sexta-feira, 24 de abril de 2009

OPERAÇÃO CHATO AGRADA

Quando um chato agrada nos depoimentos que presta à uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) que Câmaras de Vereadores instalam em versões reduzidas de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) a peça teatral fica conhecida pela troca de nomes que dá titulo a esta nova postagem. O Oliveira é um chato que agrada. Falastrão, embora que o conteúdo de seu discurso não passe por um pentotal, impressiona os que acham que decibel é conteúdo. Se fosse, os teólogos estariam desacreditados. Falam manso, mas transmitem algo aproveitável mormente sendo da teologia professada por Leonardo Boff. O prefeito está mais preocupado com a saúde do Vilsão de que com os postos de Saúde. Uma ambulância ficou de sobreaviso durante o depoimento de Vilson, dia 20, não se sabendo se com desfibrilador, o aparelho que reanima infartados. Se alguém tivesse que ir pra UTI naquela segunda-feira, seria o triunvirato que deixou de ouvir como a gente queria o depoente. Pelo rosto rubicundo, Marcos Rios ficou mais perto da viatura do Samu. E o secretário de Saúde, Hildemar Canto, acompanhou o desenrolar de toda a oitiva. Josué, presidente do PTC, notou alguém armado com trabuco de grosso calibre, atrás de Oliveira, em posição de coação. Este flagrante não vi. E se alguém de TV viu, deixou de dar um close na coronha. Sobre os 27 milhões de reais empenhados nos últimos dias de 2008, o secretário Luiz Frare ( Finanças) incluiu o desembolso em suas primeiras entrevistas de 2009. Nenhuma novidade. Novidade teremos com quebra de sigilos telefônicos e bancários. Lísias liberou precatórios nos estertores do mandato, sabendo que Edgar e sua equipe estariam a postos para sustar os pagamentos, com a colaboração, inclusive, de gerentes de CEF, promotores estaduais de Justiça e, creiam, Gilmar Mendes, presidente do Supremo, chefe de jagunços no Mato Grosso, de acordo com aquele bate-boca filmado pela TV Justiça, que, quando quer, rouba a cena e aplica furos sensacionais na concorrência privada. Sobre provas que a CEI terá que anexar ao relatório de seu trabalho, Marcos Rios (PSDB) presidente da Comissão, disse hoje a este aprendiz de blogueiro que o cheque de dois mil e 500 reais emitido por uma mutuária ao ex-presidente da Codevel, Vilson Oliveira, a título de entrada na compra de um imóvel da companhia, está com sua fotocópia autenticada e em poder dos vereadores. É bom que haja coleta de provas robustas e convincentes. Do contrário, o Ministério Público manda o relatório aos arquivos abarrotados de dossiês mal-feitos e incompletos. Era isso, volto quando um fato novo o exigir.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

O HOMEM-BOMBA

No mesmo recinto escolhido por Mário Seibert para detonar contra seus próprios pés, o que quase lhe custou o mandato, o homem-bomba Vilson Oliveira, sem apresentar, ainda, as provas necesssárias contra Lísias Tomé e Luiz Lima, foi a CATVE dizer o que todos acham que ocorreu na Prefeitura antes mesmo da morte de Cléverson Thomé, Marcos Valério e PC Farias, até ser escanteado a SESUR, assumida, depois da tragédia de moto, por Luiz Lima, hoje aboletado na Prefeitura de Paranaguá. Por ora, apenas as diárias de 119 mil são provas irrefutáveis de que o ex-prefeito recebeu dinheiro indevido. Se Oliveira, na sequência, provar todas as hipóteses levantadas no programa dos gardenais Maleski e Nardelli, teremos, então, o melhor dos pratos de falcatruas municipais. Eu suspeito que o Lísias rivaliza em malversação com os já condenados em vários processos Fidelcino Tolentino e Salazar Barreiros. Inclusive imitando o professor Salazar com as diárias recebidas com as viagens ao Paraguai e Chile. Apenas chefes de Estado têm esse benefício assinalado na Constituição. Chefetes, não. Figuras bizzarras, quando se travestem desta investidura, dificilmente escapam de condenação. Foi assim com o professor Salazar e assim será com seu taleban (aluno).

