sexta-feira, 9 de outubro de 2009

NOBEL BANALIZADO

Não se outorga mais Nobel como antes. Mês passado, a OTAN matou 90 afegãos, de uma pegada , a maioria civis, sem vínculo com o Taleban. Menos de trinta dias depois, Barack Obama é Nobel da Paz!!! Ele não retirou ninguém do Afeganistão e muito menos do Iraque. Bin Laden saiu de Cabul e as armas químicas do Saddan Hussein nunca foram encontradas. Se dessem a Lula, o prêmio ficaria em boas mãos. Se ele é o cara, vamos reconhecê-lo de forma mais significativa e não apenas em conversas informais de chefes de Estados. O Nobel está maculado. Conseguiram banalizá-lo. Juarez e Carlos Story eram mais criteriosos quando escolhiam os Destaques Políticos e Econômicos, quando Antônio Almeida (Magal), preso por abuso sexual, ficava impedido de laureá-los.

Nem mesmo os Barreiros estão salvos da violência desmedida. Regina foi assaltada em sua residência. Além de um televisor, levaram o celular e mais 50 reais em cédula única que ela costuma deixar na carteira. O secretário Luiz Fernando irá explicar tudo quando os deputados o conduzirem à base de vara para ser ouvido pela base oposicionista que ameaça solapar Requião.

Que, frise-se, nunca enfrentou fuzis antes, durante e nem depois da ditamole. O Paraná tem poucos nomes valorosos na história repressiva. Ney Braga aderiu ao golpe, ao contrários dos gaúchos Brizola e Jango. O governador, em jogada ensaiada, enfrentou estudantes no campus deles, em Maringá, na universidade estadual. Vaiado, encrencou com jornalista, dizendo que sempre foi de luta, enfrentando até os fuzis da ditadura. Só se foi o filme do Nelson Pereira dos Santos. Nunca me deparei com o nome de Roberto Requião em todos os livros sobre os Anos de Chumbo. Pelo contrário. Quando o Batalhão Rodoviário do Exército fez a Ferroeste, recebeu os mais fartos elogios pelo trabalho e pelo custo zero. Em 1994, se despedindo do cargo, aqui, disse na frente da prefeitura, diante de um grupo de PMS, discorrendo sobre o efetivo da Polícia Militar, que, com a volta da democracia, o país não precisa de Forças Armadas no combate ao inimigo interno, que deixou de existir. Tudo num ar de quem respirava satisfeito com a derrota da esquerda armada. Requião é um blefe. Nem de Hugo Chávez fala mais. A Carta de Puebla foi uma desculpa para ocultar sua verdadeira cartilha. Um golpe hoje, que lhe perpetuasse no poder, seria a glória suprema. E ratifico: Requião, se eleição fosse agora, não se elegeria senador. Os entreveros em que tem se metido, é uma deseperada tentativa de reverter a situação.

Instituiçôes que não funcionam durante o feriado prolongado. Câmara de Vereadores, Prefeitura, OAB, todos os sindicatos, escolas, hospitais, faculdades, bancas clandestinas de bicho, crime organizado. Depois do feriado, algumas delas voltam a funcionar. Umas normalmente, outras nem tanto. Até lá, pois.

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