sexta-feira, 2 de janeiro de 2009
CHEQUE NÃO É COMPENSADO PELA CEF
"Se o cheque liberado em favor dos Siliprandi tivesse sido depositado imediatamente num caixa eletrônico, na terça-feira 30, mesmo sem expediente externo na quarta 31, teria sido compensado pela Caixa Econômica Federal". A opinião é de um ex-bancário, conhecedor dos meandros desse tipo de instituição, ao comentar o que ocorreu nesta sexta-feira 2 de janeiro na filial do calçadão da CEF logo que reabriu o expediente. O advogado Carlos Alberto Siliprandi esteve na agência às loh da manhã, munido do documento assinado pela prefeitura, pelas mãos do ex- prefeito Lísias Tomé e ex-secretário Claudio Stabille, das Finanças, no valor de 3,9 milhões de reais, referente ao precatório de Olinda Siliprandi. O gerente da CEF, Alfredo J. Fischer, ao ver o valor do cheque, entrou em contato por e-mail com o posto de atendimento da estatal existente na prefeitura para saber se a emitente concordava com o desembolso, depósito e/ou transferência. O secretário Luis Frare ( Finanças) sustou o pagamento argumentando que não há rubrica no Orçamento Municipal de 2008, já que o Executivo remanejou recursos que seriam utilizados no pagamento do precatório com as obras de reurbanização da Praça Wilson Jofre. A prefeitura entrou com liminar junto ao Tribunal de Justiça, que, em recesso, só examinará a questão a partir de segunda-feira, quando reabrirá. " Até podemos pagar, mas tudo vai depender da decisão de Curitiba", esclareceu o secretário, pois o Orçamento deste ano contempla recursos para o pagamento deste precatório. Já o prefeito Edgar Bueno, em coletiva na manhã de hoje, na Prefeitura, disse "que todos os recursos cabiveis serão utilizados para evitar sangria nos cofres públicos em final de mandato, pegando de leve no antecessor, que lhe desejou sucesso na administração municipal em discurso proferido na noite de ontem durante o ato de transmissão de cargo de prefeito defronte à sede do Poder Executivo. A ordem para pagamento do precatório foi determinada por um juiz de Curitiba, cujo nome não foi possível apurar. Um oficial de Justiça chegou a ser chamado pelo advogado Carlos Alberto Siliprandi, mas foi em vão. " Eu cumpro uma norma do Banco Central, que determina que todo cheque de valor elevado, antes de ser liberado, deve ser precedido de uma consulta prévia", justificou-se Alfredo Fischer. Para todos os efeitos, a Prefeitura possui saldo que possa honrar a emissão do cheque.
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