândia e de l6 em Missal, acompanhado do Júlio Morandi, que, na prática, é quem manda, sem ter caneta com tinta no escritório da autarquia na Paraná, na residência alugada junto à família Ulzefer, por um preço que não deve ser inferior a 10 mil reais. Para que se tenha uma noção da política austera que ali viceja, nem mesmo assinaturas de jornais como Hoje, Gazeta do Paraná e outros de menor importância e tiragem, é permitido. Apenas O Paraná, por ser órgão oficial e oficioso de praticamente todos os municípios regionais, é assinado.
Ainda sobre as casinhas de 40m², o prazo de pagamento é de 6 anos, não podendo a prestação ultrapassar 20% do mínimo. Se o salário-base ficasse congelado por este período, com mensalidades entre 45 e 48 reais, calcula Morandi, para ficar de dono do imóvel, sem riscos de perder a moradia por inadimplência, o mutuário teria que desembolsar entre 3,5 mil a 3,6 mensais. Ao governo do estado, cada unidade custa cerca de 15 mil reais, sendo que o governo federal, via Caixa Econômica, banca a metade. As prefeituras entram com o terreno, como fez o Tolentino, por exemplo, em l986, desapropriando uma gleba dos Neppel, colocando-a em nome de um laranja, para depois, ele mesmo revender a Cohapar, por preço acima do valor real. Em breve, assegura o Júlio Morandi, mais 25 unidades serão inauguradas no município de Missal, já que o governador Requião só ganhou do Osmar Dias, em 2006, nas pequenas localidades. E Missal, onde mataram o Sargento Alberi, em l979, é uma delas. Alberi dos Santos, para quem não sabe, ou se sabe já esqueceu, participou da Operação Três Passos, em l965, ao lado do Coronel Jefferson Cardim Osório, movimento artesanal financiado por Brizola, direto do Uruguai, que visava assassinar Castelo Branco durante a inauguração do Ponte da Amizade, entre Brasil e Paraguai, onde o São Paulo permitiu nos minutos finais, para desespero do Tarso, o empate com o Desportivo Luqueño. Para Três Passos, só mando abraços. Para Santa Maria, é tudo alegria. Em recente e excelente trabalho lançado em Foz do Iguaçu, pelo Aloisio Palmar, jornalista e ativista do MR-8 do passado, o episódio ganhou um capítulo denso e minuciosamente narrado, por que se não fosse assim, nem denso seria. Trata-se do livro Onde Vocês Enterraram nossos Companheiros? Palmar cita o nome inclusive de Roberto de Fortini, que, em Três Passos, em l971, tentou formar um grupo de guerrilheiros nas barrancas do Rio Uruguai, que acabou sendo desmantelado pela repressão brigadiana, depois que um tal Juvêncio, suposto amigo de Benjamin Osório, narrou aos militares o que vira: treinamento de guerrilha com uso de armamento. O dentista Reneu Mertz, que mais tarde se elegeria prefeito de Três Passos, foi um dos que foram mantidos presos num quartel do Exército, em Santa Maria. O extinto tablóide O Observador, editado em Três Passos, citando a Cooperativa de Jornalistas de Porto Alegre, já escrevera algo sobre o movimento, que, por pouco, se não prendessem o Reneu, morto de infarto em l99l, não abreviaria o tempo da ditadura de 25 anos para menos de 12 meses. Benjamin Osório, pai do Jarbas e de Itiberê, grandes amigos de Darci Bindé Araújo, foi preso em 1964, em sua casa de madeira, ao lado da agência do Banco do Brasil, em Três Passos, levado a Santa Rosa, onde ficou num quartel, por envolvimento com o Grupo dos Onze, entidade foquista de tendência brizolista. Eu devo um HC a Benjamin desde outubro de 64. Se o cachorro Capitu fosse mais atento, a brigada responsável pela prisão, não teria chegado incólume à residência onde também nasceu o Garpelé, glorioso nas quadras e nos campos, com seu uniforme amarelo e vermelho, sob a indiscutível liderança do futuro médico Jarbas. O nome do garboso cão, todo preto e de uma pelugem lustrosa, exuberante, atesta que naquela casa, Machado de Assis, é algo que não faltou, se faço de minhas memórias algo não póstumo. Capitu nunca foi acusado de algum abuso nas calçadas por onde eu o via e admirava pela sua elegância e soberba. Um cão para não se esquecer jamais. Por isso, Seu Capitu. Se Dostoieveski tinha o Carilhão, faço de Capitu o meu cão. “ Bugiuzinho”, dentro dos limites do tolerável, um pouco de minhas memórias, que, certamente, se confundem com as tuas, e, quem sabe, de mais pessoas de nossa querida cidade.

