O melhor biógrafo do Siliprandi é Hilmar Adams (Fundação Iguaçu). Mas ele só fala sobre o finado se provocado, e ainda assim, pessoalmente. Não profere videoconferência. Hoje pedi a ele que recordasse alguma passagem da vida longa de Edi que pudesse ser reaproveitada. Comentou a eleição vencida pelo pai de Xilin, em l990, a deputado federal, já no PDT, levado pelas mãos de nossa fonte para o interior da sigla brizolista. Quando saiu a proclamação dos eleitos, o porta-voz do TRE leu aquele nome com um certo desdém, não crendo que Edi Siliprandi fora eleito com pouco mais de l7 mil votos, l3 mil obtidos em Cascavel. O eleito nem acreditava que sua candidatura poderia vingar, lembra Hilmar, desde a primeira noite em se reuniram com as respectivas esposas, num restaurante, à noite, objetivando alinhavar o roteiro inicial da dura caminhada. Edi bem que acenou com desistência. Ele foi convidado a mexer na guaiaca, depois que pesquisas feitas pelo Stênio Jacob, do PMDB, indicavam que Siliprandi poderia surpreender na reta final. Havia, porém, um Nelton Friedrich, do mesmo partido, que tinha mais condições de vencer. Quando o resultado da eleição tornou-se oficial, houve quem se lembrasse dos mapeamentos do maquiavélico deputado estadual Anibal Curi. Friedrich percorreu cartórios eleitorais de diversos municípios, inclusive Matelândia, onde Edi fizera boa votação, em busca de certidões de que houvera fraude na contagem de votos. Tudo em vão. Edi foi empossado e ganhou certa notoriedade com sua proposta de criar o Estado do Iguaçú, sonho de Getúlio Vargas. Não obteve sucesso com o projeto de plebiscitar a proposta. Sempre culpou, além de Requião, Anibal Curi, chegando a pedir ao artista gráfico Wanderley Damasceno uma charge em que Edi iria ser enforcado pelo governador Requiã0 escondido atrás do tronco de uma árvore com a corda nas mãos, aguardando o sinal-verde de Curi. Edi foi chargeado como sendo um humilde, de pés descalços e andrajos rotos a cobrir-lhe o corpo. Deixou um espólio a ser dividido pelos três filhos ( Luiz Iguaçú, Duca e Carlos Alberto) orçado em três mil lotes urbanos, origem da monumental dívida que não paga aos cofres públicos, estimada em mais de sete milhões de reais, não-oficialmente. Somando os 400 metros quadrados de cada lote, chega-se a 1,2 milhão de metros quadrados de terra. É um senhor latifúndio. No final do ano passado, Carlos Alberto e a mãe Olinda Siliprandi, foram a um cartório em busca da certidão do Loteamento Rivadávia, no São Cristóvão. Desapropriado pelo ex-prefeito Lísias Tomé, junto com a Câmara de Vereadores, não tinha documentação legal. Assim como não devem ter boa parte dos lotes acima mencionados. A biografia de Edi é enorme. De Mortuis nil nisi Bonum, ensina o brocardo latino. Que se fale dos mortos só para enaltecê-los. O Hilmar poderia se aprofundar no tema, mas prefere não atropelar o axioma. No Via Fax, da semana que vem, devo voltar ao assunto.
O prefeito saiu do imobilismo e mandou que os agentes de trânsito multem os que não controlam a velocidade de seus veículos. As estatísticas indicam que o que ocorre no trânsito é bem pior que o caos da saúde. Na gestão anterior, Edgar foi acusado de instituir a indústria da multa. " Visite Cascavel e ganhe...uma multa!". Autor anônimo, mas que pode ter sido o Duca Siliprandi. A Tarobá, que parou de fazer oposição, deu amplo destaque à notícia. Por que a Tarobá não critica mais, é algo para se verificar, se a verba de publicidade ainda não foi licitada. É isso.
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