Divino Godoi disputa a presidência da União Cascavelense das Asssociações de Moradores (UCAM). A eleição da nova diretoria da entidade está marcada para 25 deste mês, no Distrito de Centralito, na sede da igreja católica, a partir das l3h30. Hoje, o primeiro suplente de vereador do PMDB, abriu mão de ser vice do Valter. Provavelmente, a Jacira, aguerrida liderança comunitária do São Cristóvão, venha ser a vice de Godoi, que, ano passado, obteve 1.248 votos a vereador, só não se elegendo devido a presença nociva de compradores de votos que invadiram os bairros Presidente, Veneza, Nova Itália, Cascavel Velho, provocando mudança de votos de eleitores mais volúveis. Uma das propostas do líder do Cascavel Velho é resgatar a credibilidade da UCAM, manchada por pelegos que ocuparam a presidência da entidade e acabaram abandonando os moradores, se conchavando com prefeitos que pouco ou nada fizeram pelos bairros mais afastados do perímetro urbano.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

O GRUPO DOS 11

Edgar Bueno revive na Câmara uma estratégia foquista de Leonel Brizola. Articulou e desfruta de onze cadeiras de apoio no Legislativo. No mandato anterior, com a adesão de Rui Capelão, eleito pelo PTB, tinha cem por cento de apoio. Daí a aprovação de tudo que chegava à Casa, desde de desapropriações de glebas para assentamentos humanos. Ficam na oposição os peemedebistas Júlio César Leme da Silva e Nelson Padovani, Léo Mion (PSDB) e Mário Seibert (PTC). O prefeito tinha que arrrumar um colegiado maior. A presença de Atair Gomes na articulação, começou a dar os frutos que dele se esperava. Bom político, educado, começou cooptando Otto Reis, que, mesmo se filiando ao PDT, saindo do Democrata, queria presidir a Câmara, o que, na visão de Bueno, seria temerário, dado ao temperamento de Otto. Personalista e com ideias próprias arraigadas, poderia criar problemas, dependendo do momento político. Ligado a Assis Gurgacz, que por sua vez tem laços com o PMDB dos Parcianello e apostou um duplo, cravando ainda Chico Menin, sabendo que com Salazar iria ser mais dificil a obtenção de prebendas como a renovação de contratos de empresas de ônibus em 2011. Os que se espantam com a maioria tranquila que Edgar passou a ter, que olhem pelo retrovisor como é que os outros prefeitos governaram. O que Edgar prometeu aos novos aliados não se sabe. Fontes palacianas garantem que mensalinho nunca mais. É uma vitória do chefe de Gabinete, depois que Jadir de Mattos fracassou na intermediação. O vice não se descuida de suas consultas no São Lucas. Hoje lá estava consultando, enquanto os médicos necessários aos postos de saúde trabalham três horas por dia e vão embora. Os que estão sendo contratados sem concurso, ficarão nesse regime de emergência até a metade do ano, quando cumprirão a Constituição e se submeterão aos testes necessários de aptidão. A exigência de CNPJ dos candidatos é consequência de um Termo de Ajustamento de Conduta celebrado entre Prefeitura e Ministério do Trabalho. Edgar não pode relaxar na Saúde. Se o atendimento não melhorar com os que irão ganhar dez mil mensais brutos trabalhando ( com afinco) oito horas por dia, seus planos de reeleição em 2012 estarão seriamente comprometidos. O caos no trânsito é outro calcanhar-de-aquiles que tem que receber ( e já está) um tratamento de choque. Os índices de acidentes, com vítimas, doze delas fatais, é qualquer coisa de inaceitável. É pior que a Saúde, onde não há casos de óbitos por omissão e/ou negligência.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