segunda-feira, 24 de março de 2008

EM DEFESA D'ÁGUA

Está nascendo a Frente Parlamentar em Defesa da Água, meu caro César Sordi. Antes, era em defesa da égua, quando a montaria não havia sido desbancada pelo boom da indústria automobilistica dos anos 60. A ACAMOP - Associação das Câmaras Municipais do Oeste do Paraná, está expedindo convites alusivos ao lançamento da Frente, nesta quarta-feira 26 de março, às l4h no Centro de Convenções e Eventos, defronte ao glorioso matutino A Gazeta do Paraná, que, do alto de sua suspeição, se diz o o mais lido do estado. O presidente da Acamop, vereador Mário Seibert, do PTC, concede entrevista coletiva nesta terça-feira, pela manhã, na Câmara de Vereadores. O assessor de Comunicação da ACAMOP, Márcio Pena Borges, o Peninha de Guerrilha do PT, avisa que à noite haverá uma programação na Faculdade Assis Gurgacz, a FAG.


Jango e Itaipu


Se você não sabia, fique sabendo. A idéia original de construir uma hidrelétrica, onde os militares fizeram Itaipu, empregando mais de 60 mil operários, que enriqueceram os irmãos Muffato ( Pedro e Tito) era do presidente João Goulart, do PTB, vítima da intentona direitista de 64 e da Operação Condor, dos anos 70. Quem contou ao Peninha, foi o Pedro Tonelli, aquele ex-deputado do PT, hoje adido não cultural de Itaipu. Foram os soviéticos que fizeram um estudo da região e da capacidade hídrica para fins energéticos. Se for verdadeiro, o biógrafo do ex-presidente deveria transformar a idéia em capítulo e acabar com a falácia de que são os militares os pais do majestoso empreendimento, que acabou levando o professor Juvêncio Mazzarollo a um ano de cadeia, em Curitiba, pelo livro A Taipa da Injustiça, em que o coronel interventor de Foz, Clóvis Cunha Viana, do Exército, se sentiu caluniado por trechos contidos na publicação. Ainda sobre livros escritos em Foz, meu caro Darci Bindé Araújo, ai em Três Passos/RS, o jornalista e ex-militante do MR-8, Aloisio Palmar, inclui em seu livro-reportagem Onde Vocês Esconderam Nossos Companheiros? a Operação Três Passos. Em breve, Mano, escrevo mais sobre o tema. O capítulo é denso e é o mais longo já publicado até hoje. Não fala do Reneu Mertz, mas não omite Roberto de Fortini, de quem Antônio Leutchuk (ui) não ignora.

No último Via Fax impresso, já circulando, furo bombástico sobre aquela grana do cara que faleceu vitima de moto, ano passado, mas que não deixou a senha do caixa 2. Não estou extorquindo ninguém, mas, sim, ressaltando nosso faro investigativo. O sogro da nora já está exigindo da viúva uma nesga do bolo, se é que desta iguaria, guria, é possível o que está aqui sugerido. A matéria é boa e pode ser o escândalo que faltava, nos funerais de uma candidatura natimorta.

Por último, um aforismo. Se o presidente fosse o Médici, o Curso de Medicina daquela universidade não seria questionado.

quarta-feira, 19 de março de 2008

Câmara gasta 700 reais com riscos

Os carros da Câmara de Vereadores, riscados por vândalos, no Morumbi, dia 21 de fevereiro, à noite, durante debate no salão comunitário, deram um prejuízo ao Legislativo de 700 reais. A Scênic, usada pelo presidente Júlio César Leme da Silva, e o Clio, pago este mês, foram riscados por gente sem CPF e CNPJ, ainda não identificada pelo delegado Amadeu Trevisan. O presidente Júlio viajou a Chapecó (SC) e não foi localizado para comentar o valor pago a uma oficina de chapeação. Esta é a principal notícia sobre a Câmara desta quarta-feira. O Clio, que custou, 39 mil reais, está outra vez descaracterizado, pois o vereador Aderbal mandou retirar das portas o adesivo contendo o brasão municipal e a inscrição Poder Legislativo, em letras garrafais ( escritas com garrafas).Por falta de garagem, os carros de todos os escalões da Câmara, inclusive os l4 legisladores, quando não chove, ficam expostos ao sol. Em vez de devolver ao Executivo as sobras de caixa, a direção da Casa deveria construir uma garagem, ou um arremedo disto (um toldo). Devido às goteiras que a marquise do prédio possui, os carros da Câmara só estão protegidos dos raios solares. Água mole em lata dura, tanto bate até que....

