quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
OS BEATLES E O MST
Ao editar a matéria sobre as prisões em Iaras e Bauru (SP) de membros do Movimento dos Agricultores Sem Terra (MST), que o Lula não aprova, dependendo de que lado o editor estiver, pode-se usar o lado B do Abbey Road, naquela epifania que começa com You Never Give Me Your Money. Os grilos que antecedem Sun King são os mesmos insetos apontados pelo Gilmar Mauro ( não Mendes, por favor!) que deram origem a grilagem da Fazenda Cutrale, terra devoluta da União, como as do Pontal. O blog abre espaço favorável ao MST, evitando mais um massacre midiático puxado pela Folha, sequenciado semana que vem por aquele catálogo da Editora Abril, também rotulado de VEJA... Se o MST não existisse, seria necessãrio inventá-lo. Em forma de Ligas Camponesas, foi abafado pela quartelada. Em l984, com ajuda da Santa Madre Igreja Católica Apostólica e ainda por cima Romana vingou. Os luteranos também deram uma força. O pastor Werner Fucks esteve no encontro no seminário diocesano local onde o MST foi criado no papel, embora seja apontado como clandestino por falta de CNPJ. Isto induz quem não conhece esta região do Paraná, a crer que seria ela progressista, simpática dos movimentos sociais, antes mesmo da exibição na novela Rei do Gado. Que papo é esse, que o Lula não simpatiza com o Movimento? O presidente adora o agronegócio. Dá lucro, afasta o perigo vermelho. José Rainha, localizado pela semanal, em l993, disse lá, fotografado sentado em cima de um toco de árvore. " Nem com o Lula no poder, nós iremos fazer a revolução agrarária que o Brasil precisa". A reforma tartarugou e/ou cagou (cágado) em sete anos de Luiz Inácio . Mas é melhor assim do que assado e neoliberalizado. A Dilma leva mais jeito de agilizar o processo. Foi militante e não metalúrgica. Bem antes de o Noam Chomski achar o MST, eu já o havia descoberto. Não preciso de professor de línguas para compreender o idioma da exclusão.
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Um comentário:
Enfim, uma opinião coerente nessa "fazenda iluminada" chamada de Cascavel. Ou se conhece do assunto e se comenta, ou cala-se, pois senão não passará de puro preconceito e interesse próprio... (Julio)
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