IPMC NÃO DEVE 400 MILHÕES

Onde se leu que o IPMC deve 400 milhões de reais à Previdência, leia-se que que o instituto deveria ter em caixa, se fosse bem gerido, esta soma, desde que foi criado por Octacílio Mion, em 1970 e presidido por Paulo Milani, aposentado do IPMC. A manchete garrafal do jornal Hoje, do dia 7, provocou verdadeiro pânico junto aos vinculados ao organismo, hoje funcionando na Souza Naves (centro) depois de muitos anos na Castro Alves, atrás de uma árvore frutífera que tem escapado, por milagre, dos desatinos da motoserra ( Guabiroba). Ângelo Malta, elegante e prestativo titular da autarquia, emitiu nota desfazendo o equívoco e devolvendo tranquilidade aos mais de 10 mil pensionistas e aposentados do IPMC. Em dezembro, foi pago um precatório da era Zotti, no valor de R$ 1,2 milhão a uma farmácia, o que deixou muita gente vendo estrelas com a confirmação do desembolso. Para resolver a situação de dificuldades por que passa o o IPMC, o prefeito Edgar Bueno, enviará à Câmara de Vereadores um projeto de lei contendo uma proposta plausível de amortização do déficit previdenciário. O jornal Hoje, na metade dos anos 80, confundiu, também em manchete, mandado de segurança com habeas corpus. E saiu que a presidenta da Câmara, Marlise da Cruz, PMDB, recorrera ao Judiciário em busca de um HC, mesmo que estivesse em gozo da mais absoluta liberdade. Isso ocorre até com os mais vigilantes tablóides editados em outras cidades, não necessariamente brasileiras.

Não se deve supor que o novo carro do empresário Rovilio Mascarello, de partido ignorado, mas que já foi a Karen Martins, escandalosamente vestida na capa da última Aldeia, tenha adquirido a "máquina" com o valor que teria sido superfaturado em 2001 pela gleba que abriga hoje o Conjunto Residencial Julieta Bueno, 500 casas, primeiro projeto de largo alcance social do prefeito Edgar Bueno. O fato de a denúncia ter sido formulada pelo ex-prefeito Salazar Barreiros (PP) e pelo vereador Júlio César leme da Silva (PMDB) quase oito anos depois da concretização do projeto, foi classificado na manhã desta quarta-feira, por Edgar Bueno, minutos antes de explicar o suposto imbróglio a l5 vereadores e a mais de 300 pessoas, que lotaram o auditório do Legislativo, como um "balão de ensaio". O prefeito lembrou que a Câmara aprovou as desapropriações e, que, quatro vereadores, dentre eles, Júlio César, permanecem na Câmara ( os demais são Marcos Rios, Mário Seibert e Marcos Damaceno). Em sua locução, ao se dirigir aos moradores do núcleo habitacional, Edgar Bueno falou que eles são discriminados quando preenchem uma ficha cadrastal em busca de emprego. Edgar Bueno diz que está sendo copiado pelo presidente Lula. Trata-se da escritura dos lotes, lavrada em nome da mulher e não do marido. Com isso, evita-se que seja vendida a casa edificada. Em outro trecho de seu discurso, o prefeito fez o anúncio da adesão ao programa Mil Casas, do governo federal, que irá contemplar famílias com renda mensal de até três salários-mínimos. O prefeito entregou a Câmara projeto de lei reduzindo a prestação mensal de 70 para 30 reais. E pediu pressa, pois quer reduzir em 45% o valor. A maioria dos moradores é inadimplente. É o preço mensal de quem sustenta o vício de fumar ( l real/dia). O vereador Mário Seibert(PTC) calcula que dá para reduzir mais ainda, pois os maços são são contrabandeados do Paraguai. Sobre os valores pagos pela desapropriação, que teriam sido usados agora por Rovílio em carro de luxo, o prefeito disse que o que foi gasto foram 744 000 reais. Citou as permutas que foram feitas com interessados em trocar terrenos. Apenas 40 mil reais foi a dívida com Mascarello, paga com um cheque. Evitou-se um novo precatório. A platéia aplaudiu quando Edgar sublinhou que todos os procedimentos legais e burocráticos passaram pela avaliação da Câmara, em 2001, relambrando dos terrenos públicos trocados pelos do Interlagos, onde está o JB, uns no Bairro Novo Milênio e outros no Pioneiros Catarinenses, imediações do estádio Theodoro Collombelli (Ninho da Cobra, no rótulo popular).