terça-feira, 18 de março de 2008

segunda-feira, 10 de março de 2008

O CAOS NAS FILAS DOS BANCOS

Quem paga tributos, sofre em filas de bancos. Semana passada, o Procon multou a Caixa Econômica Federal por atrasar a fila em mais de 20 minutos. Hoje, dia 10, no Banco do Brasil, entre-posto do Parque São Paulo, a demora chegou a exatos 60 minutos. Ingressamos na fila às 13hl4 e fomos atendidos uma hora depois -14h14. E de nada adianta reclamar. Apenas três caixas atendendo. E nas agências lotéricas, o caos não era menor. Filas enormes nas calçadas centrais. Começamos a pagar a carga tributária que, se for pesada, dá uma tonelada per capita. IPTU e Taxa de Lixo, com parcelas, IPVA, e outros impostos de siglas desconhecidas. Esperar que o Procon, com a estrutura que tem, fosse multar o BB do Parque São Paulo, é ser muito otimista. O Manoel dos Santos faz o que é possível. O problema, é aquele apontado pelo valente Gladir Basso, do Sindicato dos Bancários. O governo é impotente diante do poder dos bancos. Desde a edição do Plano Cruzado, em l986, que as agências, mais demitem que admitem. Com a informatização, o desemprego aumentou. Nem todos os clientes procuram os caixas eletrônicos para efetuarem suas operações. E não há quem os oriente. Pelo menos não havia durante o período em que fui torturado dentro do banco numa fila composta de mais de 300 otários de ambos os sexos. E o governo federal e o Congresso? Nada fazem, a não ser encher as burras destes banqueiros, sejam estatais ou privados. Prometi a uma cliente que protestaria contra o abuso e, eis-me, cumprindo a promessa. Quando vocês se depararem com o Gladir e seus companheiros de sindicato protestando nas portas dos bancos, não os censurem, tachando-os de provocadores, de inimigos do capital, de baderneiros. Eles estão apenas fazendo aquilo que nós deveríamos fazer todos os dias. Uma mega manifestação em frente de cada agência, até quem um dia eles contratem mais gente para nos atender com rapidez, já que educados estes caixas são, além de vítimas deste torpe sistema.

CORRIGINDO DIETRICH

O primeiro apresentador do programa Jogo Aberto, criado na Tarobá em l979, foi Linomar Bahia, diretor-geral da emissora até metade de l980, quando toda a equipe vinda de Belém do Pará, foi dispensada na esteira do caso Heleno. Depois é que o José Alberto Dietrich foi convidado. O Jogo Aberto mais polêmico não foi com o Brizola. Na metade de l981, eu, responsável pelo jornalismo, sugeri e acabei levando para o Jogo Aberto, conduzido pelo José Alberto, a dupla Frederico Sefrin Filho e Jacy Miguel Scanagatta, prefeito beneficiado por mais dois anos de mandato, pois o governo militar prorrogou as gestões e evitar que, já em l980, o PMDB assumisse o poder em várias instâncias. Este programa parou a cidade. Das 22h30 até por volta da uma da madrugada, a Tarobá reinou absoluta no ibope. Rolou de tudo neste espaço. Num dos blocos, Jacy pediu ao assessor Airton Camargo uma pasta de couro que estava fora de seu alcance no interior do estúdio onde o programa se desenrolava. De posse do utensílio, o ex-prefeito retirou de seu interior um leque de cheques de mais de 40 folhas, assinados pelo então vereador Marcos Formiguieri, do MDB citado por Sefrin em vários momentos como fonte das críticas contra o alcaide que nos desgovernava. Marcos, que se encontrava na emissora, foi acometido de súbita incontinência urinária. Levantou-se da cadeira quando Jacy exibia os voadores no vídeo e escafedeu-se. Por ocasião do falecimento de Sefrin, em l996, achava eu que a Tarobá, que fez uma breve matéria direto da Acesc, entrevistando o Rosalvo Tavares, que fora sócio de Sefrin no jornal Hoje, que algumas cenas deste Jogo Aberto poderiam ir ao ar. Mas não foram. A Tarobá tem lá seus arquivos mortos e não mexe com eles. Me recordo ainda de um Jogo Aberto sobre mídia, ainda apresentado pelo Bahia. Estiveram com ele no estúdio Emir Sfair ( O Paraná); Alcir Carlos Neis ( revista Destaque) Lourival Neves ( Colméia) e Antônio Heleno dos Santos ( Fronteira do Iguaçu). Pena que a Tarobá não tinha estrutura à época que lhe permitisse manter esses momentos gravados em seus arquivos. Eu ir falar do Dietrich, mas acabei me afastando do enfoque escolhido. Me recordo de um Jogo Aberto com os senadores José Richa e Leite Chaves, ambos do PMDB. Durante os intervalos, Dietrich levava Richa a um canto do estúdio, onde combinavam a próxima pergunta. É que eu estava neste programa. E nem tudo podia ser tão aberto assim. Protestei no ar pela maneira como aquele programa estava sendo conduzido. “Era um Jogo Fechado”, protestei. O Dietrich de hoje, afasta a candidatura a prefeito pelo PSDB. Mesmo que seja muito impulsivo, José Alberto acha que o nome certo é o Edgar Bueno, o que corrobora nossa opinião manifestada no último Via Fax. Dietrich abandonou o PDT, ingressou no PSDB, para facilitar uma coligação entre as duas legendas. É o sonho de Edgar. Obter o apoio do deputado Alfredo Kaefer. Salazar, por exemplo, se Kaefer saísse a prefeito, nem se meteria numa aventura.

