terça-feira, 12 de julho de 2011

TROPA DE CHEQUE BLINDOU PAGOT

Os primeiros 40 minutos de Pagot, na manhã de hoje, no Senado, DF, foram tão enfadonhos como os 40m iniciais de Brasil e Paraguai, em Córdoba (ARG). O convidado fez uma cansativa exposição sobre o Regimento Interno do Dnit, afugentando titulares de cadeiras do sinecuro Congresso Nacional. Alvaro Dias se fez primeiro: " Não foi para isso que o convocamos. Ele tem é que responder às denúncias publicadas sobre irregularidades nos Transportes". Só depois que soube que Dilmaaterrissara no Sudoeste do Paraná, é que começou a liberar a língua, mas não muito. Não entregou ninguém. Não sabe de nada sobre fraudes. Paulo Bernardo, até prova em contrário, é um ministro probo. Nada sabe se empresas que gravitam sobre o Dnit faziam ( ou ainda fazem )achaques em troca de aditivos ( a Petrocon se queixou de que os preços estavam defasados). O melhor momento de Pagot: "Dilma não acompanhou a evolução dos preços dos contratos, porque estava doente". Um câncer pode ser um nódulo amigo, dependendo dos personagens e do script. Falou em factoide de mídia, em off e em bioff, se entendi suas palavras mais agressivas, travestido em Dilmo Pagot. Tripudiou ao prometer reestruturar o Dnit. Por não ser camicase, o depoente falou das coisas boas que fez. Em 2003, o país estava com 65% de suas estradas em situação insatisfatória. O governo Lula, que ele não mencionou, deixou um legado de 35% de rodovias transitáveis e 50% em bom estado. Fico por aqui, pois não sou escriba chapa-branca. Gente para envernizar o Planalto, tem às pencas, e muito bem paga. Blogueiro não é ferramenta para produzir sabujices. Opino: foi dececpcionante e previsivel a oitiva. Ninguém, nem o mais otimista dos opositores, achava que o depoente iria fornecer matéria-prima para se instalar uma CPI no Senado e invgestigar o enriquecimento do filho do ex-ministro Alfredo Nascimento. A situação é tão surreal, a ponto de Luiz Antônio Pagot, segundo a semanal oficial Veja, ter sido demitido por Dilma, mas não acatar o cartao vermelho, preferindo entrar em férias. E espera ser reconduzido ao cargo de diretor-geral do Dnit, que já foi DNER. É um escárnio. Com que blazer a Dilma vai posar se tudo o que ele disse a mídia não provocar absolutamente nada? O PR permanece, o Pagot fica, os empreiteiros se locupletam, a mídia recebe mensalinho, a oposição ressuscita Miltinho: "Cara de palhaço, roupa de palhaço, pinta de palhaço, foi o que arrumei pra mim".

Aqui no Paraná, Dilma, em cadeia ( de rádio), foi convidada por Luiz Carlos Martins, da Banda B, de Curitiba a discorrer sobre felicidade. Acreditem, mas chegamos a este ponto, num momento em que o Pagot vestia uma saia desta largura em Brasília. Ou uma bombacha mais folgada do que calça de gaúcho. Um de seus momentos felizes, é quando está com o neto Gabriel. Fez questão de falar rápido, evitando confusões com outros que nos causam tédio em emissoras de TV. Ela é tão apegada ao pimpolho, a ponto de cancelar viagens internacionais. Não foi ao Paraguai e quase deixou de visitar o tupamaro uruguaio, por causa do Gabriel. E quer se inserir na História da República como estadista. Dilma ficou refém, em tempo recorde, de uma súcia de picaretas. Parlamentares, lobistas, empreiteiros e mídia. Na medida em que vai se distanciando de Lula, cai no colo de quem mais tentou evitar sua vitória. Este é o grande erro que comete. Execrar seu criador. Se foi ela que pautou a Veja, e jogou tudo em seu próprio ventilador, ou colo, é tão suicida quanto aqueles terroristas do Puma no Riocentro (RJ).

Um comentário:

Carlos Montagnoli disse...

Hoje a cidade acordou em contramão
Homens com raiva, buzinas, sirenes, estardalhaço.
De volta a casa, na rua recolhi um cão
Que de hora em hora me arranca um pedaço.
Carlão