Ño momento em que o prefeito na audiência pública começou a discorrer sobre a invasão de terrenos da prefeitura no Distrito de São João do Oeste, por famílias de sem-teto, o vereador João da Tropical abandonou sua cadeira, pensando, quem sabe, que falavam de Seu João. O prefeito está convencido de que a ocupação foi obra de lideranças políticas. Enfatizou a orientação que seus auxiliares receberam depois da ocupação ocorrida em 7 de março, para que primeiro aguardem a feitura de um projeto de habitação, como o do Julieta Bueno, com apoio da Câmara, para só depois a situação ser regularizada. Negou enfaticamente que vá ao local da improvisada área ocupada, rechaçando sugestão do vereador Mário Seibert, um dos líderes das famílias, ao lado de Amarildo da Silva. Quem sair antes de uma possível ação de despejo, já autorizada pela Justiça de Cascavel, terá mais chances de se candidatar a uma das casas do projeto Mil Casas que a prefeitura fará com o governo federal através de financiamento liberado pela Caixa Econômica Federal. Os que ficarem lá, não serão cadastrados pela Cohavel. O prefeito acha que se transigir com os invasores, estará abrindo precedente que pode ensejar outras ações, citando, com exagero, os lotes baldios frontaís aos prédios da Câmara e da Prefeitura, estacionamentos improvisados de automóveis.

Depois que o vereador Júlio César Leme da Silva (PMDB) conclui sua exposição sobre terrenos, citou imobiliárias, mostrou recorte de jornal, pondo em dúvida a legitimidade das permutas e das desapropriações dos lotes do Julieta Bueno, achando que daria para ter economizado uns 200 mil reais, o prefeito partiu para o ataque, relembrando do episódio de uma bolsa feminina comprada com dinheiro da Câmara pela esposa de Júlio, quando ele presidiu a Câmara, ano passado. O Ministério Público denunciou o ex-presidente da Casa. E logo em seguida relembrou do escândalo da desapropriação de uma área que iria servir de cemitério pela administração Lísias Tomé. Com a denúncia de superfaturamento comprovada, a negociata, que iria lesar o erário em mais de 300 mil reais, acabou desfeita. No final da audiência, o vereador Júlio César, antes de o prefeito se retirar do plenário, fez seu mea culpa, ao admitir que aprovou a desapropriação do cemitério superfaturado do governo Lísias e que aprovou tudo sobre o Julieta Bueno. Em outras palavras, repete o mesmo script da campanha passada, ao lado de Salazar Barreiros. Edgar foi acusado em 2008 de manipular o Código Tributário Municipal com o escopo de prejudicar igrejas. Nada foi comprovado. denúncias eleitoreiras. Se os que foram à Câmara achando que dali sairiam com alguma conclusão sobre as denúncias produzidas com um mês de CEI da Cohavel, foram para suas casas sem nenhuma conclusão. O vereador Júlio César deveria ter produzido cópias do que denunciou. De cabeça, ninguém memoriza sopinha de números.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

SEM-TETO NÃO SÃO QUADRILHEIROS

Comecemos pelo depoímento de 22 ocupantes dos lotes ociosos da Cohavel, no distrito de São João, antes de ontem, na delegacia de Polícia Civil de Cascavel, pois o município abriu inquérito contra as 46 famílias que lá estão desde o dia sete de março, totalizando umas 183 cabeças humanas pensantes. Segundo o militante Agnaldo de Carvalho, assessor do vereador Mário Seibert (PTC) o escrivão que ouviu os depoentes tentou, durante todo o interrogatório, induzi-los a dizer que foram insuflados por ele antes de ocuparem os imóveis. Na verdade, assegura carvalho, as famílias só decidiram pela ocupação, depois que o prefeito Edgar Bueno (PDT disse a um morador do distrito que somente dentro de três anos é que irá mandar fazer o projeto de assentamento, o que teria irritado a todos. Ninguém foi indiciado por formação de quadrilha. No dia 10 de junho, a oitiva será na Justiça. O valor da área ocupada - 22 mil metros quadrados - equivale e 43 mil reais. Perguntado pelo blog se o vereador Mário Seibert não estaria usando as famílias para negociar vantagens com a Prefeitura ( empregando irmão, esposa e outros) Agnaldo rechaçou a possibilidade. Incluiu o nome de Leonaldo Paranhos, o filiado mais novo ao PTC, ao explicar que a coisa é séria e que ninguém vai transformar ninguém em massa de manobra. Estamos de olho. Há vereadores que fazem oposição para acertar. Aderbal Mello, quando era vereador, fazia isso. O único prefeito que não se deixou levar pelas manhas do petista, está hoje inelegível por 5 anos, acusado de improbidade administrativa: Salazar Barreiros, do PP.