EDGAR HOMENAGEIA A MULHER

O programa Frente a Frente deste sábado 8, apresentado e produzido pelo deputado radialista Edgar Bueno (PDT), na rádio CBN/Cvel, que troca notícia por dinheiro, foi inteiramente dedicado à mulher. Apenas um homem – o Padre Zico, o Galinho de Quintino – interrompeu as vozes femininas, mesmo assim, por poucos minutos, por telefone, prejudicando o Repórter CBN das 10h, que foi ao ar, direto de São Paulo, via satélite, na voz do Milton Jung, com a notícia inicial pela metade, versando sobre a opinião do presidente Lula e o incidente com os turistas brasileiros barrados no aeroporto de Madri (Espanha). Susana Kasperzak, Yasmin Fontes, para mencionar dois nomes, participaram do especial, 150 anos depois da queima, na cidade de Nova Iorque (EUA), de uma fábrica, onde um grupo de mulheres se rebelou no dia 8 de março, no protesto contra a jornada diária de trabalho de l6h. Em l975, a ONU, reconheceu a data como sendo o Dia Internacional da Mulher. Com a programação especial, pedindo ao Cantinaço, meia-hora de programa, Edgar completou três programas consecutivos sem chamar a Regina Sperança ou o filho André, os substitutos quando o titular do Frente a Frente estaciona em Camboriú (SC) e acompanha o programa pela internet. O direito de resposta que Vilson Oliveira, diretor da Cohavel, indeferido na Justiça, evitou que a programação fosse desvirtuada pelo machismo do cargo de confiança da gestão Lísias Tomé, nomeado mastim mordedor dos calcanhares do líder nas pesquisas sobre intenção de voto. Por falar em pesquisa, não estaria na hora de atualizarmos a situação dos pretendentes ao cargo de prefeito? Edgar se mantém na dianteira com folga ? Salazar estacionou depois que o Fiesta foi riscado no Morumbi? Baratter melhorou depois do livro lançado sexta-feira? Inês de Paula aparece após comprar a Difusora em Ubiratã? Lísias reagiu com a absorção do Mecabô na Sesop? Chico Menin vem ou não vem? E o Dietrich? Que papel desempenha o Dietrich, subitamente transformado em centro de polêmica? Será que o nome dele surgiria numa nova rodada de pesquisas? Eu não creio, mas quem sou eu para pré julgá-lo? Pesquisa em nós, já!

sábado, 8 de março de 2008

ONDE ESTÁ O DINHEIRO DO CONCURSO DA CÂMARA?

