quarta-feira, 15 de abril de 2009
O GRUPO DOS 11
Edgar Bueno revive na Câmara uma estratégia foquista de Leonel Brizola. Articulou e desfruta de onze cadeiras de apoio no Legislativo. No mandato anterior, com a adesão de Rui Capelão, eleito pelo PTB, tinha cem por cento de apoio. Daí a aprovação de tudo que chegava à Casa, desde de desapropriações de glebas para assentamentos humanos. Ficam na oposição os peemedebistas Júlio César Leme da Silva e Nelson Padovani, Léo Mion (PSDB) e Mário Seibert (PTC). O prefeito tinha que arrrumar um colegiado maior. A presença de Atair Gomes na articulação, começou a dar os frutos que dele se esperava. Bom político, educado, começou cooptando Otto Reis, que, mesmo se filiando ao PDT, saindo do Democrata, queria presidir a Câmara, o que, na visão de Bueno, seria temerário, dado ao temperamento de Otto. Personalista e com ideias próprias arraigadas, poderia criar problemas, dependendo do momento político. Ligado a Assis Gurgacz, que por sua vez tem laços com o PMDB dos Parcianello e apostou um duplo, cravando ainda Chico Menin, sabendo que com Salazar iria ser mais dificil a obtenção de prebendas como a renovação de contratos de empresas de ônibus em 2011. Os que se espantam com a maioria tranquila que Edgar passou a ter, que olhem pelo retrovisor como é que os outros prefeitos governaram. O que Edgar prometeu aos novos aliados não se sabe. Fontes palacianas garantem que mensalinho nunca mais. É uma vitória do chefe de Gabinete, depois que Jadir de Mattos fracassou na intermediação. O vice não se descuida de suas consultas no São Lucas. Hoje lá estava consultando, enquanto os médicos necessários aos postos de saúde trabalham três horas por dia e vão embora. Os que estão sendo contratados sem concurso, ficarão nesse regime de emergência até a metade do ano, quando cumprirão a Constituição e se submeterão aos testes necessários de aptidão. A exigência de CNPJ dos candidatos é consequência de um Termo de Ajustamento de Conduta celebrado entre Prefeitura e Ministério do Trabalho. Edgar não pode relaxar na Saúde. Se o atendimento não melhorar com os que irão ganhar dez mil mensais brutos trabalhando ( com afinco) oito horas por dia, seus planos de reeleição em 2012 estarão seriamente comprometidos. O caos no trânsito é outro calcanhar-de-aquiles que tem que receber ( e já está) um tratamento de choque. Os índices de acidentes, com vítimas, doze delas fatais, é qualquer coisa de inaceitável. É pior que a Saúde, onde não há casos de óbitos por omissão e/ou negligência.
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