Um outro enfoque, ,este sobre cala-a-boca para a mídia. Luiz Frare, secretário de Finaças, diz que ninguém levou um centavo sequer até gora. Pelo menos, ele não liberou verba nenhuma. Mas acrescentou que, ainda neste mês, toda a rubrica prevista em orçamento para publicidade, vai ser licitada. As empresas interessadas já estão fornecendo seus cadastros. E vai levar o direito de direcionar os recursos ( 1,milhão de reais) uma agência local de propaganda. Wired, nem pensar. A agência, com sede em Curitiba, que "venceu" a "concorrência" da gestão anterior, terá que se explicar, garante Frare. O Tribunal de Contas já detectou irregularidades em contratos celebrados pela administração anterior. Há cheques que terão que ser melhor explicados. Sobre os veículos que estavam pegando pesado na administração ( Tarobá e Gazeta do Paraná), pelas Finanças não receberam nenhum centavo até o momento, garante Frare, olhando no olho do interlocutor. A televisão estava bastante investigativa e cobrando providências na área da Saúde, que vai mal, nas estradas, que continuam abandonadas, além de dar um pulo em Rio do Salto, mostrar o abandono em que se encontra um parque ambiental melhorado por Salazar Barreiros, o do helicóptero dos lobistas da John Deer. Já a Gazeta, também baixou a bola. Desativou as colunas dos gardenais Maleski e Nardelli, sendo que este arrumou uma vaga na sala do Itacir Gonzatto, na Câmara, prédio que continua com vidraças quebradas. Hoje, contamos mais 4 trincadas. Se cada folha custa cem reais, são mais 400 reais que serão gastos com nova substituição. O prédio foi feito pelo ex-presidente Juarez Berté (PPS) atual secretário de Esportes e Lazer. As empreiteiras são a Guilherme Materiais de Construção e Brock Construções, íntima do grupo quem voltou ao poder.

Sobre o depoimento de hoje à tarde no plenário da Câmara, com uma platéia reduzida, composta apenas de assessores e de jornalistas, o ex-secretário de Educação, Elemar Mulller, tirou o dele da reta sobre a verba do Fundeb ( 350 mil reais) desviada pela Cohavel. O dinheiro veio de Brasília para custear a construção de duas escolas. Elemar entregou Lísias Tomé e Vilson Oliveira, ex-prefeito e ex-chefe de Gabinete e presidente da Companhia de Habitação de Cascavel (Cohavel). " Foram eles que insistiram em convidar a Cohavel para realizar as construções, achando que isso iria baratear o custo final", disse Muller, sem muita papa na língua. Com isso, disse-nos o presidente da Comissão Especial de Investigação (CEI) vereador Marcos Rios (PSDB do Kaefer) os dois delatados por Elemar, serão notificados para que compareçam perante à CEI para as explicações necessárias para um melhor embasamento do relatório final, ainda longe de ser concluído. Mesmo que o presidente da Câmara, Marcos Damaceno, tenha pedido, pelo jornal O Paraná, que não se dê conotação política às investigações em curso, nos é inevitável não obedecer ao hilário vereador. E o contrato rescindido entre a Cohavel e a Construtora Roraima, do esperto Marcos Formiguieri, já está em poder da CEI. É um volumoso contencioso, uma espécie de pai de todas as irregularidades que se comete nesta companhia desde que ela foi criada, na gestão de número dois de Fidelcino Tolentino, curiosamente, elegível, ao contrário de Salazar Barreiros. O valor dos conjuntos de apartamentos ( 2) é superior a 5 milhões de reais. Por via das dúvidas,. até que se esclareça o imbróglio, os ocupantes dos 79 apartamentos, não estão pagando as mensalidades, principalmente depois de matéria exibida na Tarobá chamando a atenção dos interessados sobre a situação dos imóveis. É isso, tchau.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