Dois meses já se passaram e a Câmara de Vereadores não explica onde foi parar a arrecadação do recente concurso aberto para preencher vagas do baixo-clero do Legislativo ( cargos de motorista, operador de máquina xerox etc). A prefeitura diz que lá o dinheiro não foi depositado. E fornece uma pista. A Câmara firmou convênio com o Instituto Saber, responsável pela realização dos gabaritos e das provas realizadas dia 2 passado. Na Câmara, uma fonte em off diz que é vergonhoso um concurso dar lucro, partindo-se da constatação que o volume de dinheiro que as inscrições proporcionaram ( mais de 2,6 mil candidatos): cerca de 65 mil reais. O presidente Júlio César Lema da Silva tem batido porta na cara de quem o procura em busca desta e de outras repostas. Iremos ao MP se for necessário em busca das informações necessárias e que até agora nos foram sonegadas.

RUAS DO LAGO AZUL


Moradores do bairro Lago Azul não podem responsabilizar o diretor da Sesop, Nelson D`Agostini, de idade ignorada, pela situação em que se encontram as principais ruas e, menos ainda, pela demora no deslocamento para aquele recanto tropical do que restou de máquinas naquele parque municipal, mas que, no fundo, no fundo, é de propriedade da família Siliprandi. Nelsão, pelo porte físico avantajado e loquacidade verbal firme e incisiva, nada prometeu na campanha com relação a esse pedaço de município, coincidentemente, local de parque recreativo que permitiu ao Alfredo Kaefer, enquanto presidente do Cascavel Esporte Clube, em l995, passar as duas pernas nos associados do Clube de Campo Lago Azul e negociar o aprazível recanto com o Gilberto Trivelatto ( leia mais no livro Futebol em Cascavel, um Fracasso Bem-Sucedido, de nossa autoria, com a colaboração de um caminhão basculante de gente). Nelson, para quem não toma Neurofosfato, depois que Salazar se isolou do resto do mundo, e viu o Tião da Copel vender por cem mil reais o PP à coligação mambembe do Renato Silva (PSDB), aterrissou na coligação natimorta do Paranhos, trabalhando ( e muito) naquele comitê montado numa luxuosa residência, hoje implodida, cedida à coligação pelo JL, a alguns metros do local onde só um motoqueiro matou o Tiago ( não digam, mataram o Tiago, pois não se aplica plural em circunstâncias singulares). “Eu não posso deixar pela metade o trabalho na Melissa e no Brasmadeira”, esclareceu ao Blog mais acessado da região, Nelson D`Agostini, com apóstrofo, o que só colabora com mais estress para quem digita com teclado configurado para o português falado e escrito em Portugal, onde a Hillary e o Barack deveriam estar em campanha. As primárias dos Estados Unidos são tão hilárias como a senhora Clinton. Nelson, para quem não sabe, e são muitos os ignorantes, apostou em 1996 com o Beck Lima, que o autor destas linhas bloguisticas, não faria mais do que 50 votos em nossa quixotesca tentativa de ocupar uma das 21 cadeiras da Câmara de Vereadores, já que duas não é permitido ( achávamos que faríamos tantos, que, em vez de uma, ganharíamos duas cadeiras, na contagem proporcional ). Chegamos a 100 votos, embora que o Berté tenha tido seus votos, muitos deles, anulados na proporcional com Salazar na majoritária. Berté nem sequer se candidatou em l996. Os fiscais da coligação Cascavel Para Todos ( da família Barreiros) pediram que esses votos, que, em tese, seriam meus, fossem anulados, com o que o Dr. Paulo concordou e lamentou. Não confunda Berté com Bindé. Esse caso me foi contado pelo Hildo Rebelatto, fiscal de escrutínio com cédulas (tronco) e corroborado pelo magistrado. Nem por isso, Beck Lima pagou a aposta que sustentou com Nelson.

quinta-feira, 6 de março de 2008

LACÔNICAS

Os italianos de Cascavel se mantêm céticos quanto ao futuro de Ronaldo no futebol.

A bicicleta que Ronaldinho usou para o gol de sábado, foi cedida ao craque por Adelino Ribeiro (PMN).

Com Roger, o Grêmio levou para Porto Alegre, Débora Secco.

Peréia, vai levar Ciça Guimarães.

Hoje cedo, o delegado Trevisan, cumprimentou os ouvintes da Rádio Colméia, através da CBN.

Foi corrigido pelo repórter, que não captou a sutileza do cumprimento.

Foi assim:

“Quero cumprimentar os ouvintes da rádio Colméia”.

“ É a CBN, dr.”.

Adesivo para quem apóia Alcibíades Orlando:

Sim à intervenção.

Na confeitaria:

“Tem pão de agora?”

“ Não, só de queijo, farinha e centeio”.

Miriam Leitão só usa cartão porcorativo.

