A passagem pelo Oeste do Paraná do foguete Elton John ( Rocket Man) narrada por um DJ de rádio na década achada (l970). Eu já estava em Foz, Rádio Cultura, quando o programa do Luis Aguiar (Viva a Vida) era reproduzido pela manhã,através de fita magnética,enviada de São Paulo. Rocket Man era rodada. Estávamos em l972. No ano seguinte, Elton gravou Skyline Pigeon (Pomba no Horizonte). Eu já voara de Foz até Cascavel, sem ter foguete para tal. Vim de Magic Bus ( Ônibus Mágico, The Who). Este melado foi o mais rodado na Colmeia entre l973 e 1974. Os compactos de vinil foram manuseados, inclusive a faixa, pelos contra-regras sonoplastas Moacir Dalmina, primo do Nelson e Nestor, sócios da rádio, Valmor Cozzer e Valdir, igualmente donos de cotas societárias da emissora. Os programas em que a música era programada foram Escolha e Peça, das 9h30 às 11h30, que não tinha titular fixo. Ou era o Rui Pires, Veronese, Santinho, Déo e Bindé. A partir das 15h30, Paulo Martins, apresentava o Estúdio 1, programa de variedades, leitura de reportagens da Veja e muita música, com a seleção do Valdir Cozzer. Crododile Rock foi o terceiro hit do Elton. Era a mais dançante das canções enviadas do exterior pela indústria fonográfica. Os nativos gostavam. Nunca alguém ligou para mandar tirar do ar as melodias. Pelo contrário. Skyline Pigeon, até tradução era solicitada por carta e/ou por telefone. Se Hélio Ribeiro estivesse aqui, ficaria mais fácil, com o seu Poder da Mensagem, mais tarde esculhambado por Chico Anyzio, na TV. Depois do Crocodilo do Roque, Elton emplacou a balada Goodbye Wellow Brick Road. Em dose dupla. Compacto simples e long-play. Se o Joel Damásio não acabasse com a discoteca da Colmeia nos anos 80, tudo isso seria acervo colonial da perereca. Por fim, depois eu sai dali, junto com o Paulo Martins, Elton não se conteve e caiu na tentação de navegar pelas águas de Lennon e McCartney. Regravou Lucy In The Sky With Diamonds (LSD). Compacto muito rodado na programação eclética da Colmeia. Eu, que não apreciava ouvir o quarteto sendo plagiado, ouvia aquilo com uma certa resignação. Uma vez, à noite, peguei o álbum dos Beatles e propus uma brincadeira com o ouvinte que telefonasse optando por uma das três musicas ofertadas pela ele se decidir por qual queria ouvir. E meti John Lennon, extração do Sgt. Peppers. A galera sacou a diferença. Ai blaguei ( não havia blog, então), dizendo que os Beatles copiaram Elton John. Mais tarde me despedi da Colmeia, no terceiro trimestre de l977, nunca mais toquei Elton John, até l984, quando nos reencontramos na Rádio Independência (FM). Naquele ano, o gordo emplacou Blue Eyes, a minha preferida até hoje. Skylipne Pigeon e Goodbye Wellow me causam náuseas estomacais e Crocodile Rock, vômitos. Se o Elton cantasse na Expovel, pode ser que desse prejuízo. Num Fercapo, daria lucro. É isso, pra não dizerem que nunca alguém narrou superficialmente a passagem do Homem do Foguete pelo Oeste do Paraná. Naqueles tempos, as rádios locais quase não tocavam notícias. Rodavam músicas, evitando veicular o que é colocado no ar nos dias de hoje. Informações distorcidas, incompletas, capciosas, unilaterais, recionárias e achacativas.
Um comentário:
Sei que não costumas ler os comentários, mas vou tentar mais uma vez.
Quando estavas na Colméia, você se lembra de quem lhe recomendou o Belchior pela primeira vez? Pois é: Fuio eu.
abraçso
Carlão
carlosmontagnoli@uol.com.br
Postar um comentário