De mortuis nil nisi Bonum

O melhor biógrafo do Siliprandi é Hilmar Adams (Fundação Iguaçu). Mas ele só fala sobre o finado se provocado, e ainda assim, pessoalmente. Não profere videoconferência. Hoje pedi a ele que recordasse alguma passagem da vida longa de Edi que pudesse ser reaproveitada. Comentou a eleição vencida pelo pai de Xilin, em l990, a deputado federal, já no PDT, levado pelas mãos de nossa fonte para o interior da sigla brizolista. Quando saiu a proclamação dos eleitos, o porta-voz do TRE leu aquele nome com um certo desdém, não crendo que Edi Siliprandi fora eleito com pouco mais de l7 mil votos, l3 mil obtidos em Cascavel. O eleito nem acreditava que sua candidatura poderia vingar, lembra Hilmar, desde a primeira noite em se reuniram com as respectivas esposas, num restaurante, à noite, objetivando alinhavar o roteiro inicial da dura caminhada. Edi bem que acenou com desistência. Ele foi convidado a mexer na guaiaca, depois que pesquisas feitas pelo Stênio Jacob, do PMDB, indicavam que Siliprandi poderia surpreender na reta final. Havia, porém, um Nelton Friedrich, do mesmo partido, que tinha mais condições de vencer. Quando o resultado da eleição tornou-se oficial, houve quem se lembrasse dos mapeamentos do maquiavélico deputado estadual Anibal Curi. Friedrich percorreu cartórios eleitorais de diversos municípios, inclusive Matelândia, onde Edi fizera boa votação, em busca de certidões de que houvera fraude na contagem de votos. Tudo em vão. Edi foi empossado e ganhou certa notoriedade com sua proposta de criar o Estado do Iguaçú, sonho de Getúlio Vargas. Não obteve sucesso com o projeto de plebiscitar a proposta. Sempre culpou, além de Requião, Anibal Curi, chegando a pedir ao artista gráfico Wanderley Damasceno uma charge em que Edi iria ser enforcado pelo governador Requiã0 escondido atrás do tronco de uma árvore com a corda nas mãos, aguardando o sinal-verde de Curi. Edi foi chargeado como sendo um humilde, de pés descalços e andrajos rotos a cobrir-lhe o corpo. Deixou um espólio a ser dividido pelos três filhos ( Luiz Iguaçú, Duca e Carlos Alberto) orçado em três mil lotes urbanos, origem da monumental dívida que não paga aos cofres públicos, estimada em mais de sete milhões de reais, não-oficialmente. Somando os 400 metros quadrados de cada lote, chega-se a 1,2 milhão de metros quadrados de terra. É um senhor latifúndio. No final do ano passado, Carlos Alberto e a mãe Olinda Siliprandi, foram a um cartório em busca da certidão do Loteamento Rivadávia, no São Cristóvão. Desapropriado pelo ex-prefeito Lísias Tomé, junto com a Câmara de Vereadores, não tinha documentação legal. Assim como não devem ter boa parte dos lotes acima mencionados. A biografia de Edi é enorme. De Mortuis nil nisi Bonum, ensina o brocardo latino. Que se fale dos mortos só para enaltecê-los. O Hilmar poderia se aprofundar no tema, mas prefere não atropelar o axioma. No Via Fax, da semana que vem, devo voltar ao assunto.

O prefeito saiu do imobilismo e mandou que os agentes de trânsito multem os que não controlam a velocidade de seus veículos. As estatísticas indicam que o que ocorre no trânsito é bem pior que o caos da saúde. Na gestão anterior, Edgar foi acusado de instituir a indústria da multa. " Visite Cascavel e ganhe...uma multa!". Autor anônimo, mas que pode ter sido o Duca Siliprandi. A Tarobá, que parou de fazer oposição, deu amplo destaque à notícia. Por que a Tarobá não critica mais, é algo para se verificar, se a verba de publicidade ainda não foi licitada. É isso.