Motorista deformado passa por Centro Deformação de Condutor.

A Petrocon ainda vive na Idade da Pedra.

RETIFICA VIA FAX

Sobre a reportagem-furo acerca do fechamento do Restaurante Frangos e Fritas, publicada na edição 956, Volnei Mecabô, sem partido, proprietário do estabelecimento que originou a abordagem exclusiva que pode nos dar o Prêmio Amop de Jornalismo Investigativo 2008, pode-se fazer alguns reparos no texto. Sobre a dívida com a família Bilibio, Mecabô esclareceu que nosso informante se equivocou ao calculá-la em l50 mil reais. É bem menos. E sobre o mobiliário do restaurante, todo ele foi alugado, através de contrato firmado pelas partes em setembro, cuja cópia nos foi exibida. Logo, não houve arresto como foi sugerido pelo nosso mau informante, que jamais voltara a nos prover de informações sem um recall prévio. De bom, e isso é o que importa, Mecabô não afastou a possibilidade de reabrir o Frangos e Fritas. O endereço ainda é incerto, mas pode ser as proximidades da Unioeste, com ou sem o Alcibíades Orlando na reitoria.

Negado

O direito de resposta que Vilson Oliveira ( Cohavel) iria reivindicar à Justiça, ou não foi aceito ou não foi apresentado. O diretor da Cohavel trava uma queda-de-braço com o deputado Edgar Bueno em torno do Conjunto Julieta Bueno e da Praça Wilson Jofre. Vilson tem um programa semanal na Rádio Cidade (AM) e Edgar na Rádio CBN, ambos aos sábados de manhã. Achamos que Oliveira já tem um microfone para responder às críticas do parlamentar, não se justificando a invasão dos estúdios de outra emissora.

Tranqüilidade

Na Faculdade Assis Gurgacz (FAG) o clima é de tranqüilidade depois que o CRM e as Associações Médicas do Brasil e do Paraná renunciaram à proposta de acionar a Justiça e impedir que o curso de medicina aprovado pelo MEC seja praticado. A instituição realizou vestibular e está efetuando a quarta chamada dos aprovados no concurso. Como não há reitor nomeado pelo governador, a FAG não realiza protestos iguais os que se multiplicam na Unioeste. Apesar disso, é mais fácil o governador visitar a Fag do que a Unioeste.

Inês expede convites para posse na Difusora AM

Inês de Paula, pré-candidata do Partido da República (PR) à Prefeitura de Cascavel, se colocou seu nome no novo contrato social da Rádio Difusora, instalada em Ubiratã (PR) estará inelegível, assim como Pedro Muffato Sênior, em 2002, que não se afastou da TV Tarobá um ano antes de registrar a candidatura.
De Paula imprimiu convites para a solenidade de reinauguração da rádio AM, espólio do deputado Tiago de Amorim Novaes ( l968/2001), da nova nova direção da emissora de propriedade de Inês de Paula. A Difusora atinge uma área restrita de ouvintes, não chegando a Cascavel, cochichando aos ouvintes do Vale do Piquiri. Para tornar o veículo competitivo, a coordenadora da micro-região de Cascavel, vai ter que investir em equipamentos e recursos humanos.
Pela Lei das Inelegibilidades, proprietário de veículo de comunicação que não se desincompatibilizar um ano antes da data das convenções, se torna inelegível. Inês não descarta candidatura pelo PR, de Fernando Giacobo, que também tem no prefeito de Santa Tereza, Chico Menin, um pretendente ao cargo de prefeito de Cascavel. Já o presidente da Câmara de Vereadores, Júlio César Leme da Silva, menciona o PR quando indagado sobre as coligações que seu partido está viabilizando. Nanico, o PR
tem pouco menos de 1 minuto de televisão no horário eleitoral. O prefeito Lísias Tomé, que tem ótimo relacionamento com o deputado federal, responsável por emendas da União de mais de 12 milhões de reais em obras para Cascavel, também conta com uma coligação com o PR. Inês fez mais de 11 mil votos a deputada estadual, em 2006, seguindo a risca a cartilha da autofagia praticada em Cascavel. Excesso de candidatos pulverizando a eleição, o que resultou em apenas uma cadeira na Assembléia Legislativa.

terça-feira, 4 de março de 2008

Para analista, biocombustível diminui produção de alimentos.

