quarta-feira, 8 de abril de 2009

IPMC NÃO DEVE 400 MILHÕES

Onde se leu que o IPMC deve 400 milhões de reais à Previdência, leia-se que que o instituto deveria ter em caixa, se fosse bem gerido, esta soma, desde que foi criado por Octacílio Mion, em 1970 e presidido por Paulo Milani, aposentado do IPMC. A manchete garrafal do jornal Hoje, do dia 7, provocou verdadeiro pânico junto aos vinculados ao organismo, hoje funcionando na Souza Naves (centro) depois de muitos anos na Castro Alves, atrás de uma árvore frutífera que tem escapado, por milagre, dos desatinos da motoserra ( Guabiroba). Ângelo Malta, elegante e prestativo titular da autarquia, emitiu nota desfazendo o equívoco e devolvendo tranquilidade aos mais de 10 mil pensionistas e aposentados do IPMC. Em dezembro, foi pago um precatório da era Zotti, no valor de R$ 1,2 milhão a uma farmácia, o que deixou muita gente vendo estrelas com a confirmação do desembolso. Para resolver a situação de dificuldades por que passa o o IPMC, o prefeito Edgar Bueno, enviará à Câmara de Vereadores um projeto de lei contendo uma proposta plausível de amortização do déficit previdenciário. O jornal Hoje, na metade dos anos 80, confundiu, também em manchete, mandado de segurança com habeas corpus. E saiu que a presidenta da Câmara, Marlise da Cruz, PMDB, recorrera ao Judiciário em busca de um HC, mesmo que estivesse em gozo da mais absoluta liberdade. Isso ocorre até com os mais vigilantes tablóides editados em outras cidades, não necessariamente brasileiras.

Não se deve supor que o novo carro do empresário Rovilio Mascarello, de partido ignorado, mas que já foi a Karen Martins, escandalosamente vestida na capa da última Aldeia, tenha adquirido a "máquina" com o valor que teria sido superfaturado em 2001 pela gleba que abriga hoje o Conjunto Residencial Julieta Bueno, 500 casas, primeiro projeto de largo alcance social do prefeito Edgar Bueno. O fato de a denúncia ter sido formulada pelo ex-prefeito Salazar Barreiros (PP) e pelo vereador Júlio César leme da Silva (PMDB) quase oito anos depois da concretização do projeto, foi classificado na manhã desta quarta-feira, por Edgar Bueno, minutos antes de explicar o suposto imbróglio a l5 vereadores e a mais de 300 pessoas, que lotaram o auditório do Legislativo, como um "balão de ensaio". O prefeito lembrou que a Câmara aprovou as desapropriações e, que, quatro vereadores, dentre eles, Júlio César, permanecem na Câmara ( os demais são Marcos Rios, Mário Seibert e Marcos Damaceno). Em sua locução, ao se dirigir aos moradores do núcleo habitacional, Edgar Bueno falou que eles são discriminados quando preenchem uma ficha cadrastal em busca de emprego. Edgar Bueno diz que está sendo copiado pelo presidente Lula. Trata-se da escritura dos lotes, lavrada em nome da mulher e não do marido. Com isso, evita-se que seja vendida a casa edificada. Em outro trecho de seu discurso, o prefeito fez o anúncio da adesão ao programa Mil Casas, do governo federal, que irá contemplar famílias com renda mensal de até três salários-mínimos. O prefeito entregou a Câmara projeto de lei reduzindo a prestação mensal de 70 para 30 reais. E pediu pressa, pois quer reduzir em 45% o valor. A maioria dos moradores é inadimplente. É o preço mensal de quem sustenta o vício de fumar ( l real/dia). O vereador Mário Seibert(PTC) calcula que dá para reduzir mais ainda, pois os maços são são contrabandeados do Paraguai. Sobre os valores pagos pela desapropriação, que teriam sido usados agora por Rovílio em carro de luxo, o prefeito disse que o que foi gasto foram 744 000 reais. Citou as permutas que foram feitas com interessados em trocar terrenos. Apenas 40 mil reais foi a dívida com Mascarello, paga com um cheque. Evitou-se um novo precatório. A platéia aplaudiu quando Edgar sublinhou que todos os procedimentos legais e burocráticos passaram pela avaliação da Câmara, em 2001, relambrando dos terrenos públicos trocados pelos do Interlagos, onde está o JB, uns no Bairro Novo Milênio e outros no Pioneiros Catarinenses, imediações do estádio Theodoro Collombelli (Ninho da Cobra, no rótulo popular).

Ño momento em que o prefeito na audiência pública começou a discorrer sobre a invasão de terrenos da prefeitura no Distrito de São João do Oeste, por famílias de sem-teto, o vereador João da Tropical abandonou sua cadeira, pensando, quem sabe, que falavam de Seu João. O prefeito está convencido de que a ocupação foi obra de lideranças políticas. Enfatizou a orientação que seus auxiliares receberam depois da ocupação ocorrida em 7 de março, para que primeiro aguardem a feitura de um projeto de habitação, como o do Julieta Bueno, com apoio da Câmara, para só depois a situação ser regularizada. Negou enfaticamente que vá ao local da improvisada área ocupada, rechaçando sugestão do vereador Mário Seibert, um dos líderes das famílias, ao lado de Amarildo da Silva. Quem sair antes de uma possível ação de despejo, já autorizada pela Justiça de Cascavel, terá mais chances de se candidatar a uma das casas do projeto Mil Casas que a prefeitura fará com o governo federal através de financiamento liberado pela Caixa Econômica Federal. Os que ficarem lá, não serão cadastrados pela Cohavel. O prefeito acha que se transigir com os invasores, estará abrindo precedente que pode ensejar outras ações, citando, com exagero, os lotes baldios frontaís aos prédios da Câmara e da Prefeitura, estacionamentos improvisados de automóveis.

Depois que o vereador Júlio César Leme da Silva (PMDB) conclui sua exposição sobre terrenos, citou imobiliárias, mostrou recorte de jornal, pondo em dúvida a legitimidade das permutas e das desapropriações dos lotes do Julieta Bueno, achando que daria para ter economizado uns 200 mil reais, o prefeito partiu para o ataque, relembrando do episódio de uma bolsa feminina comprada com dinheiro da Câmara pela esposa de Júlio, quando ele presidiu a Câmara, ano passado. O Ministério Público denunciou o ex-presidente da Casa. E logo em seguida relembrou do escândalo da desapropriação de uma área que iria servir de cemitério pela administração Lísias Tomé. Com a denúncia de superfaturamento comprovada, a negociata, que iria lesar o erário em mais de 300 mil reais, acabou desfeita. No final da audiência, o vereador Júlio César, antes de o prefeito se retirar do plenário, fez seu mea culpa, ao admitir que aprovou a desapropriação do cemitério superfaturado do governo Lísias e que aprovou tudo sobre o Julieta Bueno. Em outras palavras, repete o mesmo script da campanha passada, ao lado de Salazar Barreiros. Edgar foi acusado em 2008 de manipular o Código Tributário Municipal com o escopo de prejudicar igrejas. Nada foi comprovado. denúncias eleitoreiras. Se os que foram à Câmara achando que dali sairiam com alguma conclusão sobre as denúncias produzidas com um mês de CEI da Cohavel, foram para suas casas sem nenhuma conclusão. O vereador Júlio César deveria ter produzido cópias do que denunciou. De cabeça, ninguém memoriza sopinha de números.

Um comentário:

cesar disse...

esqueceu de aparecer por aqui amigo??