Na edição de hoje 4, a RPC localizou um analista de mercado nas proximidades de uma lavoura e o convidou para falar sobre a safra de soja e milho, cujas sacas estão cotadas em R$ 47 e 21,00, respectivamente. Toni Silva, o analista, é de opinião de que o uso de biocombustível anda na contramão do bom senso por que diminui a produção de alimentos, opinião idêntica as de Fidel Castro ( Cuba) e Hugo Chávez ( Venezuela). O repórter que segurava o microfone que captou a voz do entrevistado, com áudio melhor que a gravação da reunião dominical da Boca Maldita ( TV Araçá), Luiz Haab, se limitou a ouvir, sem comentar o ponto de vista, pois a afiliada da Globo não emite opinião sobre nada, ao contrário da Tarobá, que opina, opina, opina até encher nosso saco de 60 quilos. Para você encontrar um analista de mercado, no local onde o Haab achou o Toni Silva, ao lado de uma lavoura, há que se ter curso superior. Não é qualquer autodidata que consegue. Por isso, a Globo não admite, fora do futebol, quem não tenha diploma de jornalista. A matéria foi ao ar ao meio-dia e meio, no bloco local da RPC.

REQUIÃO E A TRAÍRAGEM


O apoio que o governo dá a administração municipal é o gancho de que precisávamos para perguntar que políticos são esses, que governador é esse e que prefeito é esse. Para chegarmos onde estamos, Requião teve que colecionar três mandatos para achar alguém na Prefeitura digno de seu prestígio e de seu amplo apoio. Em seu primeiro mandato, conviveu dois anos com Salazar, que apoiou e votou em José Carlos Martinez, do PRN de Collor, mesmo com o PMDB na prefeitura. Em l996, com Salazar já fora do PMDB, Requião interveio, ao lado de Osmar Dias, levando o partido a apoiar o ex-prefeito, evitando que Edgar Bueno vencesse aquela eleição. Dois anos depois, Salazar retribuiu, apoiando Lerner à reeleição. Já Edgar, que fora apoiado por Lerner, subiu no palanque de Requião. Em 2000, Requião prenhe de ódio e rancor, ajudou formatar a frentona de l4 partidos encabeçada por Edgar Bueno. Quatro anos depois, Edgar rompeu com o PMDB, embora o partido tenha lhe dado parcial apoio. E, em 2006, Requião achava que Edgar poderia lhe retribuir as obras que fizeram juntos e o apoio decisivo em 2000. Edgar foi de Osmar Dias e Requião jurou-o de morte. “ Do Edgar, cuido eu, prefeito”. Foi a frase pronunciada por Requião, no Cangüiri, quando acertou com Lísias o pacote de obras que pode dar ao prefeito o oxigênio que lhe faltava para postular mais um mandato. Além de todas essas trairagens, Requião suporta filiados ao PMDB que o criticam impune e publicamente. Alessandro Menegel e Marcos Formiguieri, o segundo, conhecido chantagista e, pasme, ex-presidente do diretório municipal do PMDB, por dois mandatos. “ Quem de vocês aqui, já não foi chantageado pelo Marcos?”. Jaime Lerner, em l998, no Fórum local, falando com repórteres, depois de audiência em que o “ jornalista” foi condenado a uma pena irrisória pecuniária ( 30 mil reais) por excessos assestados contra o governador naquele jornal em cores, das colunas sociais mais bregas do Paraná, quiçá do Brasil. E por falar em infiéis, ouvi esta pérola da boca do Júlio César Leme, na entrevista na CBN de sábado. “ Serão expulsos, se não seguirem a convenção do partido”. Conta outra, presidente. Se vocês não são capazes de expulsar os dois acima mencionados, claro que não terão pulso para medidas mais extremas.

sábado, 1 de março de 2008

EDGAR VOLTA A CRITICAR CÂMERAS DE VÍDEO

O deputado estadual Edgar Bueno (PDT) pré-candidato a prefeito e líder nas pesquisas de intenção de voto publicadas ano passado, voltou a criticar a administração Lísias Tomé e a maioria da Câmara de Vereadores ( apenas três votaram contra o remanejamento de 4 milhões de reais da Taxa de Iluminação Pública para implantar um big brother municipal com 40 câmeras de vídeo que o projeto contempla).
Para exemplificar, o parlamentar dividiu 4 milhões de reais pelo preço de um carro popular comprado pela Prefeitura com isenção de IPI. Dá para adquirir 267 automóveis populares com o dinheiro. Se fôssemos contratar funcionários públicos com base no novo salário mínimo, daria para admitir 8 mil servidores. Na área de habitação popular, 4 milhões reais permitiriam erguer um conjunto de 500 casas de 70 m². Além do big brother, Edgar voltou a atacar a revitalização da Praça Wilson Jofre, no centro, por ser uma área em litigio entre a municipalidade e a família Saraiva, no maior precatório que o município criou e não paga, como faz a maioria dos estados e municípios brasileiros. Para Bueno, a demora nos trabalhos é inexplicável, além do orçamento da obra, aprovada pela Câmara de Vereadores, numa prova de que o presidente da Casa, Júlio César Leme da Silva, nunca fez oposição séria a atual gestão ( opinião nossa).
O deputado parou de criticar o presidente da Câmara. Ano passado, Júlio foi convidado a debater com Edgar problemas envolvendo a Sanepar e o contrato de renovação da concessão dos serviços de água e esgoto municipais no final da gestão de Edgar na prefeitura ( 2000/2004). Júlio saiu dos estúdios da CBN elogiado pelo deputado. Explica-se: Edgar agia diante da hipótese de o PMDB firmar uma aliança com o PDT, possibilidade afastada pelo novo diretório do partido recentemente eleito.
De todos os prés, Edgar e Júlio são os que mais espaços ocuparam na mídia impressa e eletrônica. Porém, nas tevês RPC ( Globo) e Tarobá ( Bandeirantes) pouco, ou quase nada, em torno deles tem sido difundido. O vice nas pesquisas sobre intenção de votos, Salazar Barreiros (PP) foi visto no Morumbi naquele debate da semana passada. Inês de Paula (PR) coordenadora da micro-região de Cascavel, sinecura criada por Requião, incursionou por uma tevê por assinatura, onde foi vítima de perguntas capciosas de Joel Damásio ( Acontece/Canal 21) e esteve na Rádio CBN. Inês não tem discurso e é prolixa quando é indagada sobre o papel que desempenha num cargo público com salário mensal bruto de mais de 12 mil mensais. Disse na rádio, que, se for candidata em outubro, se desincompatibilizará mês que vem, independente se o Partido da República (PR) vai de candidatura própria ou se coliga com o PSC do prefeito Lísias Tomé.

JÚLIO QUER UMA FRENTE DE ESQUERDA

Em entrevista à rádio CBN, o vereador Júlio César Leme da Silva (PMDB) disse que, se não se eleger prefeito, poderá voltar à iniciativa privada. Ouvido pela emissora em gravação de duas horas de duração, o presidente do Legislativo revelou que espera costurar uma aliança com um arco de legendas de esquerda e terá o apoio do governador Roberto Requião, mas descartou uma coligação com o prefeito Lísias Tomé (PSC). Pré-candidato do PMDB, Júlio César, reeleito vereador em 2004, lançou um apelo ao ex-prefeito Fidelcino Tolentino, recordando que o pai dele, Moacir Leme, falecido de enfermidade em 2003, foi chefe de Gabinete da Prefeitura entre l993 e l996, período marcado por denúncias de diversas irregularidades, algumas transformadas em ações penais transitadas em julgado na Justiça.
Eleito presidente da Câmara em 2007, com o apoio do prefeito, Júlio César Leme da Silva, aprovou os projetos mais importantes endereçados ao Legislativo pelo Executivo, praticando jogo-de-cena em questões menores, arguindo para consumo de massa desatenta a inconstitucionalidade de alguns anteprojetos de lei, como o que previa punição para quem não limpar os lotes, evitando a proliferação de mosquitos.
Ao final do programa, depois de hesitar em várias questões suscitadas pelo entrevistador Valdomiro Cantini, Júlio César deixou a sensação de que poderemos estar diante da versão 2008 de Leonaldo Paranhos. Falta de coerência, de projetos claros e disposição de montar uma frentona com ele na frente, experiências que não têm dado certo em Cascavel. Em 1992, Arnaldo Curioni, parou em último lugar com a coligação UCC ( mais de 5 siglas); Em 2004, foi a vez de Renato Silva, do PSDB, reunir várias legendas em torno dele e ficar em terceiro lugar. Apenas em 2000, num plebiscito, Edgar Bueno, com l4 partidos, se elegeu, com o PMDB na vice, obtendo mais de 70 mil votos, numa eleição atípica. Para viabilizar seu projeto, Júlio César, diz que espera contar com as adesões do PT, PV, PR, PSB, PC do B e o seu partido na cabeça da chapa.